sexta-feira, 25 de maio de 2018

Permanecendo firme através da tempestade (2 Corintios 4.8-9).


Atualmente, cristãos em sociedades livres são odiados por muitos, por causa de sua fé em Jesus – embora seja moda encontrar Jesus em forma de joia usada no pescoço, filmes, música e, até mesmo, tatuagens. Assim como existem ataques contra nossa fé em Jesus, há também investidas contra a Bíblia, a igreja e a sua missão. O evangelho é tanto um convite às bênçãos de Deus como um desafio para submeter completamente nossa vontade a vontade de Deus. Jesus, em seu chamado aos discípulos em Lucas 9.23, apresenta o desafio: “Jesus dizia a todos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me’”. Quando uma pessoa se compromete com outra, um relacionamento se estabelece entre ambas. Neste momento, deve haver provas de que houve um comprometimento. No nosso texto de Lucas, observamos duas frases que refletem este aspecto do compromisso “negue-se a si mesmo” e “tome diariamente a sua cruz”. Negarmos a nós mesmos não é abrir mão de alguma coisa. É, em vez disso, uma negação completa e total. Isso contrasta diretamente com o estilo de vida que busca o melhor para si. A natureza pecaminosa básica, tanto comunista, capitalista ou revolucionária, é a mesma. Ela promove o “eu” à custa de outros. Jesus diz que seus seguidores serão conhecidos como aqueles que negam a si mesmos. A segunda parte do compromisso é ainda mais extremista do que se negar a si mesmo: “Tomar a cruz”. Quando você se compromete a seguir Jesus, você se nega e fica disposto a ser executado! Apenas assumimos esse compromisso quando entendemos que a vida presente, de qualquer modo, termina na morte, e aquele que nos prometeu perdão e vida eterna pode cumprir sua promessa. A Bíblia claramente explica como os cristãos devem agir quando são perseguidos. Nossos irmãos que atualmente “permanecem firme através da tempestade” nos oferecem encorajamento específico. Eles dizem:
1.    NÃO FIQUE SURPRESO (1Pe 4.12-14): As Escrituras têm muito a dizer sobre nossas atitudes e como devemos reagir quando formos testados, provados e perseguidos. Não devemos estar surpresos por sofrermos. O sofrimento deve ser compartilhado com uma consciência que não interfira no plano de Deus para nós (Jo 15.18-16.4; 2Tm 3.12; 1Jo 3.13);
2.    REGOZIJE-SE (Mt 5.11-12): Quando nos alegramos, nossa fé cresce e nossos temores se tornam menores. Uma das promessas de Deus mais confortantes é “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28);
3.    ORE COM GRATIDÃO (Fp 4.6): neste texto somos exortados a não andarmos ansiosos. Ao contrário, devemos agir com atitude de gratidão porque Deus tem um propósito para nós e nos supre com o poder da ressurreição. O versículo seguinte expressa os resultados de um coração grato: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (v. 7);
4.    CONFIE EM DEUS (1Pe 4.19): A palavra “confiar” é um termo bancário que se refere a depositar ou dar alguma coisa para ser mantida em lugar seguro. É muito mais fácil enfrentar o sofrimento se tivermos proposto em nosso coração entregar tudo ao Senhor. Se tivermos uma atitude de submissão, obediência e serviço sacrificial, não seremos vencidos nas provações e perseguições que ele possa permitir.
Como se pode ver se aplicarmos estes princípios iremos ficar firmes em meio às tempestades.

Pr. Fernando Maciel (extraído e adaptado)

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A cura da incredulidade (Mateus 17.19-21)


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Quando os discípulos viram Jesus expulsar o espírito maligno do epilético perguntaram ao Mestre por que haviam falhado. Ele lhes concedera "poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas". Eles haviam muitas vezes exercidos aquele poder, e jubilosos contaram-Lhe como os demônios se lhes submetiam. E eis que agora, enquanto Ele estava no Monte, eles tinham sem dúvida fracassado. A partir da pergunta deles - "Por que não pudemos?" - fica evidente que os discípulos queriam e tentaram. Eles provavelmente usaram o nome do Mestre e ordenaram ao espírito para que saísse. Seus esforços foram em vão, e, diante da multidão, foram envergonhados. "Por que não pudemos?"
A resposta de Cristo foi direta e clara: "Por causa da pequenez da vossa fé". O motivo do sucesso de Cristo e da falha dos discípulos não era porque Jesus tinha um poder especial ao qual os discípulos não tinham acesso. Não, não era esse o motivo. Ele tantas vezes os ensinara sobre a existência de um poder - o poder da fé. No mundo espiritual o fracasso só tem uma causa: falta de fé. Fé é a única condição pela qual todo poder divino pode entrar no homem e operar por meio dele. É a suscetibilidade ao mundo invisível. A vontade do homem rendida e moldada pela vontade de Deus. O poder que haviam recebido para expulsar demônios não lhes pertencia como um dom ou posse permanente. O poder estava em Cristo, para ser recebido, guardado e usado somente pela fé, a fé viva n'Ele mesmo. Já que haviam sido cheios de fé n'Ele como Senhor. Mas essa falta de fé também pode ter uma causa. Os discípulos poderiam ter indagado: "Porque não pudemos crer? Nossa fé expulsou demônios antes disso. Por que agora falhamos em crer?". A fé é o mais simples, e também o mais sublime, exercício da vida espiritual, por meio do qual nosso espírito, em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, se fortalece para exercer sua mais sublime atividade. A fé somente pode subsistir alimentando-se do que é divino, do próprio Deus. É com profundo silêncio de alma que se rende para que Deus Se revele, que a capacidade de conhecer e confiar na vontade de Deus será desenvolvida. É pela oração, em contato vivo com Deus, que a fé, o poder para confiar em Deus (e por essa confiança aceitar tudo que Ele diz, aceitar cada possibilidade que Ele oferece para crescimento de nossa fé), se fortalecerá em nós. Isso nos leva à lição que aprendemos quando Jesus, antes de dizer para crermos que recebemos o que pedimos, disse: "Tende fé em Deus". É Deus, o Deus vivo, em quem nossa fé precisa ter raízes profundas e fortes. Então ela será grande para remover montanhas e expulsar demônios. "Se tiverdes fé, nada vos será impossível."
Cristo Jesus é nossa vida, e também a vida de nossa fé. É Sua vida em nós que nos faz fortes e simples para crer. Discípulos de Jesus, que pediram ao Mestre que os ensinasse a orar, venham agora e aceitem Seus ensinamentos! Ele nos diz: "Se tiverdes fé, nada vos será impossível". Que busquemos ser pessoas que tem comunhão com Deus em oração - para que nos tornemos pessoas de fé, as quais Ele pode usar na Sua obra de salvar o mundo.
Fonte: Com Cristo na Escola da Oração (Andrew Murray)

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O segredo da oração da Fé (Romanos 4.16-21)


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A promessa de resposta à oração é uma das mais maravilhosas lições de toda a Escritura. Em muitos corações surge a pergunta: "Como adquirir a fé que sabe que recebe tudo que pede?". Cristo mostra a origem da fé na resposta à oração e onde encontra sua força: Tende fé em Deus. Tenha fé na promessa de resposta à oração. O poder para crer numa promessa depende inteiramente, para não dizer somente, da fé naquele que faz a promessa. A confiança na pessoa gera confiança em sua palavra. É apenas quando vivemos unidos com Deus em comunhão pessoal e amorosa, quando o próprio Deus é tudo para nós, quando todo nosso ser está constantemente aberto e exposto para Sua poderosa influência, quando Sua presença santa é revelada, que será desenvolvida a capacidade para crer que Ele dá tudo que pedimos.
A ligação entre fé em Deus e fé em Sua promessa se tornará clara para nós se considerarmos o que a fé realmente é. O valor da promessa depende daquele que faz a promessa. É pelo conhecimento de quem é ele que a fé na promessa se baseia. Isto é, que os olhos se abram para o Deus vivo e se fixem n'Ele, vendo Aquele que é invisível. É pelo olhar que nos rendemos à influência daquilo que está diante de nós. Portanto, crer em Deus é simplesmente olhar para Deus, ver quem Ele é, permitindo que Ele nos revele Sua presença, dando-Lhe tempo e entregando todo nosso ser a Ele para receber a completa revelação de quem Ele é como Deus, com a alma livre para receber e alegrar-se à sombra de Seu amor. Sim, a fé é o olho pelo qual Deus mostra quem Ele é e o que faz.
A fé também é o ouvido pelo qual a voz de Deus é sempre ouvida e a comunhão com Ele é mantida. As palavras de Deus não serão somente as palavras de um Livro, mas, quando procedem da boca de Deus, serão espírito e verdade, vida e poder. Assim como as palavras que ouço penetram a mente, habitam e trabalham lá, pela fé Deus penetra no coração, permanece e trabalha nele. O poder de recepção dependerá totalmente do poder de percepção espiritual. A fé é simplesmente uma entrega: eu me rendo às impressões que as informações que ouço provocam em mim. Pela fé eu me rendo ao Deus vivo. Sua glória e amor enchem meu coração e têm o domínio de minha vida. Fé é comunhão: eu me entrego à influência do amigo que faz uma promessa e me uno a ele por meio disso. É quando entramos nessa comunhão viva com o próprio Deus, por meio de uma fé que sempre O vê e O ouve, que se torna fácil e natural crer em Sua promessa sobre oração. Fé na promessa é o fruto de fé naquele que promete: a oração da fé tem sua raiz na vida de fé. E dessa forma a fé que ora com eficácia é de fato uma dádiva de Deus. Não como algo que Ele concede ou implanta de uma vez, mas com um significado muito mais profundo e verdadeiro, como uma bendita disposição ou hábito da alma que se desenvolve e cresce em nós através de uma vida de comunhão com Deus. Certamente, para aquele que conhece bem seu Pai e vive em comunhão íntima e constante com Ele, é simples crer na promessa de que Ele fará a vontade do filho que vive em união com Ele.
A promessa é verdadeira, mas está além de seu poder de recebê-la em fé. Ouça a lição que Jesus nos ensina hoje: Tenha fé em Deus, no Deus vivo. Deixe que a fé olhe mais para Deus do que para a coisa prometida. É Seu amor, Seu poder e Sua presença viva que despertarão e aumentarão a fé. Quem conhece e confia em Deus descobre também que é fácil confiar na promessa. É a revelação do próprio Deus que dá a promessa seu poder vivo para entrar no coração e cultivar a fé. Embora tenhamos as promessas de Deus na Bíblia, com plena liberdade para recebê-las, falta-nos poder espiritual, a não ser que o próprio Deus as transmita para nós. E Ele fala com aqueles que caminham e vivem com Ele. Portanto, tenha fé em Deus. Que lição preciosa Jesus tem para nos ensinar hoje. Nós buscamos as dádivas de Deus: Deus quer dar-Se a nós primeiro. Pensamos na oração como o poder de trazer até nós boas dádivas do céu: Jesus vem como o meio de nos levar a Deus. Um coração cheio de Deus tem poder para fazer a oração da fé. A fé em Deus gera fé na promessa, incluindo a promessa de resposta à oração.      
                     Fonte: Com Cristo na Escola da Oração (Andrew Murray)