quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

O que está acontecendo com o mundo?

O que está acontecendo com o mundo? Será esse o tempo do fim? Estamos vivendo a era do Apocalipse descrito na Bíblia?

Estas são perguntas que permeiam a mente de muitas pessoas diante de tudo que temos vivenciado. De repente, tudo mudou, a vida já não é mais a mesma. Desde que foi decretado a Pandemia, tivemos que nos adaptar: isolamento, máscaras, morte e mais mortes, desempregos, negócios fechados, famílias destruídas...Meu Deus, onde isso vai parar? Parece que as coisas estão fora de controle. Quando parece que ia melhorar, vem uma nova mutação. E, agora, o rumor de uma guerra que traz insegurança e medo em relação ao futuro. O que fazer, em quem acreditar, onde se apoiar? Afinal, há esperança?

A história está seguindo o curso determinado. Por mais terrível que pareça a situação, isso já estava previsto. Aquele que se assenta no Trono e governa todo o universo, continua soberano e reinando conduzindo a história para o fim que está proposto. Desde a queda, com a entrada do pecado no mundo, iniciou-se um processo de degradação da humanidade, que em vez de voltar-se para o seu Criador, preferiu continuar no seu caminho de rebeldia, criando para si mesmo os seus próprios deuses, reflexos de sua própria imagem, agora distorcida pelo pecado. Criados para refletir a glória do seu Criador, só refletem as trevas que há dentro de si.

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. (Romanos 1:21-23)

No entanto, existe uma saída, há esperança. Não mais neste mundo, mas no mundo que Deus tem preparado para aqueles que O reconhecem como seu Criador: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." (1 Coríntios 2:9). Para estes, por mais dor e sofrimento que possam passar e suportar, carregam a esperança do Dia em que: Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:4)

Desde a queda, veio o juízo – E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:17-19). Mas, antes uma Palavra de esperança: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3:15)

Toda a história gira em torno do Plano estabelecido por Deus na eternidade: O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;” (1 Pedro 1:20). No tempo certo, Deus manifestou e tornou conhecido a todos o mistério (aquilo que estava oculto): Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gálatas 4:4,5).

Para os que confiam na Palavra de Deus e a tem como fonte de autoridade, a expectativa é de aguardar a restauração e o cumprimento dos propósitos divinos:

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.” (Romanos 8:18-25 )

A história não caminha sem rumo e nem está à deriva. Ela caminha para uma consumação, em que a vitória será de Cristo e da sua Igreja. O enviado prometido, o Messias, o Salvador, está assentado no Trono, reina absoluto e supremo sobre todo o universo, e chegará o dia em que voltará majestosamente para julgar as nações (Leia Apocalipse 5). Quando o Grande Dia chegar será colocado um ponto final na História. Devemos sim, estar atentos aos sinais, conforme, o próprio Cristo nos alertou: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.(Mateus 25:13) e também: E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.” (Mateus 24:4-8)

Se você está com seu coração temeroso e ansioso pelos acontecimentos que está vendo, Deus tem um convite e um chamado para você: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho. (Marcos 1:15). A mensagem não mudou, ela continua sendo a mesma: Arrependimento e Fé. A palavra de Deus diz: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. [...] Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10:9-11,13).

Não espere, faça isso agora mesmo e receba a salvação que vem do Senhor. Não se apoie na sua sabedoria, não confie na sua força, não se vanglorie de seus méritos. Entenda que pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Efésios 2:8,9).

“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.” (Apocalipse 21:5-7)

Pr. Fernando Maciel

 

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Convicção e intercessão pelos irmãos a luz do evangelho (Fp 1.6-11)

O apóstolo Paulo tinha um carinho especial pela Igreja de Filipos, pois desde o início se dispuseram a colaborar com ele em seu ministério. Eis, inclusive uma das razões pela qual escreveu essa carta, agradecê-los pela cooperação ao seu ministério (Fp 1.3-4; 4.10,15-16). Depois de saudar alegremente aos filipenses, Paulo continua mostrando o seu zelo pela vida daqueles irmãos. Sua expressão de gratidão é intensa e contínua. Paulo expressa uma certeza de que esta obra que foi iniciada por Deus será terminada por ele – o evangelho que alcançou a vida dessas pessoas teria o seu fim completado tanto na prática do amor quanto na redenção e salvação de suas almas (v.6). A prova concreta desta certeza de Paulo está no fato deles se tornarem participantes do seu ministério na pregação do Evangelho, apesar das dificuldades e perseguições sofridas. Eles comungavam dos seus sofrimentos em cadeias por causa de Cristo apontando para um alvo comum: a promoção da glória de Deus por meio da pregação eficaz do Evangelho (v.7). Embora ele estivesse impedido de visitar a igreja, não estava impedido de orar por ela. Desta forma, o apóstolo intercede pela igreja e nos revela alguns princípios de alguém que ama a igreja de Jesus.

1.     A convicção da obra que Deus estava realizando na vida da igreja (v.6-7):  um dos elementos que contribuem para nossa alegria no Senhor é a nossa comunhão manifestada na cooperação no Reino de Deus (v.5). No sentido mais amplo, Paulo se alegrava que os filipenses eram salvos e, assim, parceiros com ele na propagação do evangelho (v.7). Suas participações foram através de generoso apoio financeiro para com o ministério do apóstolo (Fp 4.10,15-16). A segurança de Paulo em relação aos crentes de Filipos deve-se ao fato de que eles são fruto da obra de Deus. Paulo reconhece que o trabalhar na vida da igreja é de Deus, e o que Deus começa ele termina; não há possibilidade de falha ou cumprimento parcial na obra iniciada por Deus (v.6). Como comunidade unida na pregação todos participam da graça, da obra, da defesa e confirmação do evangelho, dos sofrimentos por amor a Cristo. Amor este que transborda na vida daquele que crê e que se manifesta na vida da igreja.

  1. 2. Um coração transbordante de amor pela igreja de Jesus (v.8): o apóstolo expressa um profundo sentimento de alegria e amor pela igreja de Filipos. Por causa de tudo o que ele viveu e de todo apoio que recebeu, ele não poderia ter pensado neles de outra maneira. Todos os crentes de Filipos, sem exceção, foram os objetos do grande afeto de Paulo, um afeto tão profundo e penetrante como o refletir do amor do próprio Jesus Cristo. O amor que Paulo sente pelos filipenses não é outro senão o mesmo amor de Cristo. O verdadeiro sinal de que somos discípulos do Senhor é o amor que devemos ter uns pelos outros (Jo 13.34-35).
  2. 3. Um coração que ora pelo crescimento espiritual da igreja para revelar a graça, a misericórdia e a glória de Deus (v.9-11): Paulo possuía uma grande paixão pelo desenvolvimento espiritual dos crentes sob o seu cuidado, e essa paixão não foi apenas manifestada na sua pregação, ensino ou cartas, mas vigorosamente em sua vida de oração (Ef 1.16-18); nesta mesma carta ele ainda acrescenta mais um motivo para orar pela igreja de Éfeso (Ef 3.14-19). Aos escrever aos Colossenses ele também fala sobre o motivo de sua oração por eles (Cl 1.9-12) e aos Tessalonicenses ele também afirma suas razões de orar por eles (1Ts 1.2-4). Em cada uma de suas orações, percebemos que ele não ora por suas necessidades físicas ou até mesmo pelo crescimento (numérico) da igreja. Não que isso não fosse importante, mas para Paulo as questões essenciais eram espirituais. Não há melhor indicador que nos revele o nível de maturidade espiritual de um cristão do que o seu crescimento espiritual e uma intensa vida de oração. Ele sempre orava intensamente pelo trabalho contínuo e poderoso do Espirito de Deus no coração e na vida daqueles a quem ele pregou o Evangelho. O apóstolo ora por 5 elementos que viriam a demonstrar o crescimento e o relacionamento da igreja de Cristo.

a. Crescer em amor: O verdadeiro crescimento da igreja não está na quantidade de pessoas que ocupam os bancos da igreja, mas quantas dessas pessoas realmente amam a Deus e ao próximo.

b. Crescer na excelência: O crescimento no amor mediante a aplicação correta da Palavra de Deus em nossas vidas nos leva a ter o discernimento necessário para que possamos viver uma vida de excelência para Senhor. Excelência esta que nos leva a compreender a boa perfeita e agradável vontade de Deus e submeter-se a ela.

c. Crescer em integridade: O crescimento no amor mediante o conhecimento e a revelação da Palavra nos leva a examinar nossas vidas na busca pela excelência em servir e viver uma vida que agrade a Deus até que Cristo volte.

d.  Crescer na prática das boas obras: O amor divino produz excelência espiritual, que produz a integridade, que produz boas obras. A ideia de ser cheio do fruto de justiça refere-se a algo que aconteceu no passado e continua gerando resultados. Com a nova vida que Deus nos deu através de Jesus nossas obras agora podem e devem refletir o caráter de um Deus santo e justo. O fruto de justiça vem por meio de Jesus. Dele vêm a força e o poder, o que existe de bom em nós é obra de Jesus.

e.     O resultado é a glória de Deus: Após orar pelo crescimento no amor de maneira que os filipenses pudessem ter a percepção da realidade de Cristo em suas vidas, em busca de uma vida de excelência, mediante um agir reto e justo na prática das boas obras feitas em Cristo, o resultado final será Deus sendo glorificado na vida de seu povo. Paulo estabelece a meta da vida cristã: viver uma vida que redunde em glória e louvor a Deus.

Conclusão

Como líderes somos privilegiados por Deus ter nos concedido um chamado de conduzir o seu povo ao propósito por Ele estabelecido. Sabemos que essa obra é árdua e a tarefa exige muito. Mas também, sabemos que a obra não é nossa, é do Senhor. Ele é quem está conduzindo seu povo, e a nós, nos tem dado a responsabilidade de fazê-los não apenas chegar, mas entrar na Terra Prometida. Mas, até lá vamos interceder para que a sua Palavra seja propagada e o seu Reino estabelecido no coração de cada pessoa salva por Ele. Precisamos orar pela vida de todos os que Deus tem colocado sobre nossa responsabilidade para que eles cresçam no amor, na excelência, na integridade e na prática das boas obras. Pois desta forma, Deus será exaltado e glorificado e nós, assim como Paulo, nos alegraremos com os frutos que virão mediante o agir do Senhor na vida do seu povo.

Uma vida de oração - 1 Tessalonicenses 5.17

É fato que a oração é essencial para a vida cristã. Ela revela um coração desejoso e temente a Deus e que sabe que sua vida é fruto da graça e misericórdia do Senhor. No entanto, também é fato que são poucos os que realmente têm uma vida de oração constante, e que se dedicam a esse ministério na igreja. Haja vista o pouco número de pessoas que participam do culto de oração. Uma das marcas da vida de Jesus, era sua vida de oração. Os Evangelhos nos mostram que Jesus tinha uma intensa vida de oração (Mc 1.35 – de madrugada; Lc 4.42 – ia para o deserto). Por conta disso, seus discípulos lhe pediram que os ensinasse a orar (Lc 11.1). Jesus ensinou a orar com palavras e com o seu próprio exemplo. Pelos relatos bíblicos podemos ver que há diversas formas de desenvolver e ter uma vida de oração, tais como: a oração particular (Mt 6.6 – entra no teu quarto); a oração da madrugada, talvez a mais difícil de se praticar, visto que o conforto da cama nos “chama” a continuar ali (Lc 4.42 – levantou-se alta madrugada); passar a noite em oração, o que poderíamos chamar de vigília (Lc 6.12 – passou a noite em oração). Temos dificuldade de passar algumas horas em oração, quem dirá uma noite inteira; orações emergenciais, o tipo de oração que se faz diante de uma situação inesperada e que exige uma ação rápida de nossa parte (Ne 2.4 – Neemias diante do rei); orando em momentos de tentação (Mt 26.41 – os discípulos no Getsêmani), em momentos angustiosos e de fraqueza, precisamos recorrer àquele que pode nos livrar; orações de gratidão, é muito mais comum pedirmos do que agradecermos, porém, precisamos ser gratos pelas respostas que o Senhor nos dá e também pelas que Ele não dá (2Co 12.8-10); na oração também intercedemos, ou seja, nos colocamos diante de Deus como sacerdotes e pedimos em favor de outras pessoas. A Bíblia nos diz que temos um intercessor diante de Deus que dia e noite olha pelas nossas vidas (Hb 4.14-16 – Jesus, o Sumo Sacerdote).

Orar é essencial na vida cristã, pois nos leva a desenvolver nossa intimidade com o Senhor e nossa dependência dEle. A confiar na sua providência e no seu agir em favor daqueles que o buscam e temem o seu Nome. Que possamos desenvolver nossa vida de oração particular, mas também conjunta. Quando a igreja ora, o Senhor move céus e terra, faz tremer o chão e traz libertação e salvação, fortalecendo nossa fé em Deus e na sua Palavra.

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.