Certo dia perguntaram ao famoso pregador Charles
Haddon Spurgeon qual era o maior desafio do ministério pastoral. Spurgeon fez
uma longa pausa e então respondeu: ‘o
maior desafio do pastor é ser pastor.’
Nesta
manhã de terça feira, 12 de novembro de 2019, meus pensamentos me levaram a
refletir sobre uma importante decisão a tomar. Desde a minha conversão no ano
de 1996, aos 17 anos, quando Deus pela sua Graça e Misericórdia concedeu-me a
compreensão de sua Palavra, compreendi que precisava mudar. A princípio, a
minha vontade de aprender e conhecer é o que me levou a buscar saber ainda mais
sobre a Bíblia. Sempre fui uma pessoa religiosa, sempre quis entender a ideia
de que nada neste mundo é por acaso, e que a minha vida tem um propósito maior
do que simplesmente viver. Descobri que fui criado por Deus para o propósito de
glorificar o seu nome e que Ele quer usar a minha vida para cumprir com seus
planos. Porém, ainda havia muitas dúvidas em meu coração. Sempre fui uma pessoa
ponderada e conservadora, nunca fui de arriscar, sair do convencional. Mas, ao
longo de minha trajetória de vida cristã, Deus foi mostrando que andar com Ele,
é viver pela fé. E a fé é algo que muitas vezes não compreendemos, pois ela nos
instiga a crer apesar das evidências e circunstâncias, principalmente a que nos
são contrárias. Se não fosse assim, não seria fé. Durante minha busca pelo
conhecimento de Deus, entendo que Ele revelou seu propósito para mim. No início
foi difícil, pois em meu coração perguntava se era uma escolha minha ou se Deus
estava direcionado a minha vida. Olhando para trás, percebo que Deus sempre
esteve no controle dirigindo minha vida. “Não fostes vós que mês escolhestes, mas fui
eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça.” (Jo 15.16) Os trabalhos, as pessoas, as igrejas, os
pastores, tudo estava me levando para o caminho de que Deus me chamou para o
ministério. Ainda pesa em meu coração, dúvidas, mas creio que elas são frutos
da minha insegurança, por ser uma pessoa ponderada e conservadora, que tem medo
de arriscar, de sair do convencional. Assim, refletindo nesta manhã sobre a
vida de um homem, escolhido e chamado por Deus para ser o maior proclamador,
teólogo, pastor e missionário, penso que não há mais o que ficar se
questionando. Estou falando do apóstolo Paulo, antes conhecido como Saulo,
perseguidor da igreja, que no seu zelo e conhecimento, ainda que cego
espiritualmente, achava que estava cumprindo uma ordem de Deus. Porém, diante
da revelação que lhe foi dada, ele então, foi buscar o entendimento do que Deus
tinha pra sua vida. Para mim, os desafios continuam, tenho plena certeza do que
Deus quer da minha vida, só preciso exercitar a minha fé, como até agora, Deus
tem me levado a fazer. Só peço ao Senhor que me ajude a descansar nos seus
braços, pois sei que “ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, o
Senhor vai estar comigo”. Sendo que ele
não me deixou sozinho nesta caminhada, há família, pessoas, amigos, pastores e uma fiel
esposa que Ele colocou ao meu lado para me auxiliar no trabalho que me tem
dado.
Sou
grato ao Senhor, pois sei que não mereço tanto amor. Minha gratidão a todos que
tem me apoiado e ajudado nas horas de necessidades, sei que Deus “não se
esquecerá da vossa obra, e do amor que para com seu nome mostrastes, pois
servistes e ainda servis aos santos”.
O
que me dá esperança é que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem
a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.
Obrigado,
e que o Senhor abençoe a todos!
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