sábado, 24 de setembro de 2016

Deus exige exclusividade na adoração - Isaías 42.8



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Casamento é um relacionamento íntimo e sagrado e o adultério é uma terrível violação do mesmo. Ira ciumenta e vingança impiedosa são as consequências deste pecado terrível. O livro de provérbios contém várias advertências das consequências desastrosas para alguém que quebra a fidelidade do casamento. O casamento é um relacionamento muito pessoal, íntimo e possessivo. A violação dele causa enorme dor e perda. Por esta razão, o abençoado Deus determinou a pena capital no julgamento deste pecado. Tanto o adúltero quanto a adúltera seriam mortos (Lv 20:10). O ciúme no casamento não é pecado; faz parte do amor e da possessão. O casamento é fundamentado no amor e na possessão. O amor inclui o ciúme. Salomão disse, "Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor." (Ct 8:6). O ciúme é terrível. Ele é pior do que a raiva ou a ira (Pv 27:4). Um homem não deseja compartilhar o corpo e o coração de sua mulher. Quando outro homem fica com um ou outro, o ciúme é ultrajante. Um ladrão pode achar misericórdia nos homens, mas o adúltero, não (Pv 6:30-33). Roubar para satisfazer a fome é compreensível, mas tocar a mulher de outro homem é indesculpável. 
A lei de Deus para Israel cuidava do interesse do marido ciumento (Nm 5:11-31). Se um homem tivesse preocupações ciumentas a respeito da sua mulher, com ou sem provas, ele poderia levá-la ao sacerdote para um teste do ciúme. Se ela fosse culpada, a mulher sofreria o desprezo da sociedade por ter seu ventre condenado a ficar estéril. Se fosse inocente, ela seria absolvida por divina revelação e conceberia.
O SENHOR, ao escolher Israel para ser a sua mulher declarou que o seu nome era Ciúme e que era um Deus ciumento (Êx 34:14). O primeiro mandamento determinava que Israel amasse a Deus com todo o seu coração, alma e força (Dt 6:4-5). Qualquer paixão por outras coisas incendiaria o calor do Seu ciúme, pois Ele não estava disposto a dividir as afeições de Israel com outro (Dt 32:16; Sl 78:58). Uma das coisas que Deus mais condena em sua palavra é a idolatria. Os dez mandamentos dá destaque especial às proibições relativas a idolatria. (Ex 20.1-6).
Para detectarmos os ídolos nos dias de hoje, precisamos entender que os ídolos são expressões concretas e físicas de lealdade e compromisso que foram estabelecidos no coração humano e por conseguinte transformados em objetos de adoração aos nossos olhos. A proibição relativa aos ídolos refere-se a quem está sentado no trono de nosso coração. (Ez 14.3-5) O Novo Testamento amplia a visão da idolatria para qualquer coisa que possa ocupar o lugar de Deus em nossa vida tais como: a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação de bens. (1Jo 2.16). A idolatria abraça qualquer coisa que adoramos: a cobiça por prazer, respeito, amor, poder, controle entre outras coisas. Ele mostra que o problema não está fora de nós localizado em algum objeto de desejo ou veneração, mas encontra-se dentro de nós. O problema não é a substância idólatra; é a falsa adoração do coração. (Mt 6.21)
Somos chamados a imitar a Deus e viver para sua glória, no entanto, o que vemos são pessoas que vivem para si mesmas, para satisfação de seus prazeres e desejos pecaminosos. O propósito da idolatria é podermos manipular nossos ídolos para o nosso benefício, ou seja, queremos algo em possamos nos apegar, mas esse algo precisa satisfazer a todos os meus desejos. Nós queremos que a imagem criada nos deem tudo o que queremos: uma boa sensação, uma autoimagem melhor, sentimento de poder ou qualquer outra coisa que nosso coração deseje ardentemente. No entanto, não percebemos que no fundo nós somos controlados pelos nossos ídolos. Somos dominados por uma presença maligna que se esconde por trás de cada ídolo: o próprio Satanás. (1 Co 10.19-21). Quando colocamos nossa adoração em nós mesmos, ou em algum objeto que represente nossos desejos, nos esquivamos da adoração ao verdadeiro Deus.
Eis a verdade por trás da idolatria, somos cegados pelos nossos próprios desejos. (Sl 115-4-8; Is 44.9-20). Os idólatras se recusam a enxergar a sua dependência de Deus. A glória e a exaltação do nome de Deus não são seu alvo. Eles estão presos em si mesmos e preferem se prostrar e adorar falsos deuses que satisfaçam seus desejos pecaminosos e exaltem seu próprio ego. Ao invés de se prostrarem e se renderem a Deus, prefere realizar seus rituais que dão aparência de poder, prazer ou identidade. No entanto, eles não compreendem que tudo isso não passa de mentira. Qualquer coisa que o ídolo possa oferecer não passa de ilusão, de um prazer momentâneo. Diante disso, há duas coisas que você precisa fazer: colocar sua fé no Deus verdadeiro e amoroso e conhecer a verdadeira liberdade que Ele pode proporcionar, ou colocar sua fé em ídolos (Satanás) e ser enganado e escravizado pelas mentiras que ele pode lhe trazer.
Para os crentes, o Senhor Jesus Cristo é o noivo e Ele exige total afeição (Lc 14:26). Todos os demais relacionamentos precisam ser sacrificados, se eles conflitarem com o seu amor por Ele. Ele considera qualquer amizade com o mundo como sendo adultério espiritual contra Ele (Tg 4:4). Você está amando e vivendo para Ele tão devota e cuidadosamente como deveria?
“Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” (1 Reis 18.21)
“Mando-te diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão, Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo; A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém. (1 Timóteo 6:13-16)

(extraído e adaptado de http://www.letgodbetrue.com

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Confiança em Deus - Provérbios 16.3

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Todos os dias temos que tomar decisões, decisões estas que podem afetar diretamente a sua vida de maneira a mudar o seu futuro. Então, é neste momento que surgem as dúvidas, confusão e falta de direção. Dúvidas estas que nos fazem perder a paz e a tranquilidade. Mas, isto pode ser rapidamente recuperado, se você entregar as suas atividades a Deus. (Sl 37.5) Deus irá estabelecer, confortar e fortalecer seu coração. (1Pe 5:10).
Num mundo pecaminoso e incerto, onde você não tem como saber o amanhã, com frequência surge muitas dúvidas, medos, perplexidades e preocupações. Mas essa não é a vida desejada ou planejada por Deus para os Seus filhos. Ele pode e tirará os seus cuidados dolorosos, se você entregar tudo a Ele. Sua prometida presença permanente traz contentamento e coragem (Sl 27.1,2; Sl 37.23,24; Sl 46.1).
Pedro escreveu o seguinte a respeito do especial cuidado do SENHOR, "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." (1Pe 5:7). E Davi, que se defrontou com muitas e severas dificuldades, escreveu com confiança e experiência, o seguinte, "Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado." (Sl 55:22). Você crê nestas promessas? Paulo escreveu, "Não estejais inquietos por coisa alguma; ... a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Fp 4:6-7). Jesus confortou, "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Mt 6:34). Este grande conforto está fundamentado na habilidade e cuidado de Deus sobre você, e tudo que você precisa fazer para obtê-lo é confiar Nele e buscar o Seu reino em primeiro lugar (Mt 6:25-33).
Entrega as tuas obras ao SENHOR fazendo tudo do jeito Dele. Considere os seus preceitos como sendo perfeitos e suficientes (Pv 3:5-8). Se você abandonar os seus pensamentos, e em todos os seus caminhos reconhecê-lo, Ele dirigirá os seus passos (Sl 119.15). Josué descobriu que o sucesso de sua jornada dependia de sua obediência e submissão a Palavra do SENHOR (Js 1.8) Você confia as suas tarefas ao SENHOR entregando-os a Ele? Isto é realizado através da oração e ações de graça (Fp 4:6; Cl 4:2). Se você mantém a sua mente fixa no SENHOR ao invés dos seus problemas, você encontrará perfeita paz (Is 26:3-4).
É frustrante e estressante quando você pensa que os resultados dependem de você. O resultado depende Dele e Ele sugere que você descanse e confie no seu agir (Sl 4.8). O SENHOR tem traçado planos de paz para sua vida. (Jr 29.11). Tal confiança firmará e estabelecerá o seu coração sem temor, sem levar em consideração a sua situação (Sl 91.5-10). Paulo conhecia a verdade de confiar em Deus em toda e qualquer situação. Ele enfrentou mais dificuldades em um tempo qualquer do que você poderia imaginar numa vida inteira. Mas ele disse, "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos." (IICo 4:8-9). Ele tinha confiado as suas obras ao SENHOR.
O que o incomoda hoje? O que você enfrenta que aflige a tua mente? Confia ao SENHOR as tuas obras e Ele firmará os teus pensamentos. Faça-os à maneira Dele; faça-os para Ele; entregue-os a Ele em oração; e confie Nele pelos resultados. Ele imediatamente tomará cuidado de você, abençoando-o com contentamento, paz e segurança.
Jesus enfrentou o maior desafio e dificuldade no trabalho horripilante da nossa redenção na cruz do Calvário, mas ele Se entregou ao SENHOR, e na sua angústia foi ouvido e um anjo veio e O fortaleceu (Mt 4.11; Lc 22.41-43). Você também fará bem na questão de obediência, se entregar a sua vida a Deus e confiar Nele, então, suas obras serão estabelecidas porque elas são feitas na direção e na vontade de Deus. Se você começa a andar na direção errada, Deus corrige seu rumo. Se você para no meio do caminho, Ele o faz prosseguir. Quando você dá um passo de cada vez, segurando a mão de Deus e seguindo a direção dEle, você chega ao seu destino. (Pv 16.9)
(extraído e adaptado do site: http://www.letgodbetrue.com/portuguese/proverbs/topics/wisdom.php)

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Um pouco de fé – quando não entendemos, o melhor é confiar. (Hb 11.1)


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Como seria bom se a ficção pudesse virar realidade, quem não se lembra do filme "De volta para o futuro", onde um professor inventa uma máquina do tempo, podendo desta forma fazer viagens no tempo, seja para o passado ou para o futuro. Ás vezes gostaria de poder ter uma máquina destas, assim poderia voltar ao passado e quem sabe mudar algumas escolhas que fiz e que infelizmente no decorrer do tempo, não saíram exatamente como esperava. Quem sabe eu não poderia ter feito escolhas das quais eu não teria me arrependido mais tarde. Quem sabe a vida não seria mais fácil, pois teria evitado muitas decisões que só me trouxeram decepções. Mas tudo isso é apenas ficção, a realidade é outra. Temos que aprender a conviver com os nossos erros, caminhos que gostaríamos de não ter passado. Eu diria que quando não sabemos e nem entendemos as circunstâncias, a melhor opção e talvez a única, é a confiança através da oração. Sempre dizemos que Deus está no controle de todas as coisas, mas às vezes, posso dizer que na maioria delas, deixamo-nos levar pelas circunstâncias e agimos precipitadamente. No entanto, é através da oração que exercemos a nossa fé. "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6). Nela reconhecemos que Deus tem todo o poder - Ele é soberano, pode todas as coisas, nada está fora de seu controle. "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado." (Jó 42:2). Nisto podemos afirmar que Deus é bom e sabe o que faz (veja o Salmo 136 - relata o cuidado de Deus para com seu povo através da história, e tudo por um motivo: "porque a sua benignidade dura para sempre."). Deus não perde nunca o controle da história do mundo, da igreja e da vida de cada um de nós, como diz um amigo, Ele nunca é pego de surpresa. Tudo está em suas mãos. Deus têm planos - muitos dos quais não somos capazes de entender. Nós somos seres humanos, somos muito limitados, imperfeitos e pecadores. A fé que um dia foi implantada em nossos corações existe exatamente para momentos difíceis da nossa vida para crermos que Deus é poderoso e tem planos que estão acima da nossa compreensão. (veja Isaías 55.8,9)
Enquanto enxergamos apenas um pequeno pedaço da história, Deus conhece o todo. Deus enxerga o futuro e nós apenas o presente. Por isso, quando não entendemos as situações pela qual muitas vezes passamos em nossa vida, a única coisa que você pode fazer é confiar.
Todos nós temos medo de alguma coisa, algo que nos paralisa, nos deixa sem reação. Aliás, a única reação que temos é de que não temos saída, e ficamos sem saber o que fazer. Muitas pessoas têm medo de ter fé, pois já perderam a esperança de que Deus irá mostrar uma saída diante de uma situação difícil. Mas, a verdade, é que esse temor vem por que se está colocando a fé nas coisas erradas. Aqueles que têm medo de crer estão colocando sua fé no "e se". Boa parte dos nossos medos são focados em coisas que podem ou não acontecer. Não há razão para temer coisas que podem ou não acontecer. Até as pessoas na Bíblia lutaram temendo os seus próprios "e se". Moisés teve medo de crer que Deus o estava chamando para libertar o Seu povo do Egito. Josué precisou de uma palavra de encorajamento diante da tarefa que estava assumindo. Salomão pediu sabedoria a Deus, pois tinha medo de não dar conta da responsabilidade de ser rei. A fé de muitas pessoas está baseada no "e se". No entanto ao a história destes homens você perceberá como Deus deu a eles força para superar o seu medo. Então, quais são alguns dos "e se" que alimentam seus medos? O que você teme revela o que tem mais valor para você. O que você teme revela onde você menos confia em Deus. Em quais coisas você não está confiando em Deus? A fim de encarar os "e se." da fé, você deve reconhecer seu medo e escolher acreditar em Deus. Que coisas estão prendendo você do reconhecimento dos seus medos e de colocar sua total confiança em Deus?
A fim de encarar os "e se..." do medo, você deve buscar a Deus até que Ele afaste os seus medos. O quão diferente poderia estar a sua vida se você confiasse completamente em Deus e se esforçasse para buscá-lo diariamente? Escolha pela fé a não colocar a sua fé nos "e se", mas, sim a colocar sua fé em Deus e somente nEle. Isso ajudará você a romper com a escravidão dos medos e a falar palavras de vida e de fé que irão fazer você começar a viver a verdadeira liberdade que há em Cristo.  Confiar é algo que leva tempo, por isso, Deus não tem pressa em trabalhar em nossa vida de maneira que experimentemos a liberdade de poder entregar a nossa vida a Ele, confiar que Ele tem o melhor para nós e acreditar que Ele irá suprir tudo que for necessário para que possamos receber a promessa de vida e liberdade que Jesus conquistou na cruz. De que maneira você tem buscando a Deus no seu dia a dia? (Veja Isaías 26.3,4)

Ele dorme durante tempestades
Um homem procura trabalho numa fazenda. Entrega sua carta de recomendação ao novo patrão. Ela diz simplesmente: "Este homem dorme durante tempestades."
O dono está precisando desesperadamente de ajudantes, por isso contrata o sujeito.
Passam-se várias semanas e , de repente, no meio da noite, uma tempestade violenta cai sobre o vale. Acordado pelos redemoinhos de chuva e pelo vento uivante, o dono salta da cama. Chama seu novo empregado, mas o sujeito está dormindo a sono solto.
Então o dono se precipita para o celeiro. Para sua perplexidade, constata que os animais estão seguros e com comida suficiente.
Corre para o campo. Vê que os fardos de feno foram arrumados e estão enrolados em lonas.
Corre até o silo. As portas estão trancadas e o grão está seco.
E então entende. "Ele dorme durante tempestade."
Amigos, se cuidarmos das coisas importantes da vida, se formos corretos com aqueles que amamos e nos comportamos bem com nossas famílias, nossa vida não será amaldiçoada com a dor angustiante das questões não resolvidas. Nossas palavras sempre serão sinceras, nossos abraços serão apertados. Nunca afundaremos na agonia do "Se eu tivesse agido assim...". Poderemos dormir durante a tempestade.
E quando for a hora, nossa confiança estará fortalecida.
“Andar pela fé é trilhar um caminho que não entendemos, pois não vemos o futuro. Mas, também é manter a confiança de que este caminho vai nos levar onde queremos chegar.”

sábado, 28 de maio de 2016

Intimidade com Deus: aprendendo a desfrutar de Sua Presença - Salmo 25.14

Ser íntimo de alguém ou algo requer tempo e esforço. Tempo para conhecer e ser conhecido pelo que você realmente é, e esforço, porque é necessário estar aberto, tornar-se vulnerável revelando partes de sua vida vida que só você conhecia.
Intimidade é conhecer os anseios, os desejos e os segredos do coração. A intimidade nos transforma de dentro para fora, pois passamos a revelar aquilo que está escondido no coração. Assim é a intimidade com Deus, quanto mais próximo você estiver do Senhor, mais Ele irá revelar a sua aliança, e você passará a descobrir os segredos de Deus. 

"E com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes. E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos." (Marcos 4.33,34)

Intimidade com Deus é como um tesouro escondido que precisa ser explorado. É preciso esforço, pois ela tem um preço: o preço da disposição de tempo (devocional, oração, louvor, meditação na Palavra...), de negar as coisas do mundo, de parar tudo para sentir e ouvir o que Deus tem para dizer.

"Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jeremias 29.13 - veja também: Sl 1.2; Pv 8.17; Lc 10.40-42)

Intimidade é investir tempo para estar com Deus, é para os que temem ao Senhor. O temor a Deus abre as portas de seu coração e você passa a conhecê-lo na sua intimidade.

"Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem." (Jó 42.5)

Na intimidade Deus é participante e livre para agir em todas as áreas de minha vida e em qualquer circunstância. 
  • Intimidade exige sacrifício: que área de sua vida você precisa se dedicar mais na sua busca à Deus? (Lc 9.23)
  • Intimidade é privilégio de poucos: até onde você está disposto a ir na sua busca à Deus? (Sl 145.18)
  • Intimidade é desafio: que obstáculos o tem impedido de buscar mais a Deus? (Is 55.6)
  • Intimidade é oferta: qual é o bem mais precioso que você tem para oferecer a Deus? (2 Cr 24.24)
  • Intimidade é anelar pela presença de Deus: na sua busca por Deus, o quanto você realmente tem desejado a sua Presença? (Sl 84.10)
Umas das representações que temos da intimidade é o anel que carregamos em nossa mão esquerda.
  • Ele é feito de ouro: símbolo da pureza e santidade;
  • Ele é circular, não tem começo e não tem fim: símbolo de fidelidade contínua;
  • Ele é colocado no dedo que se diz estar ligado ao coração: símbolo de entrega.
Quando você entender o significado do que é ser íntimo de Deus, você passará a receber dEle a revelação de sua aliança. Para fazer a obra, não basta apenas técnica, é preciso ter unção. Lembre-se: antes de fazer algo para Deus, você precisa ser uma pessoa de Deus. Então, você não fará mais as coisas para Deus, mas irá fazer as coisas com Deus.

"Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer." (João 15.15)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Graça, Abundante Graça - Romanos 5.20



  
Antes de começar, permita-me compartilhar uma história com vocês. Havia dois garotos que foram criados em casas muito diferentes. O primeiro cresceu numa casa de regime ditatorial, onde ele tinha de seguir as regras do pai que o tratava de maneira dura e ríspida. Recebia poucos atos de afeto do pai, desta forma, sua individualidade e aceitação estavam ligadas a sua capacidade de viver de acordo com as rígidas expectativas do pai. Ele era sempre avaliado por seu pai, e por mais que tentasse nunca conseguia superar suas expectativas que sempre pareciam altas demais. O garoto, então, cresceu e se tornou emocionalmente negativo e muito crítico em relação a si mesmo.O segundo foi criado num ambiente totalmente diferente. Seu pai sempre demonstrava e afirmava seu amor pelo filho por meio de abraços e palavras positivas, que permitiam que o menino soubesse que seu valor estava baseado em quem ele era e não no que fazia ou deixava de fazer. O pai tinha claras expectativas em relação ao filho e o incentivava a buscar sempre o melhor. Este menino cresceu de forma bastante positiva e com um profundo desejo de agradar o pai. Obviamente o primeiro filho detestava sua casa, sua família e não via a hora de sair dali, enquanto o segundo amava sua casa e achava que era o melhor lugar para se estar.
Os resultados das experiências desses dois filhos representam a diferença entre as igrejas que vivem debaixo da lei e as que vivem debaixo da graça. Quando o ministério da igreja local está baseado no cumprimento de regras e leis, muitas vezes duras de lidar, o crescimento espiritual é paralisado e a igreja torna-se um lugar desagradável de se viver. Mas quando a igreja ministra a graça de Deus em todas as suas formas, o ambiente se torna estimulante e revigorante e o crescimento espiritual é alimentado. Não podemos esquecer que o que torna o Cristianismo diferente de qualquer religião no mundo é o que conhecemos como Graça de Deus – favor imerecido. Qualquer outra religião na terra é baseada no que as pessoas precisam fazer para serem aceitas por Deus – é o que chamamos de salvação pelas obras. Nessas religiões a divindade só responde quando o adorador faz sacrifícios apropriados ou oferece, ou executa sacrifícios que lhes são aceitáveis.  Mas, a verdadeira fé em Cristo é edificada no fato de que, em Cristo, Deus tomou a iniciativa de nos salvar (Rm 5.1; Ef 2.1,5-9) Deus nos salvou não apenas sem a nossa ajuda, mas apesar de nosso pecado e rebelião contra Ele. (O exemplo de Israel – profeta Oséias – Os 11.1-4)
A definição básica de graça é, ela é tudo que Deus tem liberdade para fazer por nós baseado na obra de Cristo. O que torna a graça inacreditável é que jamais poderíamos obtê-la por nossos esforços, não poderíamos pagar por ela, e definitivamente não a merecemos. Não porque seja cara, mas apenas porque não custou nada para nós. A graça é e a demonstração da bondade de Deus e ela nunca termina, ela nos salva e continua a nos sustentar. (Rm 2.4; 2Pe 3.9) A igreja tem uma grande ministério e uma grande mensagem para entregar.
A manifestação da Graça (Rm 5.10): a graça de Deus já existia na eternidade, Deus sempre foi o Deus da graça. O próprio A.T. está cheio de histórias sobre a manifestação de sua graça sobre a humanidade: na criação do mundo, na queda do homem, na vida dos patriarcas (Abraão, Isaque, Jacó e José), na libertação do povo do Egito, na condução do povo no deserto, na conquista da Terra Prometida, na história do povo de Israel. O que acontece, é que antes da vinda de Cristo e do pecado ser tratado na cruz, sua graça estava como que escondida em mistério (Ef 3.1-9). A graça estava presente, mas não era visível. Em Cristo, Deus manifestou e revelou toda sua graça (Jo 1.14; Rm 5.15) A graça está incorporada na pessoa de Cristo, e a graça que Jesus trouxe na cruz leva salvação a todos os homens. Isso, no entanto, não significa que todos irão para o céu. A ideia é que Cristo pagou pelos pecados de toda humanidade, principalmente pela condenação que nos foi dada por meio de Adão. (Rm 5.12,14,17-20) A corrupção da humanidade gerada em Adão foi tratada em Cristo, de modo que, se alguém vai para o inferno, irá por causa de seu pecado e de sua recusa em aceitar o sacrifício de Cristo. As pessoas não se beneficiam do sacrifício de Jesus, porque rejeitam a sua salvação, e não porque sua obra é ineficaz. (Rm 2. 5-8)
Para aqueles que aceitam a graça de Deus na pessoa de Jesus, Deus abre um cofre espiritual, tornando disponíveis todos os recursos necessários para que possamos viver a nova vida que Ele nos dá. (2 Co 5.17; Ef 2.4-7; 2Pe 1.3,4) Devemos dar graças a Deus, que hoje já não vivemos sobre o regime da lei. A lei veio para instruir e ensinar as pessoas como deveriam viver para agradar a Deus, mas ela não providenciava o poder necessário para que que se pudesse cumpri-la, e existia penalidades gravíssimas para os que a desobedecessem. Assim, pela lei estávamos condenados, não porque ela seja ruim, mas sim porque nós somos profanos. (Rm 5.13,14; 7.13,14). A lei tinha uma norma: obedeça e você viverá, desobedeça e você morrerá. Agora, porém, em Cristo, podemos desfrutar da promessa feita a Abraão de sermos abençoados como povo, como filhos de Deus, por causa da graça que há sobre todo aquele que deposita sua fé em Jesus. (Rm 5.20,21; Rm 8.1) A graça não apenas nos redime, mas ela também nos transforma, ela nos ensina a dizer não para o pecado e sim para a justiça de Deus. Não podemos comprar a graça, ela é gratuita, mas isso não significa também que agora posso viver da maneira que quiser, a graça nos motiva a servir a Deus como resposta de sua grande salvação sobre nossas vidas. (Rm 6.19; Gl 5.1) Precisamos compreender a graça de Deus, ela não somente nos livra da lei e do pecado, mas traz em si a capacitação e o poder para que possamos preencher os padrões justos e perfeitos de Deus, ou seja, a graça faz com que as expectativas de Deus nos sejam possíveis. Enquanto a lei foi escrita em tábuas de pedra e trazia em si a condenação, a graça é escrita no coração e traz em si a redenção.
O mundo está acostumado a viver de regras, mas as regras sozinhas não podem transformar o coração. Se o seu coração está doente e sem cura, nenhum tipo de regra do tipo faça isso, ou faça aquilo irá ajudá-lo. Mas se você receber um novo coração, ninguém vai precisar dizer a você como manter este coração funcionando em seu corpo. Você agirá com gratidão pelo novo coração que recebeu como dádiva de alguém que o providenciou. Sua resposta a este relacionamento envolverá mais do que discursos ou regras, mas uma vida que fará tudo o que for necessário para agradar aquele que te chamou, perdoou, resgatou e salvou. Se você renunciar a esta graça você continuará a viver uma vida cristã derrotada, tentando lutar com suas próprias forças, mas se você se entregar e permitir que Deus faça a obra, você viverá uma vida cheia de lutas, dificuldades e desafios, mas na certeza de que Deus já te deu a vitória. A lei lhe diz o que fazer e lhe dá a penalidade se você não cumprir, condenando-o a morte. A graça diz que Deus o deixará livre para aceitar seus comandos de amor para o que Ele já fez por você e lhe dará poder para vencer. Por qual padrão você vai querer viver¿

Extraído do livro (Igreja Gloriosa - Tony Evans)

sábado, 26 de março de 2016

Pecado: vício ou doença? Uma resposta bíblica para a dependência.

Um dos grandes problemas que temos ao falar do pecado na vida das pessoas é que nos traz um tom de acusação, julgamento e condenação. quando relacionamos os vícios ao pecado é comum se levantar questionamentos. O problema de você relacionar o vício como uma doença é que parte da ideia de que "você não é responsável pela causa, mas é responsável pela cura." A verdade é que o pecado frequentemente se disfarça como doença.
A Bíblia nos fala que, quando uma pessoa se entrega a um ídolo (objeto de seu desejo) ao invés de tentar encontrar sua cura e plenitude em Deus, a pessoa se entrega ao poder daquele ídolo, e ela passa a ser enganada. (Jr 2.11-14; Sl 115.8). E assim o pecado assume as características do que muitos chamam de vícios ou doenças.
Quem está no vício sente-se como se tivesse caído numa armadilha e sua vida está fora de controle. Como um adorador de algo que pode ser extremamente perigoso, ele se sente preso, escravizado por um comportamento que garante prazer, mas também traz como consequência muita dor. (Pv 14.12; 16.25; Rm 6.20,21) O problema de você descrever a dependência como doença é que implica inocência por parte do viciado, o que não é o caso. Embora uma pessoa possa ser dominada pelo poder daquilo a que se rendeu, ela mesma possui total responsabilidade por sua condição. (Jo 8.34; 9.41)
A profunda ira, falta de confiança e rebelião contra Deus, que alimentam nossa natureza caída, nos persuade a usar as provações, traumas e negligências da vida para justificar nossa decisão de buscar consolo e prazer nas coisas criadas em lugar de buscá-los no Criador. (Rm 1.18-25). Somos entregues ao poder de algo que vai além do Deus vivo, e este objeto passa a nos dizer como devemos pensar, sentir e viver:
  • Você coloca seus próprios interesses acima do bem estar de sua família;
  • Você coloca o prazer momentâneo acima das pessoas que você diz amar;
  • Você coloca sua vida a serviço de algo que no fim não lhe dá nada em troca, a não ser dor e sofrimento.
Assim, o pecado assume as características do vício ou doença, e de repente, estamos fazendo coisas obsessivas, compulsivas, sem limites e perigosas - coisas que no fundo não gostaríamos de fazer. (Rm 7.15)
Decisões erradas, ações pecaminosas, ou negligência por parte de outras pessoas podem influenciar a nossa queda, mas não tanto quanto nossas respostas egoístas às circunstâncias e as pessoas. O problema, na verdade, está em nossas exigências egoístas de ter os nossos prazeres satisfeitos, pouco me importando com a necessidade dos outros. As pessoas ou circunstâncias que nos causam dor tornam-se, simplesmente nossas desculpas. (Rm 2.5,6).
Isto não significa que Deus não leva em conta nossos traumas e tragédias quando julga nossas ações, mas se não reconhecermos a nossa responsabilidade, e não houver verdadeiro arrependimento, não haverá libertação da escravidão, apenas uma sombra de uma tentativa de se manter limpo através de nossa limitada razão e força. (Pv 28.13; Jl 2.12,13)
Apesar dos benefícios de compreender como nossos traumas nos induziram em uma direção ou outra, temos de lembrar que pecamos porque temos corações contaminados, caídos. (Jr 17.9; Mt 15.11, 17-20). Tornamo-nos escravos das coisas que amamos mais do que a Deus. Somos viciados em nossos ídolos - as coisas que escolhemos para suavizar a nossa dor. Embora fora de controle, ainda somos responsáveis por termos chegado a este estado (Pv 1.32; 5.22,23)
A resposta esta em confessar a nossa culpa, render-nos a Cristo, tomar como exemplo sua vida e caminhar pelo poder do Espírito Santo. (Gl 2.20; 5.16), Na medida em que buscamos métodos e modelos psicológicos que fazem com que nos esqueçamos disso, e por mais bem sucedido que sejam muitas vezes em nos ajudar a buscar mudanças, no fundo, só estaremos mascarando o verdadeiro problema: Pecado. Se deixarmos de colocar Deus em primeiro lugar, e de depender da sua libertação e transformação, certamente continuaremos a viver escravos de programas de manutenção em lugar de sermos verdadeiramente transformados.
Precisamos voltar a Deus em primeiro lugar e abandonar o rótulo de que "sou vítima" e nos arrepender diante de Deus pelas escolhas erradas que fazemos e que terminam em vícios ou doenças. esta é a única coisa coisa que nos libertará.
"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.[...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." (Jo 8.31,32,36)