sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A convicção do chamado – o desabafo de um pastor (2Timóteo 1.12)

Durante a semana, durante as minhas devocionais, estive refletindo sobre o chamado de Deus para o ministério, em particular o meu chamado. E, como disse, a princípio havia muitas dúvidas em meu coração sobre o fato de ter sido chamado por Deus, ou simplesmente, isto ser uma decisão minha. É difícil falar sobre isso, pois a convicção de ter sido escolhido por Deus para o ministério é algo que se dá no mais profundo do ser, ou seja, é muito subjetivo. É preciso compreender que a vocação pastoral possui algumas características particulares em relação a escolha de um trabalho:
“Primeiramente Deus é quem chama, quem desafia o ser humano ao cumprimento da sua vontade, dessa forma entende-se o “chamado” como aquilo que opera essa vontade na história. O outro elemento importante neste processo é o ser humano, que é tocado pela presença da divindade, fazendo-o entender a sua vontade e levando-o ao cumprimento de uma missão.” (Wagner Buteseke)  
Os pastores precisam ter a certeza do plano de Deus para suas vidas. Esse plano se revela através do chamado para o ministério. Essa convicção ultrapassa o âmbito da escolha profissional; não é uma escolha baseada em um teste vocacional, mas é o reconhecimento de uma missão dada por Deus. A convicção de que o pastor foi chamado por Deus, e que isto não é fruto apenas de sua própria vontade, baseada em sentimentos que muitas vezes pode deixa-lo na dúvida de que está não foi uma escolha sua, é o que o mantém no ministério apesar das muitas dificuldades (BUTESEKE).
Diante disto, tenho plena convicção de que Deus sempre esteve dirigindo minha vida. Como disse, anteriormente, ao olhar para minha história, vejo a mão do Senhor conduzindo cada processo, cada decisão (por mais confusa que possa ter parecido no momento para mim) para que chegasse até aqui. Como disse o apóstolo Paulo – “Mas pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não foi vã.”
Sou grato ao Senhor, pela sua escolha soberana, sei que nesta jornada tenho muito que aprender; como Jeremias disse: “Ah! Senhor Deus! Não sei falar; não passo de uma criança.” E Salomão quando assumiu o trono: “Portanto, dá ao teu servo um coração entendido para julgar... para prudentemente discernir entre o bem e o mal.”
Deus criou uma grande variedade de serviços e realizações, nas quais encaixam-se as mais diversas vocações. O importante é ter certeza de estar fazendo o que Deus determinou (BUTESEKE).
Na vida podemos fazer muitos planos, mas o que prevalece é a vontade de Deus. Sujeitar-se a esta vontade é o começo para não desistir do trabalho que Deus tem preparado para nós. Há muitas motivações no coração do homem, mas Deus conhece cada uma delas. Assim, preciso obedecer e confiar meus planos ao Senhor, pois meus planos são limitados aquilo que conheço e a experiência que tenho, porém, os planos do Senhor são eternos. Enquanto vejo apenas o esta na minha frente, Deus revela e mostra aquilo que ainda está por vir (veja Atos 9.15-16 e compare com Atos 20.22-24).
Desta forma, tenho plena convicção de que Deus me chamou para o ministério e as dúvidas são resultado da minha insegurança, o que me revela a minha fraqueza diante das circunstâncias e minha constante necessidade de viver na dependência do Senhor – “A minha Graça te basta”, e isso é mais do que suficiente.

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