sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A esperança da eternidade -1Jo 3.1-3


Vivemos num mundo de desesperança: guerras, fome, tragédias, corrupção, doenças e a morte. Para muitos não existe um futuro, algo em que se apoiar, colocar a sua esperança. Porém, sempre existe um sinal de que algo vai mudar, se não fosse assim, perderíamos completamente o sentido de viver ou de pelo menos continuar tentando. Aquilo em que você deposita a sua esperança determina para o que você vive e para quem você vive. Depositar a esperança no objeto ou na pessoa errada pode levá-lo a frustração e ao desespero (e.g Bolsonaro – mito/ no antigo Israel, Uzias era visto como a esperança para o povo, mas logo após sua morte, Deus revela-se ao profeta Isaías mostrando a verdadeira esperança do povo: a manifestação de Deus em trazer o sinal do Messias - Is 7.14). A esperança está diretamente ligada ao desejo, isto é, aquilo que você quer que aconteça, ela é um produto direto dos anseios de nossa alma. Aquilo que você anseia pode muitas vezes ser a linha divisória entre um “coração doente” ou uma “alma satisfeita”. A perspectiva é extremamente importante quando se considera o caminho para a verdadeira esperança.
Uma perspectiva correta do futuro leva a uma visão correta do presente
As guerras, fome, tragédias, corrupção, doenças e morte podem levar-nos a questionar a Deus na sua soberania e controle sobre todas as coisas. Quando aquilo pelo qual você tanto busca não acontece, os anseios do coração podem deixa-los confusos e ressentidos com Deus e sua forma de agir (Pv 13.12). Vai-se ficando cada vez mais difícil ter gratidão pelas dádivas que nos são concedidas em meio a tantas preocupações. Precisamos enxergar a vida do ponto de vista da eternidade, pois quando assim o fazemos passamos a compreender o propósito de Deus em meio a tantas lutas (2Co 4.17-18). Quando nossa perspectiva muda, tudo muda. Principalmente quando consideramos a ideia da esperança eterna. Ao considerar uma perspectiva adequada é imperativo considerar a eternidade, pois ela vai influenciar os momentos que vivencio aqui e agora. Uma perspectiva bíblica da eternidade traz implicações profundas para nossas experiências de momento a momento.
Quais são as implicações de uma perspectiva da eternidade no aqui e agora (1Jo 3.1-3)?
 O apóstolo João, no último verso do capítulo anterior, tendo declarado que todo aquele que pratica a justiça é nascido de Deus, começa o capítulo 3 com uma exclamação expressiva de sua alta admiração do amor de Deus em chamá-los de seus filhos, embora não sejam reconhecidos como tais pelos homens do mundo, porque os homens carnais não têm noção justa do caráter de Deus. Com isto, aprendemos que:
1.    A plena certeza da salvação é fruto da graça e misericórdia de Deus (v.1): o amor de Deus é tão grande que ele concede a criaturas caídas e depravadas, pecaminosas, culpadas e perdidas o privilégio de serem chamados seus filhos. Mediante a fé exercida em Cristo, Deus concede a graça da salvação tornando-nos parte de sua família desfrutando assim, do seu caráter santo, justo e bom (Jo 1.12). A parte carnal e mundana da humanidade não está familiarizada com nosso verdadeiro caráter, princípios e práticas, nossa disposição e comportamento, nossos atuais privilégios e expectativas futuras; e, por isso, não nos reconhece pelo que realmente somos, nem estimamos e amamos, mas nos odeia e nos persegue; porque não conhecem O eterno e unigênito Filho de Deus através do qual recebemos a adoção (Jo 1.11).
2.    A revelação da graça mantém a esperança da eternidade em nosso coração (v.2): pare e pense nas implicações dessa promessa de ser um filho de Deus. Visto que podemos saber qual é a nossa presente condição como filhos de Deus, isso nos dá uma perspectiva de um futuro glorioso que será ainda melhor, embora ainda não possamos entendê-lo completamente (1Co 13.12). O fato de que um dia veremos Cristo face a face e teremos nossos corpos transformados para ser como o dele deve encher nosso coração de alegria e confiança, banindo toda falta de esperança, medo e preocupação (1Co 13.13).
3.    O resultado da ação divina em revelar o caráter do Pai através do Filho deve levar a busca da santificação (v. 3): como consequência de sua nova relação com Deus, você deve viver uma vida pura diante dEle e não mais sobre o domínio do pecado (2Co 7.1). Nessa busca pela santidade, o verdadeiro filho procura refletir a imagem de Deus que, como Pai, só quer o melhor para os seus filhos (Rm 8.28-29). Ao purificarmos o nosso coração isso nos leva á prática adequada da obediência. Somos chamados para substituir o pecado por uma vida reta nas áreas onde nós pecamos. Não haverá esperança verdadeira sem a busca e a prática da obediência a Palavra de Deus. Buscar a prática da obediência deve nos levar a focar no que Deus prometeu para o futuro, mas cujos reflexos já posso vivenciá-los no meu presente. Isso nos leva a ser semelhantes a Ele na prática do amor, do servir ao próximo, na pureza dos pensamentos e justiça de nossas ações. Ser semelhante a Deus é viver uma vida que glorifique o seu Nome na prática do amor a Deus e ao próximo. É render-se ao seu Senhorio reconhecendo-O em todos os seus caminhos e decisões a serem tomadas.
Conclusão
Então, qual é a sua esperança? (e.g. o Brasil que eu quero). Qual é o futuro que você quer para sua vida? A sua esperança está num país melhor, num relacionamento melhor, num emprego mais remunerado, em filhos mais obedientes, na superação de um pecado que o domina, em não estar ansioso, deprimido, irritado, a lista é interminável. Muitos vivem suas vidas frustradas porque não alcançam o que procuram, e não conseguem porque mantém uma perspectiva nas coisas terrenas, naquilo que este mundo pode lhe oferecer. Vivemos em busca de recompensas diante das exigências que a vida nos traz: ser bem sucedido, ser saudável, ter filhos obedientes, encontrar um cônjuge perfeito, ter o corpo perfeito, frequentar a melhor faculdade e a lista continua. Mas, quando você percebe que não consegue se encaixar e nem alcançar tudo isso, resta-lhe apenas a frustração. O desespero toma conta de seu coração. Contudo, existe uma saída, em Jesus, você pode ser resgatado de toda essa tragédia e pressão. Quando você passa a enxergar a vida de uma perspectiva bíblica, você percebe que a sua jornada aqui é apenas o começo de uma eternidade com Deus. O valor transcendente do evangelho eterno de Deus infundi uma esperança de uma realidade que está além da nossa compreensão. Percebemos que a vida aqui e agora não se compara com a vida que está por vir, e que mesmo nas situações mais difíceis podemos aprender a descansar nAquele que tem em suas mãos o controle e o domínio de todas as coisas. A paz que excede todo o entendimento conservará o seu coração puro e sua mente focada em viver uma vida que glorifique a Deus.
 


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