Durante
a semana, durante as minhas devocionais, estive refletindo sobre o chamado de
Deus para o ministério, em particular o meu chamado. E, como disse, a princípio
havia muitas dúvidas em meu coração sobre o fato de ter sido chamado por Deus,
ou simplesmente, isto ser uma decisão minha. É difícil falar sobre isso, pois a
convicção de ter sido escolhido por Deus para o ministério é algo que se dá no
mais profundo do ser, ou seja, é muito subjetivo. É preciso compreender que a
vocação pastoral possui algumas características particulares em relação a
escolha de um trabalho:
“Primeiramente
Deus é quem chama, quem desafia o ser humano ao cumprimento da sua vontade,
dessa forma entende-se o “chamado” como aquilo que opera essa vontade na
história. O outro elemento importante neste processo é o ser humano, que é
tocado pela presença da divindade, fazendo-o entender a sua vontade e levando-o
ao cumprimento de uma missão.” (Wagner
Buteseke)
Os
pastores precisam ter a certeza do plano de Deus para suas vidas. Esse plano se
revela através do chamado para o ministério. Essa convicção ultrapassa o âmbito
da escolha profissional; não é uma escolha baseada em um teste vocacional, mas
é o reconhecimento de uma missão dada por Deus. A convicção de que o pastor foi
chamado por Deus, e que isto não é fruto apenas de sua própria vontade, baseada
em sentimentos que muitas vezes pode deixa-lo na dúvida de que está não foi uma
escolha sua, é o que o mantém no ministério apesar das muitas dificuldades
(BUTESEKE).
Diante
disto, tenho plena convicção de que Deus sempre esteve dirigindo minha vida.
Como disse, anteriormente, ao olhar para minha história, vejo a mão do Senhor
conduzindo cada processo, cada decisão (por mais confusa que possa ter parecido
no momento para mim) para que chegasse até aqui. Como disse o apóstolo Paulo – “Mas
pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não foi vã.”
Sou
grato ao Senhor, pela sua escolha soberana, sei que nesta jornada tenho muito
que aprender; como Jeremias disse: “Ah! Senhor Deus! Não sei falar; não passo
de uma criança.” E Salomão quando assumiu o trono: “Portanto, dá ao teu servo
um coração entendido para julgar... para prudentemente discernir entre o bem e
o mal.”
Deus
criou uma grande variedade de serviços e realizações, nas quais encaixam-se as
mais diversas vocações. O importante é ter certeza de estar fazendo o que Deus
determinou (BUTESEKE).
Na
vida podemos fazer muitos planos, mas o que prevalece é a vontade de Deus.
Sujeitar-se a esta vontade é o começo para não desistir do trabalho que Deus
tem preparado para nós. Há muitas motivações no coração do homem, mas Deus
conhece cada uma delas. Assim, preciso obedecer e confiar meus planos ao Senhor,
pois meus planos são limitados aquilo que conheço e a experiência que tenho,
porém, os planos do Senhor são eternos. Enquanto vejo apenas o esta na minha
frente, Deus revela e mostra aquilo que ainda está por vir (veja Atos 9.15-16 e
compare com Atos 20.22-24).
Desta
forma, tenho plena convicção de que Deus me chamou para o ministério e as
dúvidas são resultado da minha insegurança, o que me revela a minha fraqueza
diante das circunstâncias e minha constante necessidade de viver na dependência
do Senhor – “A minha Graça te basta”, e isso é mais do que suficiente.
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