quinta-feira, 29 de março de 2018

O Espírito Santo – seu poder e obra.

Resultado de imagem para espírito santo poder e obra
Existem muitos conceitos errados sobre a identidade do Espírito Santo. Alguns veem o Espírito Santo como uma força mística, um poder sobrenatural. Outros entendem o Espírito Santo como sendo um poder impessoal que Deus disponibiliza aos seguidores de Cristo. Mas, o que diz a Bíblia a respeito da identidade do Espírito Santo? No domingo passado aprendemos sobre a terceira pessoa da Tri-Unidade de Deus, o Espirito Santo. Vimos algumas características de sua natureza que mostram que Ele é Deus em co-igualdade (da mesma essência) com o Pai e com o Filho, embora seu papel seja distinto dos mesmos.  Colocando de forma simples – a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. A Bíblia também nos diz que o Espírito Santo é uma Pessoa, um Ser com mente, emoções e vontade. Ele possui as mesmas características do Pai e do Filho: eterno (Hb 9.14), onipresente (Sl 139.7-8), onisciente (1Co 2.10) e criador (Gn 1.2). A sua personalidade fica evidente na forma como Ele se relaciona com as pessoas: ama (Rm 15.30), se entristece (Ef 4.30) e tem ciúmes – sentimento de zelo (Tg 4.5).
Assim, sabemos que o Espírito Santo é Deus porque Ele possui os mesmos atributos do Pai. Dentro da Tri-Unidade, o Espírito Santo exerce algumas atividades que lhe são específicas:
1.    O ministério do Espírito na vida de Jesus (At 10.38): o Espírito Santo estava presente na vida de Jesus capacitando-o a realizar a obra de Deus, enquanto ele esteve na terra como homem.
a.    Ele estava presente e ativo no nascimento virginal de Jesus (Lc 1.35): a concepção de Jesus foi obra sobrenatural da parte de Deus que por meio do Espírito Santo proporcionou a Maria engravidar sem ter relações sexuais com seu esposo;
b.    Ele estava presente no batismo de Jesus (Mt 3.16): o Espírito manifestou-se em forma corpórea confirmando o ministério de Jesus;
c.    Ele conduziu Jesus ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1): Jesus foi ao deserto para estar sozinho, para meditar a respeito de Sua missão e de sua obra neste mundo, Ele não convidou a tentação, mas o diabo aproveitou-se da oportunidade para levar Jesus a não confiar no cuidado, proteção e provisão de Deus. Muito mais do que provar a humanidade de Jesus, a tentação nos serviu de exemplo de que podemos resistir as artimanhas  de satanás, assim como Jesus fez (firmado na Palavra de Deus);
2.    O Espírito Santo está envolvido no plano eterno de redenção (1Pe 1.2): Para você progredir na graça, obter vitória sobre Satanás e o pecado, dar testemunho eficaz de Cristo e usufruir a salvação final, é necessário o poder de Deus operando na sua vida. Esse poder é a atividade, manifestação e força do Espírito Santo operando na sua vida. É o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Cristo dentre os mortos e que agora está disponível para nos ajudar a caminhar rumo a nossa redenção em Cristo.
a.    Em relação ao passado (processo de conversão):
- Ele ilumina a sua mente para compreender a Palavra de Deus (1Co 2.14 – 1Co 1.18): A pessoa não regenerada, por causa da sua condição espiritual não pode compreender, nem aceitar ou receber a verdade à parte da graça de Deus, é necessário que o Espírito Santo a convença do seu pecado, da justiça e do juízo de Deus (Jo 16.7-8);
- Ele regenera o perdido, levando-o a nascer de novo (Jo 3.5-6): Aqueles que respondem com fé e arrependimento, reconhecendo a Jesus como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pela ação do Espírito em seu coração. O Espírito Santo na pessoa dá-lhe poder e capacidade de voltar-se para Deus (Jo 6.44; 7.38);
 - Passa a habitar no coração do salvo, permanecendo nele e selando-o até o dia da redenção final (Ef 1.13-14): O Espírito Santo no crente é a marca ou sinal de propriedade de Deus. Ele é concedido aos crentes como parcela inicial, por conta do que vamos receber no futuro. Sua presença e obra em nossas vidas é uma "entrada" por conta da herança que nos foi concedida por Cristo Jesus;
 - Ele nos batiza (insere como membros) no Corpo Espiritual de Cristo (1Co 12.13): por meio do Espírito você passa a fazer parte da família de Deus, sendo integrado ao Corpo Espiritual de Jesus e capacitado para viver em comunhão com outros irmãos e irmãs em Cristo;
 - Ele no lava (nos torna limpos diante de Deus), nos santifica (nos separa para Deus) e justifica (somos declarados inocentes) em nome do Senhor Jesus (1Co 6.11).
b. Em relação ao presente (sua ação contínua na vida do crente):
 - Ele nos ensina a guardar e lembrar-se da Palavra de Deus (Jo 14.26; Rm 8.14): o Espírito santo ilumina a nossa mente não apenas para entender a mensagem da salvação, mas também para colocar em prática os ensinos de Jesus;
 - Ele nos faz produzir o Seu fruto (Gl 5.22-23): o Espírito nos capacita a desenvolver o caráter de Jesus de amor para com Deus e o próximo, de alegria em meio às lutas, de paz na hora da dificuldade, de longanimidade em meio à espera, de benignidade (gentil) para com o próximo, de bondade (praticar a gentileza) para com o próximo, fidelidade na Palavra (obediência), mansidão para suportar as aflições sem murmurar e domínio próprio para controlar seus desejos e vontades e aplicar o fruto do Espírito na sua vida.
 - Ele distribui os dons entre os salvos (1Co 12.7,11): embora, a Bíblia nos exorte a buscarmos os dons espirituais, você precisa entender que é o Espírito Santo quem concede os dons com uma finalidade: a edificação do corpo de Cristo. O dom é concedido a você em benefício do outro.
Duas exortações importantes:
·         Não apagueis o Espírito (1Ts 5.19): Ele deixa de atuar em nossa vida quando rejeitamos a Sua  direção. Apagar o Espírito é o ato de resistir a sua vontade, não submeter-se em obediência a Palavra de Deus.
·         Enchei-vos do Espírito (Ef 5.18): a ideia que se traz é deixar-se encher (ser guiado constantemente) pelo Espírito*. Ser cheio não é uma questão de se obter mais do Espírito; antes, a questão está em o Espírito conseguir mais de nós. Uma pessoa cheia do Espírito é aquela que, na sua vida diária, experimenta os propósitos e planos de Deus realizados pelo poder do Espírito que nela habita.
* Em Português não há o correspondente à voz média. Há a voz ativa (cometo a ação) e a passiva (sofro a ação). Na voz média, “participo ativamente de uma ação  que outra pessoa inicia”. Em Português não há o correspondente à voz média.
b.    Em relação ao futuro (Rm 8.11; 1Co 6.14): o poder que levou Jesus a vencer a morte e assim pagar o preço  pelo pecado, é o mesmo poder que  está em nossa vida e nos capacita para vivermos  uma vida que agrade a Deus, e também é o poder que irá nos ressuscitar quando Cristo vier para buscar a sua igreja. Teremos nossos corpos transformados pelo poder do Espírito Santo e estaremos para sempre livres da presença do pecado, desfrutando uma vida gloriosa com Deus.
Conhecer a pessoa e obra do Espírito Santo é fundamental para o seu crescimento espiritual, bem como para viver uma vida de santidade diante do Senhor.

A Paternalidade infinita de Deus (Mateus Mt 7.9-11)

Para eliminar todas as dúvidas e nos mostrar como é firme o fundamento de Sua promessa de que Deus responde às orações, Jesus apela para algo que todos veem e experimentam na Terra. O fato de que, somos todos filhos e sabemos o que esperar de nossos pais. Somos pais, ou constantemente os vemos; e em todo lugar consideramos isso a coisa mais natural que pode haver: que um pai ouça seu filho. Jesus nos leva a perceber que como Deus é muito maior do que o homem pecador, então deve ser muito maior nossa convicção de que Ele atenderá, com certeza mais do que qualquer pai terreno, nossas petições de filho. Como Deus é muito maior do que o homem, então é muito mais certo que a oração será ouvida pelo Pai no céu do que por um pai na terra. O Senhor quer nos lembrar de que a oração de um filho deve sua influência totalmente ao relacionamento estabelecido com seu pai. E essa influência só pode ser exercida se o filho estiver realmente vivendo esse relacionamento, em casa, em amor, no serviço do Pai. O poder da promessa "pedi, e dar-se-vos-á" se baseia no relacionamento amoroso entre nós como filhos e o Pai no céu; quando vivemos e caminhamos nesse relacionamento, a oração da fé tem como resultado natural sua resposta (1Jo 5.12-14).
As Escrituras dizem: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus". O privilégio do filho de pedir tudo é inseparável da vida do filho sob a liderança do Espírito. Aquele que se submete à liderança do Espírito em sua vida também será guiado por Ele em suas orações (Rm 8.26-27). E ele achará que o dar do Pai é a resposta divina para o viver do filho. Para perceber o que é esse viver como filho, no qual o pedir e o crer do filho está fundamentado, temos somente de notar o que nosso Senhor ensina no Sermão da Montanha sobre o Pai e Seus filhos. Nele as promessas de oração estão contidas nos preceitos da vida; os dois são inseparáveis. Eles formam um todo; e Ele somente pode confiar o cumprimento da promessa àquele que também aceita tudo o que o Senhor relacionou com ela. A resposta da oração está vinculada ao fato de se viver em obediência ao Pai como um filho deve fazer. São esses os filhos do Pai, e essa é a vida em amor e em serviço do Pai. É nessa vida de filho que orações respondidas são certas e abundantes (Jo 14.21; 16.23-24,26-27). O Senhor não exige de nós um cumprimento perfeito da lei, mas exige somente uma entrega de todo coração, como de uma criança disposta a viver como filho com Ele em obediência e verdade. Nada mais. Mas também nada menos. O Pai deve ter o coração por inteiro. Quando isso acontece, e Ele vê o filho com objetivo honesto e vontade firme de buscar em tudo ser e viver como um filho, então nossa oração será para Ele como a oração de um filho.
O segredo da oração eficaz é: ter o coração cheio do amor paternal de Deus. "Aba, Pai!" "Pai nosso, que estás nos céus". Quem pode dizer isso tem a chave para toda oração. É somente nossa distância do Pai que impede a resposta da oração. Por isso, aproximemo-nos com a ousadia que Jesus nos concedeu pelo sangue que foi derramado na cruz, na certeza de uma resposta baseada na Paternalidade infinita de Deus (Hb 10.19-23).


Aba Pai!!!

quinta-feira, 15 de março de 2018

A certeza da resposta à oração (Mateus Mt 7.7-11)


Resultado de imagem para resposta de oração
Jesus fala pela segunda vez, no Sermão da Montanha sobre a oração. A primeira vez falou sobre o Pai, que deve ser achado em secreto, que recompensa abertamente e nos deu o modelo de oração (Mateus 6.5). Agora Ele quer nos ensinar o que em toda Escritura é considerada a principal questão em oração: a garantia de que a oração será ouvida e respondida. Não podemos deixar de perceber que Ele quer imprimir de modo profundo em nossas mentes uma única verdade: que podemos e devemos com muita confiança esperar uma resposta para a nossa oração. Depois da revelação do amor do Pai não há, no curso todo, lição mais importante do que esta: todo aquele que pede recebe.  Jesus quer realmente que tenhamos absoluta certeza de que pedir, buscar e bater nunca é em vão: receber uma resposta, achar Deus, o coração aberto e a casa do Pai são frutos garantidos da oração. Desenvolver um relacionamento com Deus é imprescindível para desfrutar da certeza da resposta naquilo que buscamos em oração. (veja: Jo 14.21,23; 1Jo 5.12-15).
O fato de o Senhor achar necessário repetir essa verdade de tantas formas revela a tremenda importância dessa lição. Prova que Ele conhece nosso coração, sabe que dúvida e falta de confiança é algo natural para nós e sabe como facilmente temos a tendência de pensar sobre a oração como um trabalho religioso sem uma resposta. A oração com confiança, que se agarra à promessa, é algo espiritual, muito difícil para o discípulo indeciso. Portanto, bem no início de Sua instrução àqueles que vão aprender a orar, procura fixar essa verdade bem no íntimo de seus corações: a oração vale muito; pedi e dar-se-vos-á; todo o que pede recebe. Essa é a lei permanente e eterna do reino: se você pedir e não receber, é porque deve haver algo errado ou faltando na oração. Persevere; deixe a palavra e o Espírito ensiná-lo a orar corretamente, mas não deixe que a confiança que Ele busca despertar se vá. A prova de que oramos corretamente é a resposta à oração. Se pedirmos e não recebemos, é porque não aprendemos a pedir corretamente. Que tenhamos cuidado para não enfraquecer a Palavra com nossa sabedoria humana. Quando Ele nos fala coisas celestiais, creiamos n'Ele. Sua Palavra explicará a si mesma àquele que crê nela totalmente. Se surgirem perguntas e dificuldades, não procuremos entendê-las primeiro para depois aceitar a Palavra. Confiemos tudo a Ele, pois é a vontade dEle que permanece. Nosso trabalho é, antes de tudo, aceitar plenamente e agarrar Sua promessa.
A oração consiste de duas partes ou dois lados: um humano e um divino. O humano é pedir, o divino é dar. As duas metades que formam o inteiro. É como se Ele nos dissesse que nós não podemos ficar sem uma resposta, porque esta é a vontade de Deus: toda petição feita com fé obtém resposta. Se a resposta não vem, não devemos nos sentar à mesa que se chama resignação e supor que não é a vontade de Deus dar uma resposta. Não. Deve haver algo na oração que não está de acordo com o desejo de Deus. Nós temos de buscar graça para orar para que a resposta venha. É bem mais fácil para a carne resignar-se sem a resposta do que se render para ser examinada e purificada pelo Espírito, até que aprenda a orar a oração da fé (Tg 5.16c). Deus busca diariamente relacionamento com Seus filhos ouvindo e atendendo suas petições. Ele deseja que eu vá a Ele dia após dia com pedidos definidos; Ele deseja dia após dia relacionar-se conosco. A oração do homem na Terra e a resposta de Deus no céu se complementam. Confiemos em Jesus para nos ensinar a orar dessa maneira, para que a resposta possa vir.
                Pr. Fernando Maciel (extraído e adaptado)
Jesus fala pela segunda vez, no Sermão da Montanha sobre a oração. A primeira vez falou sobre o Pai, que deve ser achado em secreto, que recompensa abertamente e nos deu o modelo de oração (Mateus 6.5). Agora Ele quer nos ensinar o que em toda Escritura é considerada a principal questão em oração: a garantia de que a oração será ouvida e respondida. Não podemos deixar de perceber que Ele quer imprimir de modo profundo em nossas mentes uma única verdade: que podemos e devemos com muita confiança esperar uma resposta para a nossa oração. Depois da revelação do amor do Pai não há, no curso todo, lição mais importante do que esta: todo aquele que pede recebe.  Jesus quer realmente que tenhamos absoluta certeza de que pedir, buscar e bater nunca é em vão: receber uma resposta, achar Deus, o coração aberto e a casa do Pai são frutos garantidos da oração. Desenvolver um relacionamento com Deus é imprescindível para desfrutar da certeza da resposta naquilo que buscamos em oração. (veja: Jo 14.21,23; 1Jo 5.12-15).
O fato de o Senhor achar necessário repetir essa verdade de tantas formas revela a tremenda importância dessa lição. Prova que Ele conhece nosso coração, sabe que dúvida e falta de confiança é algo natural para nós e sabe como facilmente temos a tendência de pensar sobre a oração como um trabalho religioso sem uma resposta. A oração com confiança, que se agarra à promessa, é algo espiritual, muito difícil para o discípulo indeciso. Portanto, bem no início de Sua instrução àqueles que vão aprender a orar, procura fixar essa verdade bem no íntimo de seus corações: a oração vale muito; pedi e dar-se-vos-á; todo o que pede recebe. Essa é a lei permanente e eterna do reino: se você pedir e não receber, é porque deve haver algo errado ou faltando na oração. Persevere; deixe a palavra e o Espírito ensiná-lo a orar corretamente, mas não deixe que a confiança que Ele busca despertar se vá. A prova de que oramos corretamente é a resposta à oração. Se pedirmos e não recebemos, é porque não aprendemos a pedir corretamente. Que tenhamos cuidado para não enfraquecer a Palavra com nossa sabedoria humana. Quando Ele nos fala coisas celestiais, creiamos n'Ele. Sua Palavra explicará a si mesma àquele que crê nela totalmente. Se surgirem perguntas e dificuldades, não procuremos entendê-las primeiro para depois aceitar a Palavra. Confiemos tudo a Ele, pois é a vontade dEle que permanece. Nosso trabalho é, antes de tudo, aceitar plenamente e agarrar Sua promessa.
A oração consiste de duas partes ou dois lados: um humano e um divino. O humano é pedir, o divino é dar. As duas metades que formam o inteiro. É como se Ele nos dissesse que nós não podemos ficar sem uma resposta, porque esta é a vontade de Deus: toda petição feita com fé obtém resposta. Se a resposta não vem, não devemos nos sentar à mesa que se chama resignação e supor que não é a vontade de Deus dar uma resposta. Não. Deve haver algo na oração que não está de acordo com o desejo de Deus. Nós temos de buscar graça para orar para que a resposta venha. É bem mais fácil para a carne resignar-se sem a resposta do que se render para ser examinada e purificada pelo Espírito, até que aprenda a orar a oração da fé (Tg 5.16c). Deus busca diariamente relacionamento com Seus filhos ouvindo e atendendo suas petições. Ele deseja que eu vá a Ele dia após dia com pedidos definidos; Ele deseja dia após dia relacionar-se conosco. A oração do homem na Terra e a resposta de Deus no céu se complementam. Confiemos em Jesus para nos ensinar a orar dessa maneira, para que a resposta possa vir.
                Pr. Fernando Maciel (extraído e adaptado)

sábado, 10 de março de 2018

O modelo de oração (Mateus 6.9-15)


Por ser compreensivo com nossa fraqueza, Jesus nos deu as verdadeiras palavras que temos de levar conosco ao nos aproximar de Deus. Uma forma de oração que se torna o modelo e a inspiração para todas as outras orações e que sempre nos leva de volta para si mesma como a mais profunda expressão de nossa alma diante de nosso Deus. Para apreciar corretamente essa palavra de adoração, devo lembrar que nas Escrituras nenhum dos santos nunca se aventurou a se dirigir a Deus como seu Pai. A invocação nos coloca de imediato no centro da maravilhosa revelação que o Filho veio trazer de que seu Pai também é nosso Pai. Compreende o mistério da redenção – Cristo livrando-nos da maldição para que possamos nos tornar filhos de Deus; o mistério da regeneração - o Espírito, no novo nascimento, dando-nos nova vida; e o mistério da fé – antes da redenção ser realizada ou entendida, a palavra é colocada nos lábios dos discípulos para prepará-los para a bendita experiência que ainda estava por vir.
O conhecimento do amor paterno de Deus é a primeira e mais simples, mas também a última e mais sublime lição na escola de oração. É no relacionamento pessoal com o Deus vivo, e na consciente e pessoal comunhão de amor com Ele mesmo, que a oração se inicia. É no conhecimento da Paternalidade de Deus, revelada pelo Espírito Santo, que o poder da oração será achado para criar raízes e crescer.  São na infinita ternura, compaixão e paciência do Pai infinito, em sua amorosa disposição para ouvir e ajudar, que a vida de oração encontra sua alegria.  Na verdadeira adoração o Pai tem de ser o primeiro, tem de ser tudo. Quanto mais cedo eu aprender a esquecer de mim mesmo, desejando que Ele seja glorificado, mais rica será a bênção que a oração trará. Cristo abriu a escola de oração especialmente para treinar intercessores para a grande obra de atrair, pela fé e pela oração, as bênçãos de Sua obra e amor para todo o mundo. Não pode haver nenhum profundo crescimento em oração a não ser que isso seja nosso alvo.  Assim a oração nos conduzirá à verdadeira vida de filho. Entenderemos como o Pai e o filho é a mesma coisa, e como o coração que inicia sua oração com o Seu devotado Deus terá o poder em fé para expressar esse relacionamento. Tal oração, de fato, será a comunhão e o intercâmbio de amor, sempre nos trazendo de volta em confiança e adoração.
Jesus deseja nos treinar para uma vida abençoada de consagração e serviço, na qual todos os nossos interesses estão subordinados ao Nome, ao Reino e à Vontade do Pai. Nossa oração deve ser que em nós mesmos, em todos os filhos de Deus, diante do mundo, o próprio Deus revele a santidade, o poder divino, à glória escondida do nome do Pai, de maneira que a sua vontade se manifeste também aqui na terra, como é  feita no céu. Porque a vontade de Deus é a glória do céu, o seu realizar é a bem-aventurança do céu. À medida que Sua vontade é feita, o reino do céu vem para o coração. E em qualquer lugar que a fé aceita o amor do Pai, a obediência aceita a vontade do Pai. A entrega e a oração por uma vida de obediência celestial é o espírito de oração de um filho. Quando o filho primeiramente se rende ao Pai por causa de Seu Nome, de Seu Reino e de Sua Vontade, ele desfruta as bênçãos vindas da parte de Deus. A oração deve ser acompanhada pela entrega para viver toda nossa vida em santa obediência à vontade do Pai, e na oração com confiança de que em tudo seremos guardados do poder do maligno pelo poder do Espírito que habita em nós.

                                                       Pr. Fernando Maciel (extraído e adaptado)