segunda-feira, 30 de abril de 2018

Paciência - O Fruto da Perseverança (Rm 12.12)


Paciência e perseverança são virtudes imprescindíveis na vida cristã. Todos os sofrimentos tais como enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflições devem ser considerados insignificantes diante da bênção, dos privilégios e da glória que serão concedidos ao crente fiel, quando Jesus voltar (2 Co 4:17)

O que a bíblia diz sobre a paciência:

·         Tg 5.11 A paciência move a bondade e a misericórdia de Deus;

·         2 Co 1.6 A paciência capacita o salvo a suportar a tribulação ;

·         Hb 6.13-15 A promessa de Deus é alcançada por meio da paciência;

·         Rm 15.4 A paciência é fortalecida com a leitura da Palavra.

Com se pode ver a paciência é uma virtude importante e necessária para a vida cristã.



TIAGO 5.7-10 - Para Tiago, as tentações/provações que testam a nossa fé produzem ‘paciência’ e maturidade espiritual (Tg 1.3-4). Ao longo da carta ele mostra que esta paciência é demonstrada no domínio da língua e da ira (1.19-20,26), na mansidão, no compromisso com a palavra (1.25), no amor uns para com os outros (2.8), na prática da fé (2.14s), na santidade (4.8), na submissão a Deus (4.10); e por fim, na expectativa da volta de Cristo (5.7). Tiago procura mostrar que o sofrimento dos irmãos não perdurará; teve um início, contudo, o fim será muito melhor (5.8), tal qual a paciência e a perseverança de Jó (v.11). Portanto, é necessário ser paciente. No original, é possuir ‘ânimo longo’ ou ser ‘perseverante’ ou ‘resistente’. O exercício da paciência é uma qualidade bastante difícil nos dias em que vivemos, principalmente devido ao corre-corre de nosso dia a dia, mas é de imprescindível importância para o salvo em Cristo Jesus. É nos momentos de maior tensão que somos testados nessa qualidade do fruto do ESPÍRITO que está implantada sobre a vida daquele que é salvo, mas que precisa ser desenvolvida pela submissão e entrega a direção do Espírito Santo. É notado e louvado o cristão que consegue ser paciente diante das adversidades que surgem em seu viver terreno. Somente com a ajuda do ESPÍRITO SANTO é que conseguimos exercer paciência e ajudar aos que estão a nossa volta, a passar pelas tribulações do cotidiano.


A PACIÊNCIA E OS ASPECTOS DA VIDA CRISTà- A paciência é uma virtude que só desenvolve nas provas (Tg 1.2), e ela possui duas características:

    a. Passiva, ou seja, igual a ‘tolerância, resignação’ (conformidade em suportar os males ou os incômodos sem se queixar; perseverança tranquila; manter a calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranquilidade com que se espera aquilo que tarda.). Situações em que ela se manifesta:

(a)  Nas provas em geral (Mt 24.13);

(b) Nas provas que sobrevêm no exercício do ministério (2 Co 12.12);

(c) Sob castigo, que é a disciplina considerada vinda da parte de Deus (Hb 12.5-6);

(d) Sob aflições imerecidas (1Pe 2.19-20);

Essa característica da paciência se dá nas situações que estão fora de nossa área de influência, além do nosso controle.

    b. Ativa, ou seja, igual a ‘persistência, perseverança’, resiliência (capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças, elasticidade). Situações em que ela se manifesta

(a) ao praticar o bem (1Pe 3.13-14);

(b) na produção de frutos para Deus (Lc 8.15);

(c) no correr a corrida cristã (Hb 12.1).

A paciência aperfeiçoa o caráter cristão, e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a condição na qual os salvos virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Tm 2.12).

Existe uma forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã.
1. Paciência e sofrimento. O sofrimento pode ser causado por diversos fatores, perseguição religiosa, inveja, discussões, inimizades, perca de emprego, morte de alguém da família, etc..; até mesmo por sofrimento alheio podemos sofrer, porém, uma coisa é certa, ninguém passa por esta vida sem ter momentos de sofrimento. Sabemos que o sofrimento faz com que analisemos o modo de vida que estamos levando e tomemos rumos novos e mais seguros para não sofrermos mais, funciona como estimulador à prevenção. As provações podem ser comparadas ao trabalho de cães guardadores de ovelhas: mantê-las perto do pastor. As provações funcionam como disciplina do Pai divino e amoroso em prol de nossa santidade (Hb 12.7-11). Observemos as ilustrações seguintes:

a) O exemplo da planta. 
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Uma planta nova que é submetida a intensos ventos desenvolve raízes fortes e profundas. Assim como carregar peso faz com que os nossos ossos/músculos fiquem mais fortes, assim também o sofrimento nos treina para sermos fortes. 

b) O exemplo da cruz. 
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Muitos textos bíblicos nos revelam que o caminho rumo ao céu inclui uma cruz. Mt 10.38 e Lc 9.23 JESUS chama-nos a atenção para a cruz que certamente virá para aqueles que o querem seguir, portanto ir~]ao padecer aflições.

2. Paciência e perseverança. Para se alcançar uma meta ou objetivo, devemos buscar com todas as nossas forças e ainda pedirmos auxílio a DEUS para nos fortalecer nesta jornada, porém nunca conquistaremos o triunfo sem sabermos esperar a hora certa para então louvarmos a DEUS por mais uma batalha ganha! “Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam” (Henry Ford). Por falta de perseverança muitos não atingem o objetivo.

3. Paciência, alegria e esperança. Em Romanos 5.3,4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança. Cada etapa é descrita por Paulo analisando a vida cristã e seu desenvolvimento rumo à maturidade. Não devemos nos conformar diante de situações difíceis, mas buscar a solução em DEUS para tais situações, e assim desfrutar da alegria e esperança que nos é concedida por Ele.

4. Paciência e sabedoria (Pv 14.29).  Devemos escolher entre "Sofrer para aprender", ou "Aprender com o sofrimento de outros". Aquele que é paciente analisa o motivo do sofrimento alheio e antes que passe pelo mesmo sofrimento muda seu proceder; é o famoso "Prevenir para não remediar”.

5. Paciência e paz. A paciência é característica natural de quem vive em paz tanto consigo mesmo, quanto com os que o cercam. A paz é conquistada na perspectiva de um futuro que muitas vezes está distante, por isso, é necessária a paciência para que se possa esperar o resultado de nosso plantio, ou semeadura.

7. Paciência e perdão. Diz que o tempo sara as feridas, realmente a paciência tem mostrado que o adiamento da discussão traz benefícios. Cada pessoa tem o direito de pensar diferente de nós e de julgar diferente de nós, devemos esperar que o ESPÍRITO SANTO convença a outra pessoa da verdade e assim a união e a paz sejam restabelecidas.
8. Fé acrescida de paciência. A fé nos impulsiona, a paciência nos controla para fazermos o que é certo. A fé é um poder transformador enquanto a paciência é um controlador dessa força, dosando de acordo com a necessidade. A fé, a paciência e as promessas de Deus estão relacionadas e juntas nos fortalecem diante das dificuldades.

Conclusão

Deste modo, vemos que a paciência vem como resultado da perseverança, em que mesmo diante das adversidades podemos descansar em Deus e saber que Ele está no controle de todas as coisas e que diante disso: “... todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus que são chamados segundo o seu propósito...”.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

A fé necessária para ser atendido (Marcos 11.24)


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A fé está muito longe de ser uma simples convicção da verdade da Palavra de Deus ou uma conclusão a partir de certas promessas. É o ouvido que ouviu Deus dizer o que Ele fará e o olho que O viu fazendo isso. Portanto, onde há verdadeira fé é impossível que a resposta não venha. Se somente compreendermos a única coisa que Ele pede de nós enquanto oramos: "Crede que recebestes", Ele compreenderá e fará o que prometeu: "... e será assim convosco". Fé é a essência de toda verdadeira oração. É a jubilosa adoração a um Deus cujas mãos sempre asseguram o cumprimento do que Sua boca falou. Que nesse espírito ouçamos a promessa que Jesus dá; cada parte dela tem uma mensagem divina. Fé é a obra total e completa do Espírito de Deus pela Sua palavra no coração preparado do discípulo que crê, de modo que é impossível que o cumprimento não venha. Fé é o penhor e o sinal de que a resposta virá. Sim, "e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis". A  tendência da razão humana é interferir aqui com certas prerrogativas, tais como "se for possível", "se for da vontade de Deus", para quebrar a força de uma declaração aparentemente perigosa. Que tenhamos cuidado para não tratar assim as palavras do Mestre. Sua promessa é a mais pura verdade. Ele quer que a expressão tantas vezes repetida "tudo" penetre em nosso coração para nos revelar a força do poder da fé, como a Cabeça verdadeiramente chama os membros de Seu Corpo para compartilhar com Ele de Seu poder, como nosso Pai coloca Seu poder totalmente à disposição do filho que confia plenamente n'Ele. Antes de crer, temos de descobrir e saber qual é a vontade de Deus. Crer é o exercício de uma alma rendida e entregue à influência da Palavra e do Espírito. Uma vez que cremos, nada será impossível. Que Deus nos livre de tentar e levar Seu "tudo" ao nível do que achamos ser possível. Que simplesmente agora tomemos o "tudo quanto" de Cristo como a medida e a esperança de nossa fé. É a semente da palavra que, se a recebermos assim como Ele a dá, e a guardarmos no coração, irá germinar e criar raízes, enchendo nossa vida com sua plenitude e produzindo fruto em abundância.
É em oração que nós sustentamos nossos desejos à luz da Santa Vontade de Deus, para que nossos motivos sejam testados, e prova seja dada de que estamos de fato pedindo no nome de Jesus, e somente para glória de Deus. É em oração que esperamos pela liderança do Espírito para nos mostrar se estamos pedindo a coisa certa e no espírito certo. É em oração que nos tornamos conscientes da nossa falta de fé, que somos encorajados a dizer ao Pai que de fato cremos, e que provamos a realidade de nossa fé pela confiança com que perseveramos. É evidente que temos de crer que recebemos todas as coisas que pedimos.  Se no interesse maior da obra do Mestre ou nas preocupações pequenas de nossa vida diária, a alma é levada a ver que nada honra mais o Pai do que a fé que tem certeza de que Ele fará o que disse ao nos dar tudo que pedirmos e se firma na promessa demonstrada pelo Espírito, tal fé pode ter certeza de que receberá exatamente o que pediu. Receber ou aceitar uma resposta de oração é como receber ou aceitar Jesus ou Seu perdão, algo espiritual, um ato de fé sem considerar qualquer sentimento. Quando suplico por qualquer dádiva especial, que esteja de acordo com a Palavra de Deus, creio que recebo o que peço: creio que tenho isso, eu me aposso disso pela fé. Deus conhece quando tudo em nós e ao nosso redor está totalmente preparado para a manifestação da bênção que foi dada à fé.
É pela fé e paciência que herdamos as promessas (Hebreus 6.12). A fé diz mais confiadamente: eu recebi. A paciência persevera em oração até que a dádiva concedida no céu é vista na Terra. Existe uma coisa que deve nos fortalecer e nos deixar cheios de esperança: é que Jesus nos trouxe essa mensagem do Pai. Ele mesmo, quando estava na Terra, viveu a vida de fé e oração. Tudo que Ele ensina de fato provê. Ele mesmo é o Autor e o Consumador de nossa fé. Ele dá o espírito de fé. Que não tenhamos medo de que tal fé não seja para nós. É para todo filho do Pai; está ao alcance de qualquer um que agir como filho, rendendo-se à vontade e amor do Pai e confiando na Palavra e poder do Pai. que nossa resposta seja: sim, bendito Senhor, cremos de fato em Tua Palavra, cremos realmente que receberemos tudo o que pedimos.

Fonte:  Com Cristo na Escola de Oração (Andrew Murray)

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Uma súplica necessária (Mateus 9.37-38)


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O Senhor frequentemente ensinou a Seus discípulos que eles devem orar e como devem orar, mas raramente os ensinou sobre o que orar. Isso Ele deixou para o seu senso de necessidade e sob a direção do Espírito. Mas na passagem acima ele expressamente os dirige a lembrar de uma coisa. Em vista da abundante colheita e da necessidade de ceifeiros, eles têm de clamar ao Senhor da seara para enviar trabalhadores. Ele quer que compreendam que a oração não deve ser egoísta; é o poder pelo qual a bênção pode vir para outros. A oração é na verdade um poder do qual o ajuntamento da colheita e a vinda do Reino realmente dependem. Jesus sabia que assim como a obra de Deus fora confiada a homens no passado e a Ele mesmo por um tempo aqui na Terra, agora era chegada a hora de passá-la às mãos de Seus discípulos. Ele sabia que onde lhes fosse dado essa responsabilidade, não seria uma mera questão de fórmula ou exibição. Como um simples indivíduo, limitado a um corpo humano e a uma vida humana, Jesus sente quão pouco uma curta visita pode realizar entre as ovelhas errantes que vê ao Seu redor. Ele anseia ajudá-las a ser adequadamente cuidadas. Portanto, diz a Seus discípulos para começarem a orar. Quando assumissem o trabalho de Jesus na Terra, esta teria de se tornar uma de suas principais petições em oração: que o próprio Senhor da seara enviasse trabalhadores para Sua seara. Quão pouco os cristãos realmente sentem e lamentam a necessidade de trabalhadores nos campos do mundo tão maduros para a ceifa. Quão pouco eles creem que nosso suprimento de trabalhadores depende de nossa oração e que a oração irá de fato prover "tudo o de que tiver necessidade". A escassez de trabalhadores é conhecida e discutida. Às vezes são feitos esforços para suprir a necessidade. Mas quão pouco o encargo pelas ovelhas errantes sem Pastor é realmente assumido na fé de que o Senhor da seara enviará os trabalhadores em resposta à oração. O Senhor entregou Sua obra nas mãos de Sua Igreja. O poder que o Senhor dá a Seu povo para exercer no céu e na Terra é real; a quantidade de trabalhadores e o tamanho da colheita verdadeiramente dependem de suas orações.
Por que não obedecemos à instrução do Mestre mais apaixonadamente e clamamos com mais fervor por trabalhadores? Primeiro, falta-nos a compaixão de Jesus, que deu origem a esse pedido de oração. Os crentes devem aprender a amar ao próximo como a si mesmos e a viver inteiramente para a glória de Deus em seus relacionamentos com os homens. A outra razão pela qual negligenciamos o mandamento, a falta de fé, mas ela será superada conforme nossa compaixão suplicar por ajuda. Cremos muito pouco no poder da oração para produzir resultados positivos. Não vivemos pertos o suficiente de Deus, e não estamos totalmente dedicados a Seu serviço e Reino, para ser capazes de confiar que ele responderá nossas orações. Oremos por uma vida tão unida com Cristo que Sua compaixão possa nos inundar, e Seu Espírito possa nos dar a certeza de que nossa oração foi ouvida. É uma vergonha terrível para a Igreja de Cristo haver épocas em que na verdade não se possam encontrar homens para o serviço do Mestre como ministros, missionários ou mestres da Palavra de Deus. À medida que os filhos de Deus fizerem disso um objeto de súplica em seus próprios círculos ou igrejas, a resposta virá. O Senhor Jesus é agora Senhor da seara. Ele foi exaltado para conceder dons - os dons do Espírito. Seus principais dons são homens cheios do Espírito. Mas o suprimento e distribuição desses dons dependem da cooperação da Cabeça com seus membros. A oração levará a essa cooperação; os crentes que suplicam serão instigados a encontrar homens e recursos para a obra. Deve ser nossa oração que o Senhor encha todo Seu povo com o espírito de devoção, que ninguém possa ser achado à toa em Sua vinha. Onde houver uma reclamação por falta de ajudadores, ou por ajudadores competentes na obra de Deus, a oração possui a promessa de suprimento.
Fonte: Com Cristo na escola de oração – Andrew Murray
Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus.