terça-feira, 26 de dezembro de 2023

O Som da Liberdade – o grito de inocentes em meio ao silêncio de uma sociedade corrompida pelo pecado (Gênesis 6.5)

O filme "O Som da Liberdade", estrelado por Jim Caviezel, nos transporta para uma história que aborda o tráfico de crianças. A partir dessa narrativa cinematográfica, quero levá-los a refletir sobre a profunda mensagem presente no texto de Gênesis 6.5, que nos alerta para a maldade que permeia a sociedade.

O filme "O Som da Liberdade" nos apresenta a história de um homem que, em meio à depravação e corrupção de uma sociedade opressora, encontra forças para lutar pela liberdade e justiça. Essa narrativa nos lembra que a depravação humana é uma realidade presente em todas as épocas e culturas. A maldade, a ganância e a falta de valores éticos têm afetado a sociedade de maneira profunda, resultando em injustiças e violações dos direitos humanos.

Gênesis 6.5 nos fala sobre a depravação humana e a maldade que permeia o coração humano. O versículo 5 está inserido no relato do dilúvio, onde Deus decide destruir a humanidade por causa de sua maldade e corrupção. A maldade e a corrupção eram tão generalizadas que todos os pensamentos e intenções do coração humano eram continuamente maus. Isso demonstra a total perversidade e afastamento de Deus por parte da humanidade. É importante reconhecer que todos nós, como seres humanos, somos propensos ao pecado e à maldade.

“Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer".[...] Todos pecaram e estão separados da glória de Deus (Romanos 3.10-12, 23).

A maldade descrita em Gênesis 6.5 nos lembra da necessidade de redenção e salvação. Somos incapazes de nos livrar de nossa própria depravação e precisamos da intervenção divina para sermos restaurados e reconciliados com Deus. No contexto de Gênesis, Deus teve de intervir para que a humanidade não se perdesse completamente, providenciando por meio de um homem (Noé e sua família), a salvação e a destruição de todos os que não se arrependeram e não se voltaram para Ele. Embora a depravação humana seja uma realidade, a história do dilúvio também nos mostra a graça e a misericórdia de Deus. Ele preservou Noé e sua família, oferecendo uma nova chance para a humanidade.

É neste contexto que pretendo explorar a relação entre essa depravação, o tráfico de crianças e a esperança encontrada no Evangelho de Cristo. Neste artigo, iremos analisar esses temas, buscando compreender as raízes da depravação humana, a realidade do tráfico de crianças e como o Evangelho oferece esperança e transformação.

O versículo 5 de Gênesis 6 revela que "o Senhor viu que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração". Essa passagem bíblica nos mostra que a depravação humana é uma realidade presente desde os primórdios da humanidade, ela está enraizada no coração humano, conforme nos diz o profeta Jeremias: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? (Jr 17.9) A maldade, a corrupção e a falta de valores éticos e morais têm afetado a sociedade em todas as épocas e culturas.

Uma das manifestações mais cruéis da depravação humana é o tráfico de crianças. Milhares de crianças em todo o mundo são vítimas desse crime hediondo, sendo exploradas sexualmente, submetidas ao trabalho escravo, utilizadas em rituais religiosos ou até mesmo vendidas como mercadorias. Essas práticas desumanas revelam a total falta de empatia e respeito pela dignidade humana e a total depravação a que chega o ser humano no seu orgulho e vaidade.

Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se.” (Romanos 1.20-21)

Mas, apesar da depravação humana e da realidade do tráfico de crianças, o Evangelho de Cristo oferece esperança e transformação. Jesus Cristo veio ao mundo para trazer salvação e redenção a todos os seres humanos, incluindo aqueles que estão envolvidos nessas práticas abomináveis (por mais difícil que seja para nós crermos e aceitarmos isso). O Evangelho nos ensina sobre o amor de Deus, a importância da justiça e da compaixão, e nos chama a agir em prol daqueles que são oprimidos e explorados.

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que tudo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

O Evangelho não apenas oferece esperança individual, mas também promove a transformação social. Através do poder do Espírito Santo, os seguidores de Cristo são capacitados a combater a depravação humana e a lutar contra o tráfico de crianças. Isso envolve a conscientização, a denúncia dessas práticas, o apoio às vítimas e a busca por soluções efetivas. Além disso, o Evangelho nos chama a promover a justiça, a igualdade e a dignidade de todas as pessoas, especialmente das crianças.

"Os filhos de Deus não estão à venda" (Jim Caviezel, interpretando Tim Ballard no Filme: O som da Liberdade).

Assim como no relato bíblico do dilúvio, onde Deus prometeu um novo começo para a humanidade, o Evangelho nos oferece a esperança de um futuro melhor. Através de Cristo, somos convidados a abandonar a depravação e a viver uma vida de amor, justiça e compaixão. Essa transformação pessoal e social é um testemunho vivo da esperança encontrada no Evangelho. O único preço pelos filhos de Deus já foi pago, quando Jesus deu seu último suspiro na cruz e disse: “Está Consumado”, literalmente ele estava dizendo, está pago!

O texto de Gênesis 6.5 nos alerta para a depravação humana e a maldade que permeiam a sociedade. Nesse contexto, o tráfico de crianças se destaca como uma das formas mais cruéis de violação dos direitos humanos. No entanto, o Evangelho de Cristo oferece esperança e transformação, chamando-nos a agir em prol da justiça e da dignidade de todas as pessoas, especialmente das crianças. Que possamos ser agentes de mudança, levando a mensagem do Evangelho e trabalhando para erradicar o tráfico de crianças, construindo assim um mundo mais justo e humano.

Devemos reconhecer nossa própria natureza pecaminosa, buscar a transformação pessoal que só pode ser encontrada em Cristo e trabalhar pela transformação da sociedade. Ao mesmo tempo, encontramos esperança na graça de Deus, confiando em Sua redenção e vivendo de acordo com Seus princípios. Que possamos ser conscientes de nossa condição humana, buscar a graça de Deus e viver uma vida que reflita Seu amor e justiça.

Links úteis:
https://ecpat.org/
https://polarisproject.org/
https://globalmarch.org/
https://visaomundial.org.br/

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Confie na Promessa e Fidelidade de Deus - Números 13 e 14

 

Números 13 e 14 contam a história dos espias enviados para explorar a terra prometida por Deus ao povo de Israel. Doze espias foram enviados, mas apenas Josué e Calebe demonstraram confiança na promessa de Deus. O restante dos espias expressou medo e desânimo, o que levou o povo a murmurar e duvidar de Deus. Como consequência, Deus pronunciou seu julgamento sobre aquela geração, condenando-os a vagar pelo deserto por quarenta anos, até que morresse essa geração, exceto Josué e Calebe, que demonstraram fé e confiança em Deus.

Nossa caminhada com Deus nem sempre é fácil. Enfrentamos desafios, obstáculos e momentos de incerteza e insegurança. Mas em meio a tudo isso, podemos encontrar força e esperança na promessa e fidelidade de Deus. A história dos espias em Números 13 e 14 nos ensina valiosas lições sobre confiar nas promessas de Deus e permanecer fiéis, mesmo quando as circunstâncias parecem desanimadoras.

·  Confie nas promessas de Deus (Nm 13.30; 14.6-9): Deus fez promessas maravilhosas para nossas vidas. Ele promete nos guiar, nos proteger e nos abençoar. Assim como Josué e Calebe confiaram nas promessas de Deus, mesmo diante de obstáculos aparentemente impossíveis, também devemos confiar em suas promessas. Ele é fiel e cumprirá o que prometeu, mesmo que as circunstâncias pareçam desafiadoras.

·       Não se deixe dominar pelo medo (Nm 13.27-29,33): O medo pode nos paralisar e nos impedir de avançar na direção que Deus nos chamou. Devemos lembrar que Deus está conosco e é maior do que qualquer obstáculo que possamos enfrentar. Em vez de nos deixarmos dominar pelo medo, devemos confiar em Deus e avançar com coragem, sabendo que Ele está conosco.

·       Evite a murmuração e a incredulidade (Nm 13.31-32; 14.2-4): A murmuração e a incredulidade entristecem o coração de Deus. Em vez de nos queixarmos e duvidarmos de suas promessas, devemos escolher confiar em Deus e expressar gratidão por suas bênçãos e fidelidade. Acreditar em Deus e em suas promessas nos ajuda a manter uma atitude de gratidão e confiança, mesmo em meio às dificuldades.

·       Não provoqueis a ira de Deus, mas confie na sua fidelidade (Nm 13.1; 14.11-12, 20-23, 28-33): Mesmo diante da desobediência e incredulidade do povo de Israel, Deus permaneceu fiel às suas promessas. Ele cumpriu sua promessa de levar o povo à terra prometida, embora tenha levado mais tempo do que o esperado. Podemos confiar que Deus é fiel e cumprirá suas promessas em nossas vidas, mesmo que os tempos de espera sejam difíceis. Sua fidelidade é inabalável.

·       Confie na liderança e promessa de Deus (Nm 14.34-38): Josué e Calebe foram exemplos de liderança fiel e confiante em Deus. Eles encorajaram o povo a confiar nas promessas de Deus e a avançar com coragem. Como líderes em nossas esferas de influência, devemos ser exemplos de fé e confiança em Deus, encorajando os outros a confiar nas promessas de Deus e a seguir adiante com coragem.

Conclusão: Em meio às incertezas da vida, podemos encontrar segurança e esperança na promessa e fidelidade de Deus. Ele é digno de nossa confiança e merece nossa fidelidade. Que possamos lembrar das lições dos espias em Números 13 e 14, confiando nas promessas de Deus, evitando a murmuração e a incredulidade, e sendo fiéis encorajando os outros a confiar em Deus. Que nossa confiança esteja firmada naquele que é fiel e cumprirá todas as suas promessas.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A Restauração e Renovação de Deus para o seu povo - Jeremias 2.11-13 e 18.1-10

Quando olhamos para a realidade das pessoas que deliberadamente vivem no pecado, vemos vidas que foram desviadas de seu propósito original. O pecado traz consigo uma série de consequências devastadoras para a vida da pessoa, tanto físicas quanto emocionais e espirituais. No entanto, a Palavra de Deus nos traz esperança e a promessa de restauração e renovação. Nesta devocional, vamos refletir sobre as mensagens de Jeremias 2.11-13 e 18.1-10, que nos encoraja e inspira em nossa luta contra o pecado.

1.    Reconhecendo a fonte da verdadeira satisfação (Jeremias 2.11-13):

o   O texto nos mostra que o povo de Israel abandonou a Deus, a Fonte de águas vivas, e buscou cisternas rotas, que não podiam reter água.

o   Da mesma forma, aqueles que vivem no pecado buscam uma satisfação passageira, que nunca pode preencher o seu vazio interior, por isso que elas continuam sedentas.

o   A mensagem é que a verdadeira satisfação só pode ser encontrada em Deus. Ele é a Fonte de vida e restauração (Is 55.1-3; 58.11; Jo 7.37-38; Ap 22.1,17)

2.    O convite à restauração e renovação (Jeremias 18.1-10):

o   Neste trecho, Jeremias é enviado a uma casa de oleiro para receber uma mensagem de Deus.

o   O oleiro molda e refaz o vaso que estava danificado, assim como Deus deseja fazer conosco.

o   Para os que vivem no pecado, essa mensagem é de esperança. Deus está pronto para nos moldar novamente, nos restaurar e nos renovar, quando há verdadeiro arrependimento.

o   Ele não desiste de nós, mesmo quando nos encontramos em situações difíceis. Ele nos convida a voltar para Ele e permitir que Ele nos transforme.

Aplicação:

1.    Reconheça a necessidade de buscar a verdadeira satisfação em Deus. O pecado nunca, jamais irá preencher o vazio interior que só Deus pode preencher.

2.    Aceite o convite de Deus para a restauração e renovação. Ele está pronto para moldar e transformar sua vida, trazendo cura e libertação.

3.    Busque ajuda e apoio. A jornada da restauração não precisa ser enfrentada sozinha. Procure a igreja e pessoas de confiança que possam caminhar ao seu lado.

4.    Mantenha-se firme na fé. A luta contra o pecado é uma batalha diária, mas com Deus ao seu lado, você pode encontrar força e esperança para superar os desafios.

5.    Não rejeite as oportunidades que Deus te dá: enquanto se é barro, pode-se ser moldado. Mas depois que o vaso seca, nada resta a não ser, ser jogado fora. Volte-se para Deus enquanto ainda é tempo, e há oportunidade de salvação, pois chegará o dia em que Deus irá deixar de ser o Salvador, para ser o Juiz que trará a sentença (Is 55.6).

Conclusão: O pecado não é o fim da história. Em Deus, há esperança de restauração e renovação. Ele nos convida a buscar a verdadeira satisfação Nele e a permitir que Ele nos molde novamente (Mt 11.28-30). Lembre-se de que Deus está lhe dando oportunidade para se arrepender (2Pe 3.8-9). Deus pronto para trazer cura e libertação. Confie Nele e busque-O de todo o seu coração (Jr 29.13) 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A liberdade em Cristo e a vida no Espírito – Gálatas 5.1,16-25


A grande maioria das pessoas são escravas e nem se dão conta disso. Muitos pensam que por terem a liberdade de ir e vir, fazer suas escolhas cotidianas, são livres e podem fazer o que quiserem. Contudo, o que elas não percebem é que são escravas de suas próprias vontades e desejos. A ideia de liberdade que nos é apresentada pela Bíblia é a de poder fazer escolhas que glorifiquem a Deus. Só há duas formas de viver neste mundo, ou você está servindo a Deus e andando em obediência a sua Palavra, ou você faz as suas vontades e continua escravo do pecado (Jo 8.34; Rm 6.16; 2Pe 2.19). O pecado é um conceito mal compreendido em nosso mundo atual, pois tudo foi praticamente colocado na categoria de doenças, traumas e síndromes. Para tudo há uma resposta que olha apenas para o âmbito social e psicológico e não leva em consideração a questão espiritual. É preciso ter uma compreensão mais ampla e um olhar espiritual para compreender a escravidão do pecado e suas consequências em nossa vida. Precisamos de uma solução para o problema do pecado, e isso Deus já nos forneceu graciosamente através do sacrifício de Jesus (Jo 3.16; Rm 6.16; Jo 8.32,36). Na Bíblia Deus trata da causa dos problemas humanos e não apenas de seus sintomas. Deus fornece esperança real para uma mudança de vida para todos que estão presos no pecado. Não alcançamos nossa liberdade por nós mesmos. Não somos libertos por causa de nossa obediência à lei. Nossa liberdade foi uma obra de resgate realizada por Cristo (Gl 3.10-13). Foi ele quem nos arrancou do império das trevas. Foi ele quem quebrou nossos grilhões e despedaçou nossas cadeias. Em Cristo somos livres, verdadeiramente livres; mas, não para pecar, mas para cumprir a vontade de Deus. No entanto, precisamos vigiar para não nos sujeitarmos de novo a escravidão da qual Cristo veio para nos tirar.  Há pessoas que querem regular a liberdade apenas por regras exteriores (não faça isso, não faça aquilo), caindo assim, na armadilha do legalismo e privando as pessoas da verdadeira liberdade em Cristo. Porém, há aqueles que, em nome da liberdade, sacodem de si todo o jugo da lei e querem viver sem nenhum preceito ou limite, confundindo a liberdade em Cristo com a libertinagem da carne (Gl 5.13). A liberdade cristã não é uma licença para pecar, mas o poder para viver em novidade de vida (Rm 6.1-14). A verdadeira liberdade cristã se expressa no domínio, no serviço de amor ao próximo e na obediência à lei de Deus. Porém, isso só é possível quando se está vivendo uma vida controlada pelo Espírito Santo. Quando você crê em Jesus, o Espírito passa a habitar dentro de você, e é o Espírito que te capacita a viver para Cristo e a glorificá-lo. Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado. Precisamos sujeitar nossa vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à nossa própria vontade. É o Espírito que nos põe em liberdade. Sujeitar-se as suas próprias vontades e dar vazão para as obras da carne (o que eu faço) em contraste com uma vida de submissão a Deus que gera o Fruto do Espírito (algo que é gerado e não produzido). O fruto do Espírito tem origem sobrenatural. Em Cristo nós encontramos a justificação (Rm 8.1), e no Espírito a santificação. O poder para a vida cristã é inteiramente no Espírito Santo, assim como o poder para ser salvo é inteiramente em Jesus Cristo. As obras da carne refletem os desejos pecaminosos de nosso coração, enquanto o Fruto do Espírito reflete o caráter de Jesus em nós. Somente os que entregaram sua vida a Cristo mediante a fé na sua obra na cruz é que podem viver uma vida de submissão ao Espírito, pois estes crucificaram a carne e seus desejos. E por ter uma nova vida em Jesus, também devem ter uma nova forma de viver (Rm 6.4). Os que tem sua vida em Jesus são guiados pelo Espírito (passivo) e andam pelo Espírito (ativo). É o Espírito quem guia, mas quem anda somos nós (Fp 2.12-13). Mas esse andar é mediante a fé em Cristo e no poder do Espírito que nos capacita a viver para a glória de Deus (Rm 8.5-11).