terça-feira, 21 de novembro de 2023

A realidade do céu e do inferno – Lucas 16.19-31

Ninguém que leve a Bíblia a sério e crê que ela é a Palavra de Deus, dúvida de que existe o céu e o inferno. Muitos dizem crer em Deus e acreditar na Bíblia, mas negam que o inferno existe, que na verdade o inferno é aqui, nesta terra. Durante seu ministério Jesus falou mais sobre o inferno do que o céu, uma advertência de que ele é real. O inferno não foi feito para o ser humano, mas para o diabo e seus anjos, contudo, todos que rejeitam a Deus e a mensagem do Evangelho, têm o mesmo destino que eles (Mt 25.41). Alguns dizem que Deus é amor e jamais mandaria alguém para o inferno (isso é verdade), Deus não manda ninguém para lá, mas dá a oportunidade para arrependimento (2Pe 3.10). No entanto, as pessoas por não tomarem sua decisão por Cristo, estão condenadas a irem para lá (Jo 3.18,36). A revelação do horror do inferno serve como um aviso aos pecadores sobre as consequências terríveis que os aguardam, com o objetivo de incentivá-los a se arrepender de seus pecados e aceitar a salvação oferecida por meio da fé em Cristo (Rm 10.9-10). A maioria das pessoas que preferem viver suas vidas longe de Deus esperando que na hora da morte irão fazer a escolha de ir para o céu, irão se surpreender quando virem que estarão no inferno. A verdade básica desta passagem é que a vida é mais do que simplesmente viver, e a morte é mais do que simplesmente morrer. A parábola está dividida em dois atos. O primeiro deles é o que acontece do lado de cá da sepultura (v.19-21). O segundo deles é o que acontece do lado de lá da sepultura (v.22-31). A questão colocada aqui por Jesus envolve uma pessoa tomada pela ganância, orgulho, avareza e egoísmo e outra sem nenhum recurso, na miséria e uma vida sofrida. Muitos podem viver intencionalmente se regalando esplendidamente (como o rico – mesmo que não possua riquezas terrenas) todos os dias e, então perto da morte, (como se soubessem o dia e a hora) se voltarão para Deus em arrependimento a fim de receberem a salvação. Isso é pensar que Deus é ingênuo e manipulável. De Deus não se zomba (Gl 6:7). As privações do mendigo e a suntuosa abastança do rico por fim terminaram de modo igual. Chegou o momento em que ambos morreram (Ec 2.20). Para o mendigo, a morte trouxe o fim de seu sofrimento terreno, e, para o rico, o começo do seu tormento eterno. A morte não respeita idade nem condição social. Mas, Jesus mostra que a sepultura não é o fim da existência. Uma vez que a pessoa tenha morrido, sua condição, seja de bem-aventurança ou de condenação, está fixada para sempre. Não existe uma segunda chance (Hb 9.27). Muitos podem pensar que por viverem no pecado e não serem castigado de imediato, estão livres da condenação (Rm 2.4). No entanto, a Bíblia aponta para um dia de julgamento, no qual todos prestarão contas por suas ações, palavras e pensamentos (2Co 5.10; Ap 20.11-15).

Por isso, o tempo, estipulado por Deus para a salvação é HOJE, o tempo para se arrepender é AGORA. Veja o que a Bíblia diz: “Pois Deus diz: "No tempo certo, eu o ouvi; no dia da salvação, eu lhe dei socorro". De fato, agora é o "tempo certo". Hoje é o dia da salvação!” (2Co 6:2).

Saiba que o inferno é um lugar de tormentos onde o fogo não se apaga e o verme não morre; é um lugar onde não há consolo, uma prisão eterna de dor e sofrimento, onde o pedido de socorro não é atendido; é um lugar de lembranças e oportunidades perdidas, longe da Presença gloriosa de Deus. De que lado você vai querer estar? Até quando você vai continuar adiando sua decisão por Cristo? Até quando vai viver como escravo do pecado e debaixo da condenação?

A confiança em Deus e sua Palavra é a condição para a salvação (Lc 16.31; Rm 10.17). A pessoa que escuta a Palavra de Deus, mas ainda espera por mais evidências para se converter ou esperando o momento da morte para se decidir, está enganando a si mesma e poderá morrer e acordar no inferno. Talvez você não goste de falar sobre o inferno. Contudo, pior do que ouvir sobre o inferno é ser lançado nele. Então, tome sua decisão, lembre-se: De fato, agora é o "tempo certo". Hoje é o dia da salvação!”

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Orgulho e Vaidade - até onde vai a ambição humana?

Dubai vista do Alto
A torre de Babel foi uma grande torre construída na região da Babilônia por volta do ano 2420 a.C, aproximadamente 130 anos após o dilúvio. A cidade de Babel foi a primeira cidade descrita na Bíblia após o dilúvio. A palavra babel, derivada da origem babel, quer dizer “portão de Deus”. Uma outra curiosidade a respeito da palavra babel é que, na raiz da derivação desta palavra, está balal, que quer dizer “confusão, misturar”. Ninrode foi o primeiro homem poderoso na terra (Gênesis 10:8), era bisneto de Noé. Ele, durante seu reinado, fundou várias cidades, entre elas, Babel. O mais provável é que, Babel, tenha sido a primeira base de governo de Ninrode, onde iniciou seu reinado. E, curiosamente, ele foi o primeiro líder político-religioso descrito na Bíblia, após o dilúvio.

Essa Torre revelou três pontos importantes sobre a humanidade após a queda:

  • Orgulho: “Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra” (Gênesis 11:4). Pensamento egoísta, apenas na glória própria;
  • Rebeldia: “…e não seremos espalhados pela face da terra” (Gênesis 11:4). O que o Senhor disse foi exatamente o oposto (Gênesis 1:28; Gênesis 9:1);
  • Idolatria: A torre de Babel, marcou o início da idolatria. Um detalhe interessante é que a astrologia teve início na Babilônia (cidade de Babel). Alguns templos ainda existem em Ur e Ereque, na região de Sinear. São de tijolos queimados, como os que foram usados na construção da torre de Babel (Gênesis 11:3). Portanto, idolatria também esteve presente desde os primórdios da civilização.

A história de Babel é um exemplo de que até mesmo um bom projeto – como o de erguer uma cidade – pode se tornar pecaminoso se for feito por motivações erradas. Era necessário desfazer a construção egoísta e idólatra que foi erguida no coração. “Babel representa um monumento ao desejo humano perene de construir o nosso próprio reino à parte de Deus”. A torre de Babel é um reflexo do orgulho construído pelo pecado humano. Um monumento que revelou o desejo por reconhecimento e glória para si, longe de Deus e dos seus bons conselhos.

A Babel dos dias modernos

Construído na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Burj Khalifa tem impressionantes 828 metros de altura, superando em 320 metros o campeão anterior que fica em Taiwan. Tudo que se diz sobre essa estrutura gigantesca fica no superlativo. Além disso, é impossível pensar numa obra como esta sem correr o risco de se exaltar a capacidade do homem, que cada dia parece desconhecer limites para a sua ousadia. A torre de Dubai parece ser um tipo de reedição do espetáculo de Babel. Embora sejam sugeridos motivos plausíveis para a sua construção, como a busca para se atrair investimentos financeiros para a região e fomento do turismo, a torre de Dubai expõe a síndrome da altivez e da arrogância humana que motivou a construção da torre de Babel. O mesmo orgulho que inspirou os construtores de Babel parece ter infectado os construtores da torre de Dubai. O mesmo desejo prepotente de tornar célebres os seus nomes, tornar-se imortais, inesquecíveis, insuperáveis. A estratégia arrogante é a mesma; as justificativas se irmanam; é o complexo de superioridade humana gerando desafios às leis naturais, tendo não apenas o Céu como limite, mas Deus como concorrente. Babel foi apenas o começo das grandes obras erguidas para glorificar a capacidade humana. E a torre de Dubai é mais uma representação desse anseio arrogante. De acordo com os especialistas, o limite atual estabelecido para este tipo de construção é de 1, 2 quilômetro; mas a arrogância humana pode estender essa fronteira muito rapidamente. Porque o seu alvo continua a ser o mesmo de Babel: “Edifiquemos uma torre que chegue até aos céus” (Gn 11. 4).

Até onde vai a ambição humana?

Parece que o pessoal lá de Dubai realmente não cansa de “brincar” de Torre de Babel. A mais recente empreitada da cidade, que é conhecida pela sua megalomania e pelo calor insuportável, ao menos para os ocidentais, é o desenvolvimento de mais um projeto que alia ambição, poder, exibicionismo e muitos dirhams, um prédio de mais de 830 metros que deverá ficar pronto até 2020. O reinado do “Burj” tende a cair por terra, pois a empresa Emmar Properties já projetou um prédio maior, que ainda não possui um nome para chamar de seu, desenhado pelo famoso arquiteto neo-futurista espanhol Santiago Calatrava (profissional que idealizou o Museu do Amanhã, no Rio). A obra tem tudo para se tornar a maior sensação turística dos Emirados Árabes, com formas e desenho bem marcantes e traços inspirados em lírios e que lembram um minarete (torre de Mesquita), conferindo a autenticidade da cultura Islâmica.  

O projeto arquitetônico foi uma escolha pessoal do vice-presidente e primeiro-ministro do Emirados, o Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, em um concurso internacional, e tem como um dos objetivos ser um dos símbolos da Expo 2020, evento consagrado e que voltará as atrações de todo o mundo para Dubai daqui 4 anos. Dubai realmente se mostra forte e determinada quando o assunto é arquitetura arrojada e investimentos a fim de atrair cada vez mais turistas, porém é curioso que o novo “maior prédio do mundo” dos Emirados já nasça “ameaçado”, sendo que a Arábia Saudita anunciou para os próximos anos um arranha-céu com mais de 1000 metros de altura, a ser construído na cidade de Jeddah.

A história se repete

A história tem o hábito de repetir a si mesma. Não importa o quão avançado se torne o homem moderno, o mundo ainda parece cometer os mesmos erros do passado e deixar-se enganar pelas mesmas mentiras.

Quando o ser humano se coloca como "criador", ele faz com que qualquer coisa, moral ou imoral, se torne permissível.

A humanidade não aprendeu com os seus erros ao longo dos anos. O homem moderno continua tentando recriar a si mesmo e o mundo à sua volta, continua a dar ouvidos às mentiras da serpente. Com isso, ele não se torna nem um pouco diferente dos que pensavam, serem capazes de tomar o lugar de Deus, construindo uma torre para atingir os céus. A Torre de Babel é um lembrete de que, muitas vezes, nós nos afastamos do caminho que Deus quer que sigamos, e que precisamos estar atentos para não nos deixarmos levar pelo orgulho e pela vontade de sermos únicos, em vez de seguir a vontade de Deus.

 

Referências Bibliográficas:

https://gospellivre.com.br/torre-de-babel-e-o-desvio-de-proposito/

https://www.christianitytoday.com/ct/2023/may-web-only/torre-de-babel-genesis-orgulho-interpretacao-pt.html

https://padrepauloricardo.org/blog/a-torre-de-babel-e-o-desejo-de-tomar-o-lugar-de-deus

https://www.respostas.com.br/o-que-e-torre-de-babel/

https://creioeconfesso.blogspot.com/2010/02/torre-de-dubai-e-o-complexo-de-babel.html 

Salvação pela graça – Efésios 2.8-9

Diante do fato de que o ser humano em seu estado natural está perdido, morto em seus delitos e pecados, fica a pergunta: existe esperança, existe saída, existe outro caminho que possa nos conduzir para longe da morte? Sim, sim, sim.... A Bíblia nos revela que existe um caminho que pode nos conduzir a vida, a liberdade, a esperança. Sabendo que o salário (resultado inevitável) do pecado é a morte, ou seja, a separação de Deus e da eternidade com Ele. Existe o dom gratuito (favor imerecido) que nos foi concedido por meio de Cristo: a vida eterna. Essa vida eterna envolve a restauração da comunhão com Deus, perdão dos pecados e a promessa de uma vida plena e abundante na Presença de Deus. Em Cristo, Deus nos oferece salvação, contudo, somente pode desfrutar e ter a salvação àqueles que confiam em Jesus (Jo 1.12). Essa vida eterna não pode ser merecida ou alcançada por nossos próprios esforços, mas é um presente dado pela graça de Deus, reconhecer e aceitar este presente implica em viver uma vida de gratidão e obediência a Deus. Para receber este presente, é necessário que haja arrependimento de nossos pecados, confiando em Cristo como Senhor e Salvador. Se você quer andar com Cristo e seguir os seus passos, é preciso entrega e rendição de sua vida a Ele, e buscar viver em santidade, buscando agradar a Deus e refletir o seu amor e caráter em nossas vidas.

Deus na sua misericórdia, em vez de nos deixar em nosso estado de morte espiritual, providenciou o meio de termos vida com Ele. E é por meio da fé em Jesus que podemos ter essa vida, Ele é o único caminho. Quem tem sua vida em Cristo não é mais escravo do pecado, mas é chamado a viver em obediência a Deus. Não podemos nos orgulhar de nossas realizações diante de Deus, pois a salvação é um presente dado sem merecermos. Devemos abandonar nossa confiança em prática de boas obras ou justiça própria, que porventura pensemos ter. Não podemos nos salvar por esforços ou observâncias de práticas religiosas. Somos chamados e desafiados a confiar plenamente na graça de Deus em Cristo Jesus.

Quando fazemos isso, não vivemos para ganhar a salvação, mas vivemos a partir da gratidão pela salvação que recebemos. O relacionamento com Deus é baseado em confiança, entrega e obediência.