A torre de Babel foi uma
grande torre construída na região da Babilônia por volta do ano 2420 a.C,
aproximadamente 130 anos após o dilúvio. A cidade de Babel foi a primeira
cidade descrita na Bíblia após o dilúvio. A palavra babel, derivada da
origem babel, quer dizer “portão de Deus”. Uma outra curiosidade a respeito da
palavra babel é que, na raiz da derivação desta palavra, está balal, que quer
dizer “confusão, misturar”. Ninrode foi o primeiro homem poderoso na
terra (Gênesis 10:8), era bisneto de Noé. Ele, durante seu reinado,
fundou várias cidades, entre elas, Babel. O mais provável é que, Babel, tenha
sido a primeira base de governo de Ninrode, onde iniciou seu reinado. E,
curiosamente, ele foi o primeiro líder político-religioso descrito na Bíblia,
após o dilúvio.Dubai vista do Alto
Essa Torre revelou três
pontos importantes sobre a humanidade após a queda:
- Orgulho: “Assim nosso nome
será famoso e não seremos espalhados pela face da terra” (Gênesis 11:4).
Pensamento egoísta, apenas na glória própria;
- Rebeldia: “…e não seremos
espalhados pela face da terra” (Gênesis 11:4). O que o Senhor disse foi
exatamente o oposto (Gênesis 1:28; Gênesis 9:1);
- Idolatria: A torre de Babel,
marcou o início da idolatria. Um detalhe interessante é que a astrologia
teve início na Babilônia (cidade de Babel). Alguns templos ainda existem
em Ur e Ereque, na região de Sinear. São de tijolos queimados, como os que
foram usados na construção da torre de Babel (Gênesis 11:3). Portanto,
idolatria também esteve presente desde os primórdios da civilização.
A história de Babel é um
exemplo de que até mesmo um bom projeto – como o de erguer uma cidade – pode se
tornar pecaminoso se for feito por motivações erradas. Era necessário desfazer
a construção egoísta e idólatra que foi erguida no coração. “Babel representa
um monumento ao desejo humano perene de construir o nosso próprio reino à parte de Deus”. A torre de Babel é um reflexo
do orgulho construído pelo pecado humano. Um monumento que revelou o desejo por
reconhecimento e glória para si, longe de Deus e dos seus bons conselhos.
A Babel dos
dias modernos
Construído na cidade de
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Burj Khalifa tem impressionantes 828 metros de altura, superando em
320 metros o campeão anterior que fica em Taiwan. Tudo que se diz sobre essa
estrutura gigantesca fica no superlativo. Além disso, é impossível pensar numa
obra como esta sem correr o risco de se exaltar a capacidade do homem, que cada
dia parece desconhecer limites para a sua ousadia. A torre de Dubai
parece ser um tipo de reedição do espetáculo de Babel. Embora sejam sugeridos
motivos plausíveis para a sua construção, como a busca para se atrair
investimentos financeiros para a região e fomento do turismo, a torre de Dubai
expõe a síndrome da altivez e da arrogância humana que motivou a construção da
torre de Babel. O mesmo orgulho que inspirou os construtores de Babel parece
ter infectado os construtores da torre de Dubai. O mesmo desejo prepotente de
tornar célebres os seus nomes, tornar-se imortais, inesquecíveis, insuperáveis.
A estratégia arrogante é a mesma; as justificativas se irmanam; é o complexo de
superioridade humana gerando desafios às leis naturais, tendo não apenas o Céu
como limite, mas Deus como concorrente. Babel foi apenas o começo das
grandes obras erguidas para glorificar a capacidade humana. E a torre de Dubai
é mais uma representação desse anseio arrogante. De acordo com os
especialistas, o limite atual estabelecido para este tipo de construção é de 1,
2 quilômetro; mas a arrogância humana pode estender essa fronteira muito
rapidamente. Porque o seu alvo continua a ser o mesmo de Babel: “Edifiquemos uma torre que
chegue até aos céus” (Gn 11. 4).
Até onde
vai a ambição humana?
Parece que o pessoal lá
de Dubai realmente não cansa de “brincar” de Torre de Babel. A mais recente empreitada da cidade, que é conhecida pela
sua megalomania e pelo calor insuportável, ao menos para os ocidentais, é o
desenvolvimento de mais um projeto que alia ambição, poder, exibicionismo e
muitos dirhams, um prédio de mais de 830 metros que deverá ficar
pronto até 2020. O reinado
do “Burj” tende a cair por terra, pois a empresa Emmar Properties já
projetou um prédio maior, que ainda não possui um nome para chamar de seu,
desenhado pelo famoso arquiteto neo-futurista espanhol Santiago Calatrava
(profissional que idealizou o Museu do Amanhã, no Rio). A obra tem tudo para se
tornar a maior sensação turística dos Emirados Árabes, com formas e desenho bem
marcantes e traços inspirados em lírios e que lembram um minarete (torre de
Mesquita), conferindo a autenticidade da cultura Islâmica.
O projeto
arquitetônico foi uma escolha pessoal do vice-presidente e primeiro-ministro do
Emirados, o Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, em um concurso
internacional, e tem como um dos objetivos ser um dos símbolos da Expo 2020,
evento consagrado e que voltará as atrações de todo o mundo para Dubai daqui 4
anos. Dubai realmente se
mostra forte e determinada quando o assunto é arquitetura arrojada e
investimentos a fim de atrair cada vez mais turistas, porém é curioso que o
novo “maior prédio do mundo” dos Emirados já nasça “ameaçado”, sendo que a
Arábia Saudita anunciou para os próximos anos um arranha-céu com mais de 1000
metros de altura, a ser construído na cidade de Jeddah.
A história se repete
A
história tem o hábito de repetir a si mesma. Não importa o quão avançado se
torne o homem moderno, o mundo ainda parece cometer os mesmos erros do passado
e deixar-se enganar pelas mesmas mentiras.
Quando
o ser humano se coloca como "criador", ele faz com que qualquer
coisa, moral ou imoral, se torne permissível.
A
humanidade não aprendeu com os seus erros ao longo dos anos. O homem moderno
continua tentando recriar a si mesmo e o mundo à sua volta, continua a dar
ouvidos às mentiras da serpente. Com isso, ele não se torna nem um pouco
diferente dos que pensavam, serem capazes de tomar o lugar de Deus, construindo
uma torre para atingir os céus. A Torre de Babel é um lembrete de que, muitas vezes, nós nos afastamos
do caminho que Deus quer que sigamos, e que precisamos estar atentos para não
nos deixarmos levar pelo orgulho e pela vontade de sermos únicos, em vez de
seguir a vontade de Deus.
Referências
Bibliográficas:
https://gospellivre.com.br/torre-de-babel-e-o-desvio-de-proposito/
https://padrepauloricardo.org/blog/a-torre-de-babel-e-o-desejo-de-tomar-o-lugar-de-deus
https://www.respostas.com.br/o-que-e-torre-de-babel/
https://creioeconfesso.blogspot.com/2010/02/torre-de-dubai-e-o-complexo-de-babel.html
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