domingo, 8 de agosto de 2021

Uma questão de Paternidade

Uma das figuras que a Bíblia nos revela sobre Deus, é a figura de PAI. Infelizmente vivemos em tempos em que essa figura não tem o mesmo peso e a mesma autoridade que se tinha antes. Por culpa de maus exemplos de homens pecadores que vivem em seu orgulho e vaidade, e não entendem a responsabilidade e o privilégio do que é ser pai. Contudo, precisamos olhar para o fundamento e o padrão que foi estabelecido pelo Senhor na sua Palavra sobre o significado de ser PAI.

A Paternidade de Deus é uma verdade que consola, conforta, encoraja e fortalece o nosso coração e a nossa mente.  Em toda Escritura, a suficiente Palavra de Deus, está verdade é recorrente. Deus é um Pai cujo amor excede infinitamente o amor de qualquer um. A sua Paternidade se conhece pela manifestação do seu amor. O amor que cria, salva, santifica e glorifica ao que crê. Que também corrige com firmeza e zelo (Hb 12.6). O amor de Pai encorajador, pois “Ele dá força ao cansado e fortalece o que não tem vigor.” Nós temos um Pai de Amor, de amor extravagante, incomparável, que perdoa, recebe, se alegra sobremaneira com a vida de seus filhos que o buscam e o temem. O amor de um Pai que procura, que atrai no Seu próprio amor. Este maravilhoso Pai faz festa, pois há celebração no céu quando um pecador, uma criatura se torna filho (Lc 15.7). A Sua natureza é salvar. Ele é o Autor da salvação. 

Nós temos um Pai que é vivo e verdadeiro. Um Pai que no amor de seu Filho revelou toda sua graça, verdade, bondade e misericórdia. O Pai que revelou no Filho toda a verdade do evangelho que sempre foi um contraponto à mentira e hipocrisia da religião sistemática, preconceituosa e escravizadora, representada pelos religiosos judeus. Deus, o Pai, revelou a exatidão de Sua Pessoa no ministério do Filho. Podemos testemunhar a verdade absoluta por meio da fé.  A verdade nos leva a conhecer o verdadeiro Deus e Pai das misericórdias.

Temos em Deus um Pai que é santo, nEle não há falha nenhuma, nenhum pecado, apenas a verdade, a pura e simples verdade, por essa razão, podemos confiar e se deleitar na sua Presença. Devemos sempre olhar para o nosso Pai através do Filho pela revelação das Escrituras. Um Pai que nos chama a viver uma vida de santidade e que reflita toda Sua glória e majestade. O nosso Pai não aceita a periferia, mas a centralidade em nossas vidas. Ele deve ser sempre a prioridade. 

Temos um Pai que nos torna em seu Filho pela fé, filhos adotivos da sua família. Que nos dá o privilégio de podermos chamá-lo de Abba Pai, que significa Paizinho, um termo que denota intimidade e reconhecimento de quem Ele realmente é: Deus PAI. A paternidade de Deus nos traz segurança. Jesus se referia ao Pai com muita ternura: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).  

A paternidade de Deus foi perdida no Éden, mas reconquistada na cruz e na ressurreição pela Pessoa de Jesus Cristo. Os que estão em Cristo são do Pai por direito de criação e por direito de redenção. O nosso Pai é cheio de graça e de verdade. Como filhos desse Pai, devemos sempre ser obedientes e, acima de tudo, glorificá-lO. 

 Extraído e adaptado de Oswald Jacob