segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A liberdade em Cristo e a vida no Espírito – Gálatas 5.1,16-25


A grande maioria das pessoas são escravas e nem se dão conta disso. Muitos pensam que por terem a liberdade de ir e vir, fazer suas escolhas cotidianas, são livres e podem fazer o que quiserem. Contudo, o que elas não percebem é que são escravas de suas próprias vontades e desejos. A ideia de liberdade que nos é apresentada pela Bíblia é a de poder fazer escolhas que glorifiquem a Deus. Só há duas formas de viver neste mundo, ou você está servindo a Deus e andando em obediência a sua Palavra, ou você faz as suas vontades e continua escravo do pecado (Jo 8.34; Rm 6.16; 2Pe 2.19). O pecado é um conceito mal compreendido em nosso mundo atual, pois tudo foi praticamente colocado na categoria de doenças, traumas e síndromes. Para tudo há uma resposta que olha apenas para o âmbito social e psicológico e não leva em consideração a questão espiritual. É preciso ter uma compreensão mais ampla e um olhar espiritual para compreender a escravidão do pecado e suas consequências em nossa vida. Precisamos de uma solução para o problema do pecado, e isso Deus já nos forneceu graciosamente através do sacrifício de Jesus (Jo 3.16; Rm 6.16; Jo 8.32,36). Na Bíblia Deus trata da causa dos problemas humanos e não apenas de seus sintomas. Deus fornece esperança real para uma mudança de vida para todos que estão presos no pecado. Não alcançamos nossa liberdade por nós mesmos. Não somos libertos por causa de nossa obediência à lei. Nossa liberdade foi uma obra de resgate realizada por Cristo (Gl 3.10-13). Foi ele quem nos arrancou do império das trevas. Foi ele quem quebrou nossos grilhões e despedaçou nossas cadeias. Em Cristo somos livres, verdadeiramente livres; mas, não para pecar, mas para cumprir a vontade de Deus. No entanto, precisamos vigiar para não nos sujeitarmos de novo a escravidão da qual Cristo veio para nos tirar.  Há pessoas que querem regular a liberdade apenas por regras exteriores (não faça isso, não faça aquilo), caindo assim, na armadilha do legalismo e privando as pessoas da verdadeira liberdade em Cristo. Porém, há aqueles que, em nome da liberdade, sacodem de si todo o jugo da lei e querem viver sem nenhum preceito ou limite, confundindo a liberdade em Cristo com a libertinagem da carne (Gl 5.13). A liberdade cristã não é uma licença para pecar, mas o poder para viver em novidade de vida (Rm 6.1-14). A verdadeira liberdade cristã se expressa no domínio, no serviço de amor ao próximo e na obediência à lei de Deus. Porém, isso só é possível quando se está vivendo uma vida controlada pelo Espírito Santo. Quando você crê em Jesus, o Espírito passa a habitar dentro de você, e é o Espírito que te capacita a viver para Cristo e a glorificá-lo. Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado. Precisamos sujeitar nossa vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à nossa própria vontade. É o Espírito que nos põe em liberdade. Sujeitar-se as suas próprias vontades e dar vazão para as obras da carne (o que eu faço) em contraste com uma vida de submissão a Deus que gera o Fruto do Espírito (algo que é gerado e não produzido). O fruto do Espírito tem origem sobrenatural. Em Cristo nós encontramos a justificação (Rm 8.1), e no Espírito a santificação. O poder para a vida cristã é inteiramente no Espírito Santo, assim como o poder para ser salvo é inteiramente em Jesus Cristo. As obras da carne refletem os desejos pecaminosos de nosso coração, enquanto o Fruto do Espírito reflete o caráter de Jesus em nós. Somente os que entregaram sua vida a Cristo mediante a fé na sua obra na cruz é que podem viver uma vida de submissão ao Espírito, pois estes crucificaram a carne e seus desejos. E por ter uma nova vida em Jesus, também devem ter uma nova forma de viver (Rm 6.4). Os que tem sua vida em Jesus são guiados pelo Espírito (passivo) e andam pelo Espírito (ativo). É o Espírito quem guia, mas quem anda somos nós (Fp 2.12-13). Mas esse andar é mediante a fé em Cristo e no poder do Espírito que nos capacita a viver para a glória de Deus (Rm 8.5-11).

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