quinta-feira, 5 de julho de 2018

A morte de uma igreja (1 Coríntios 1.10)


Por que uma igreja morre? Os cristãos cometem muitos enganos nesse assunto. Muitos pensam que a igreja morre em consequência dos ataques de Satanás. Mas o inferno não tem poder para destruir a igreja. Pelo contrário; diante da igreja, são as portas do inferno que não podem prevalecer (veja Mt 16.18). O maior inimigo da igreja não são os demônios nem alguma ausência de atividade evangelística, nem alguma deficiência no ensino, nem algum tipo de problema financeiro, mas as divisões entre os crentes. Jesus afirmou que um reino dividido não pode subsistir (Marcos 3.24). Assim, se a igreja está dividida, ela não consegue sobreviver. Antes, ela morre.
O apóstolo Paulo sabia que a morte de uma igreja acontecia como consequência das divisões. Por isso mesmo, tão intensamente, ele alertou a igreja de Corinto sobre esse assunto. Em I Coríntios 1.10-17 ele escreveu sobre isso. Nas suas palavras contra a divisão, Paulo apontava para o próprio Senhor Jesus: Cristo não estava dividido e, por isso, nós, os cristãos, devemos lutar contra as divisões.
Vejamos quais são as causas da Morte de uma igreja:
·         Comunicação: uma das causas das divisões é a diferença na linguagem. Se as pessoas de uma comunidade começam a não concordar naquilo que falam, essa comunidade corre um sério risco de morrer.
·         Partidarismo: o ser humano tem uma tendência natural de se ligar aos grupos com os quais se identifica. Isso não é ruim; faz parte da nossa individualidade como seres humanos e a Bíblia não condena esse tipo de associação natural. Mas a Bíblia condena, sim, aquela associação que nasce a partir de divisões dentro de um determinado grupo. Ela condena as associações com ênfase no partidarismo, em que as pessoas valorizam o seu próprio grupo e desprezam os demais.
·         Competição: o apóstolo Paulo mostra que era um absurdo as pessoas se dividirem em partidos e competirem por pessoas. Cristo não está dividido; por isso, devemos lutar contra a competição por pessoas. Devemos entender que as pessoas que chegam à igreja não nos pertencem, mas a Cristo. Nós somos apenas os vasos usados por Deus para ministrar o Evangelho àqueles que se convertem. Ainda que devamos ser modelos para as pessoas, devemos formar seguidores – não de nós mesmos, mas de Cristo. Se cada pessoa formar seguidores dela mesma, haverá várias linguagens, vários partidos e grande divisão dentro da igreja. A igreja é feita de parcerias e não de competições.
·         Falta de visão: uma das coisas que as pessoas precisam entender é que ela não é maior do que a igreja e a igreja não é maior do que o Reino. Ambos estão inseridos dentro de um propósito maior que é a glória de Deus. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus que na sua graça e misericórdia aprouve usar nossas vidas para promover a exaltação de seu Nome.
Por mais que tentemos não desanimar, é muito difícil evitar que as atitudes das pessoas nos desmotivem, e até mesmo nos faça querer abandonar a igreja. Mas não podemos desistir! Apesar de todas as situações ruins a Bíblia nos encoraja e nos adverte a buscarmos a unidade do Espírito e revestirmo-nos do amor que é o vínculo da perfeição.  Todo cristão que nasceu de novo está unido com os outros irmãos no corpo de Cristo, e se lermos o Novo Testamento, veremos que a ênfase dele é a unidade.
"Uma igreja é um hospital para pecadores, não um museu para santos” (Abigail V. Ruben).
 Pr. Fernando Maciel (extraído e adaptado)


O crescimento espiritual do salvo em Cristo Jesus - Rm 5.1-5


O alvo da nossa caminhada cristã é que nosso caráter seja semelhante ao de Jesus, isto é, adquirir maturidade suficiente para viver uma vida que agrade a Deus. Mas, para que isso aconteça é imprescindível que você cresça espiritualmente, desenvolva habilidades para lidar com as situações da vida de forma bíblica (Hb 5.13-14).  A prática da palavra de Deus é fundamental para que você adquira essas habilidades em lidar com as provações e tentações na sua vida, de forma que o nome de Deus seja glorificado. Ser maduro é ser responsável, ou seja, ter a capacidade de responder com habilidade as situações que terá de lidar na vida. Biblicamente, ser responsável é a capacidade de responder como Deus manda que o homem responda a cada situação da vida, independente das dificuldades. É a habilidade dada por Deus de responder a qualquer situação da vida de acordo com os mandamentos de sua Palavra.  É a capacidade de suportar a fraqueza dos fracos, de buscar a edificação do próximo, de aceitarmo-nos uns aos outros com as qualidades e também com os defeitos. E isso só é possível quando se nasce de novo pela ação do Espírito que ilumina nossa mente para compreendermos a Palavra e aceitar pela fé a nova vida em Cristo. Então, somos regenerados pelo Espírito e recebemos a condição para mudar nossos pensamentos, palavras e ações à medida que se vai mortificando o velho homem e recebemos de Deus o amor para adorá-lo e servir ao próximo. Este processo de mudança operado pelo Espírito Santo é o que a Bíblia denomina de santificação progressiva. A mudança no caráter do salvo é um processo contínuo, em que o mesmo vai abandonando os hábitos de uma natureza caída por causa do pecado e se revestindo por meio da renovação do entendimento das qualidades do caráter de Cristo (Ef 4.20-24). A meta da santificação é restaurar em nós a perfeita imagem de Deus, isto significa ter o caráter semelhante ao de Cristo, que é a perfeita imagem de Deus (Rm 8.28-29). A santificação é mais do que aprender o que a Bíblia ensina, é transformar-se de tal maneira que as pessoas ficaram surpresas com a mudança na sua vida (At 9.20-22). Deus mudou um Jacó (enganador) em Israel (Príncipe de Deus), um Simão (inconstante) em Pedro (a rocha), um Saulo (perseguidor da igreja) em Paulo (missionário apaixonado pelo Evangelho). A Palavra de Deus muda as pessoas no seu modo de pensar, de falar e agir. Onde quer que haja a manifestação do Espírito Santo, as pessoas são transformadas. A nova vida é manifestada em um coração desejoso de fazer a vontade de Deus. Abandonar as velhas atitudes de rebelião contra Deus e adotar novas práticas vêm como resultado de uma vida de obediência a Palavra de Deus. A vida de santidade depende de uma atitude de confiança na presença e no poder do Espírito que habita em nós (Gl 5.25). Este é o princípio que deve ser praticado na vida do salvo, é quando ele realmente crê e observa a Palavra de Deus para tornar-se consciente das suas próprias limitações e, quando ele considera seriamente a revelação do que a Palavra diz a seu respeito, sobre o que ele, por si mesmo, pode ou não fazer, e o que o Espírito, que nele habita, veio realizar. A Palavra afirma, claramente, que o salvo vive segundo o princípio da fé, quando entende o plano que Deus traçou para a sua vida e submete-se a Ele, sabendo que em toda e qualquer circunstância Deus nunca o abandonará (Rm 8.31-39). O salvo, fica com a responsabilidade de se empenhar em permanecer numa atitude de confiança no Espírito. Este deve ser o objetivo constante de sua atenção, está é sua tarefa e o seu lugar nos importantes desígnios de Deus, buscar a santificação. A vida cristã é vivida pela fé, pela confiança em Deus e na sua Palavra. Este é um dos elementos mais importantes da providência divina que caracteriza a graça de Deus em nossa vida (2Pe 1.3,4). A verdadeira mudança só acontece quando você passa do conhecimento para a ação, baseada nas promessas e nos recursos que Deus providenciou. Mudar é um exercício muito desafiador, pois a mudança exige abandonar a zona de conforto. A mudança exige o desenvolvimento de novas habilidades, a busca pelo caminho de Deus, a superação dos limites estabelecidos pela nossa falta de fé, a crença no impossível de Deus e a coragem para não retroceder. Para viver o ideal de Deus você precisa morrer para si mesmo e passar a viver para Deus.