quarta-feira, 9 de março de 2022

A oração que Jesus ensinou - Lucas 11.1-4

Existem muitos livros que falam sobre oração e ensinam sobre oração. Muitos conhecem sobre oração, estudam sobre oração, mas não tem uma vida de oração. Na verdade, a vida de oração é como uma parte de uma fatia da vida da pessoa, em que ela tira um momento para isso. Com o tempo, isso se torna uma rotina e vai sendo deixado de lado, pois perde-se o desejo e o ânimo para orar.

Ao verem Jesus orar, os discípulos perceberam que a vida de oração de Jesus era muito mais do que um ritual, era algo que precisava ser feito. Jesus tinha intimidade com o Pai. Ele orava não por obrigação, mas por prazer e necessidade de estar em comunhão com Deus. A conhecida oração modelo que Jesus ensinou, o qual muitos utilizam como se fosse uma fórmula nos revela as coisas que devemos reconhecer em relação ao Deus a quem oramos. Basta uma simples observação e perceberemos que não poucos estão muito longe do padrão orientado por Jesus quanto à maneira correta de orar. Será que realmente sabemos como orar, o que orar, porque orar e o que seria uma vida de oração eficaz? Creio que devemos fazer como os discípulos: “Senhor nos ensina a orar.”

Quando não temos tempo para orar, é quando realmente precisamos orar. Quando não temos vontade de orar, é quando, precisamos orar. A oração é como um alimento que fortalece a nossa alma. Oramos muitas vezes por tantas coisas, e esquecemos do primordial, ter uma vida de intimidade com Deus. Ter Deus como Deus e não como um servo que está ali para atender nossas petições. Sem oração podemos até fazer alguma coisa nessa vida, mas nada que terá valor eterno. Sem oração, nossa vida acaba por se tornar infrutífera, os frutos que produzimos não serão suficientes, não teremos forças para resistir as tentações de satanás e cederemos facilmente as fraquezas de nossa carne. Os apóstolos que tanto ensinaram sobre oração, aprenderam a orar e fizeram da oração uma poderosa arma para vencer o mundo, a carne e o diabo.  Na oração ensinada por Jesus, ele mostrou-lhes como orar por suas necessidades relativas a esta vida e as necessidades espirituais relativas à vida com Deus. Na conhecida oração do Pai Nosso, Jesus não quer que a recitemos de forma decorada e nem mesmo de maneira mística, como se a oração por si só, tivesse poder. No Pai Nosso, Jesus ensina-nos o caminho para Deus e estabelece, de maneira mais íntima, os meios de comunicação e comunhão com Deus, através da confiança de filhos que se dirigem ao Pai celestial com intimidade e fé; por meio da convicção de sua bondade paternal, tal como é revelada nas Sagradas Escrituras; através da obediência que evidencia o nosso respeito a Deus, o reconhecimento de sua autoridade divina, reconhecendo a Deus como causa da existência e sobrevivência de todas as coisas. A oração do Pai Nosso externa o nosso propósito de viver para Deus, dando a Ele a devida honra e glória na esperança da eternidade. Não basta orar, temos de orar reconhecendo a Deus como Pai, para obedecer-Lhe, para confiar nEle como Criador e Senhor de tudo e de todos, para reverenciá-Lo como o grande e eterno Benfeitor, para nos entregarmos aos seus cuidados, sem temor. O que podemos aprender com a oração do Pai nosso?

  • Uma relação de Pai pra filho: Pai é a palavra para indicar o relacionamento de Deus com os homens, aos quais deu o direito de filhos, mediante Jesus Cristo. O direito de filho de Deus, em seu amplo sentido espiritual, foi franqueado a todos os homens, por intermédio de Jesus Cristo, mediante a fé, a todos os que o aceitam como suficiente Salvador.
  • Os direitos dados ao filho pelo Pai: O direito de filho de Deus está assegurado aos que recebem a Cristo como Salvador. Para os que creram e aceitaram a Cristo têm um direito especial assegurado em Cristo. O Novo Nascimento produz uma nova vida com base numa nova natureza, a natureza de Cristo mediante a Palavra implantada no coração pelo Espírito Santo. Os filhos de Deus pela fé em Cristo são novas criaturas para Deus que revela uma nova maneira de viver e agradar a Deus.
  • A convicção e a segurança de ser filho de Deus: “se alguém está em Cristo, nova Criatura é.” O verdadeiro filho tem plena certeza da sua redenção e filiação em Cristo que o possibilita a viver uma nova vida de entrega e submissão total a Deus. A nossa identificação com Cristo resulta na convicção de sermos filhos de Deus e participantes de sua natureza divina e herdeiros do Reino de Deus.
  • Intimidade e confiança de ser filho de Deus: Pai nosso, deve ser para nós a expressão da nossa confiança na disposição de Deus para conosco. Se o homem assumir a posição de filho de Deus, mediante a fé em Cristo, e a aceitação da sã doutrina, pode aproximar-se do trono de graça com confiança. O amor de Deus é a lei que regula a intimidade por Ele estabelecida para com os que o conhecem como Pai.

Se você ora e diz: "Pai nosso", não o faça de forma mecânica. Se você chama Deus de Pai, por conseguinte, obedeça-o e confie nEle. Que a sua oração seja não somente a expressão de sua fé, mas igualmente da sua comunhão com Deus, o Pai.

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.

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