terça-feira, 7 de maio de 2019

Escolhas Difíceis (Pv 16.1-3)

Todos os dias fazemos escolhas, a maioria delas corriqueiras, já fazem parte do nosso cotidiano. Escolhas como essas não interferem em nosso futuro. No entanto, existem escolhas que fazemos que trazem certo peso na decisão a ser tomada.  Para estas, dedicamos uma atenção especial, pois eles irão determinar quais os rumos que daremos em nossa vida. Existem decisões que tomamos hoje que podem nos levar para situações inesperadas no futuro. E é justamente nestes momentos que indagamos: Qual é a vontade de Deus pata minha vida? Embora a pergunta faça sentido, há um porém que precisamos levar em consideração: o que realmente estamos buscando? Entender a vontade de Deus é saber que independente do resultado, é a vontade do Senhor que deve prevalecer e não a nossa. Este texto nos revela alguns princípios para que façamos escolhas dentro e conforme o propósito de Deus:

  1. Nosso coração revela nossa verdadeira motivação (v. 1): as decisões que tomamos provém de um coração corrompido pelo pecado (Jr 17.9). Não há nada de bom ou que possa ser considerado útil para a edificação se não vier do próprio Deus. Se nos falta sabedoria, devemos pedir ao Senhor para que nos conceda (Tg 1.5). Deus é o Senhor sobre todas as coisas e nada acontece que não seja da sua vontade. 
  2. Deus conhece as verdadeiras intenções do nosso coração (v.2): muitas vezes podemos racionalizar tudo quando não temos um padrão para julgar entre o certo e o errado. Quando não atentamos para o padrão estabelecido por Deus, julgamos as escolhas baseadas nas expectativas que criamos. É preciso confrontar-se com a Palavra de Deus , é necessário perguntar-se: Isto glorifica Deus? A minha conduta revela um caráter transformado ou expressam desejos da minha vontade? Estou demonstrando meu amor pelo Senhor e o próximo ou pensando apenas nos meus benefícios?
  3. Entrega ao Senhor a sua vida e Ele firmará os seus passos (v.3): existem muitas formas de nos submetermos a Deus. Alguns confiam superficialmente, outros confiam temporariamente e muitos reivindicam o controle quando as coisas não saem do seu jeito. É preciso descansar em Deus e esperar a resposta do Senhor, e quando ela vier seguir as suas diretrizes.
Somos limitados, mas Deus é Soberano. Podemos planejar, sonhar e ter esperança, mas o resultado final vem de Deus. Ele tem o controle de nossas vidas, das situações caóticas que não entendemos. Precisamos confiar nossas decisões a Deus, pois isto nos libera da preocupação e nos ajuda a enfrentar as adversidades (Pv 3.5-6). 

Uma expressão de gratidão - Salmo 103

Este Salmo é uma expressão de louvor a Deus evidenciando seus atributos e sua ação na vida daqueles que o adoram e o temem. Ele pode ser dividido em 3 partes:
  • A natureza e a evidência da graça infinita de Deus (v.1-10): nestes versos é descrito os benefícios dados por Deus tais como: perdão, cura, livramentos e a plena satisfação de um vigor renovado pela sua misericórdia. Essa bondade era evidente na vida do povo de Israel, particularmente na libertação e na provisão durante a jornada pelo deserto. 
"Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel. (v.7)"
  • O grau e a qualidade da misericórdia de Deus (v. 11-18): a distância existente entre o céu e a terra é a figura usada para mostrar o tamanho da misericórdia de Deus, sua compaixão pelos filhos e o fato de saber do que somos feito. Sua misericórdia é fora do tempo (de eternidade a eternidade - veja verso 17) e é estendida e renovada todos os dias.
"Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. (v.11.12)"


"As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. (Lm 3.22-23)"

  • Um apelo a louvar a Deus (v. 19-22): Deus não é apenas bom, fiel e compassivo; Ele é o Rei, o Soberano que governa todo o universo, digno da adoração de toda criação.
"Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo. (v.19)"

São muitos os motivos para louvar e glorificar a Deus, portanto, sejamos gratos pela sua imensurável graça que nos sustenta e sua compaixão que nos salva. Declaremos todos os dias como o salmista faz:

"Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR."

Missões: a responsabilidade da igreja (Mt 28-18-20)


Uma das últimas recomendações que Jesus deixou para a igreja foi pregar o evangelho a toda criatura, ser uma testemunha de sua obra de salvação. Esta ordem de Jesus deixa muito claro o seu propósito para a igreja: pregar, evangelizar, anunciar a todos os povos a salvação em seu nome levando pecadores ao arrependimento (Lc 4.14-20). Á igreja foi dada a responsabilidade de dar continuidade a obra de pregar as boas novas aos dos pobres, libertação aos cativos e recuperação da vista aos cegos e liberdade aos oprimidos, proclamando a salvação pela graça de Deus mediante a fé em Jesus. Deus quer que a igreja cumpra seu papel missionário, que levemos o maior número possível de pessoas a conhecer a Cristo.
Como temos exercido o nosso dever de evangelizadores? O que você tem feito pelo crescimento do Reino de Deus? Como você tem se envolvido com a obra missionária? É fato, que nem todos tem um chamado específico de Deus para sair de sua terra ou comunidade, mas todos têm a responsabilidade de proclamar a Palavra, de fazer discípulos. A igreja é o local dos chamados para fora, a própria palavra Ekklesia traduzida por igreja no Novo Testamento mostra isso. Como discípulo de Jesus você é um missionário do Reino que faz parte de uma comunidade que se reúne para cumprir com a tarefa de tornar o nome de Deus conhecido em toda a Terra levando as pessoas a adorá-lo. Para entendermos a missão da igreja, precisamos ter em mente qual foi a missão de Cristo ao vir a Terra. Seja o que for que temos que fazer, isso tem a ver com o que Cristo fez, pois Ele transfere para a Sua igreja a obra que recebeu do Seu Pai. Ele diz:  “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio” (Jo 20.21). É preciso compreender que:
1.    A missão da igreja é fundamentada sob a autoridade de Jesus (v.18): a nossa responsabilidade como discípulos é revestir-nos do poder do alto e ser uma testemunha fiel da obra de transformação que Deus opera no coração das pessoas por meio do Espírito Santo (Jo 16.7-11; At 1.8). A autoridade que temos para proclamar as boas novas está dentro do âmbito daqueles que foram chamados para fazer parte do povo de Deus e em união com este povo proclamar a salvação.
2.    A missão da igreja está em ir e fazer discípulos levando-os a fazer outros discípulos (v.19): Em Lucas 19:10, o próprio Cristo define a sua missão: “Pois o filho do homem veio buscar e salvar o perdido”. A igreja existe para realizar a obra que Cristo realizou: “buscar e salvar o perdido”. Mas como Cristo fez isso? Qual era Seu método? O método de Jesus era chamar e preparar discípulos. Essa é a principal ênfase de Mateus 28:19. “Fazer discípulos, os outros verbos – ir, batizar, ensinar – são subordinados a ordem estabelecida por Jesus”. O único verbo que está no imperativo é “fazei discípulos”. Na verdade todos os outros verbos desta ordem nas versões da Bíblia em português deveriam estar no gerúndio: “indo, ensinando, batizando”!  A maneira como os verbos “ide” e “fazei discípulos” foram colocados na sentença original indicam uma ação sumária que deve ser logo realizada. Por esta razão, eles são traduzidos em português como dois imperativos. A ideia aqui é que indo pela vida das pessoas, ensinando, batizando, exercendo uma influencia transformadora, construindo vínculos relacionais, o cristão vai cumprindo a ordem de “fazer discípulos”.
O que significa fazer discípulos?
“Fazer discípulos” é o único método apontado por Cristo para cumprir a missão que é “buscar e salvar o perdido”. Não existe plano B, não existe método alternativo. Jesus deixou bem claro o único plano de multiplicação. O discípulo passa pelo processo de descoberta de Deus, crescimento em Cristo, comprometimento com Deus e Sua causa, treinamento para melhor servir segundo seus dons, aprofundamento no conhecimento de Deus e exercício de seu ministério pessoal. Esse processo conduzirá o novo crente a conseguir formar uma nova geração espiritual.
       3. A presença de Cristo garante e sustenta a sua obra (v.20): com a morte de Cristo os discípulos ficaram amedrontados e perderam a esperança da salvação que Cristo havia prometido (Lc 24.17-24). Contudo, para lhes dar ânimo e restaurar a fé de seus corações Jesus volta afirmar em que está fundamentada a sua obra e lhes dá provas concretas de que estaria com eles no cumprimento da missão que lhes fora dada (Lc 24.36-49).

Conclusão
A Missão do Povo de Deus tem sua origem comprovadamente em Deus. Ele tomou a iniciativa de implantar seu Reino na terra desde Adão, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi e Jesus. Eklesia (igreja – os chamados para fora) devem continuar em atividade de expansão do evangelho. A palavra chave é “atitude” a igreja deve continuar “indo” aos povos, “pregando” a Palavra, ensinando sobre as coisas do Reino de Deus, “discipulando” os novos habitantes do Reino, e “batizando” a toda criatura em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (v.19-20). Isso, é claro, deve ser feito com muito amor e compaixão, que representam a essência deste Reino. Contudo este avanço deve acontecer “sem medo”, porque Jesus prometeu que estaria conosco em todos os dias, até a consumação dos séculos! A verdade é que não há outra missão que não seja alcançar vidas, semear e multiplicar a Palavra, levar as pessoas ao arrependimento e a fé em Jesus (Cl 1.24-29).