terça-feira, 12 de novembro de 2019

A insegurança diante do chamado – o desabafo de um pastor (At 9.1-19)

Certo dia perguntaram ao famoso pregador Charles Haddon Spurgeon qual era o maior desafio do ministério pastoral. Spurgeon fez uma longa pausa e então respondeu: ‘o maior desafio do pastor é ser pastor.’
Nesta manhã de terça feira, 12 de novembro de 2019, meus pensamentos me levaram a refletir sobre uma importante decisão a tomar. Desde a minha conversão no ano de 1996, aos 17 anos, quando Deus pela sua Graça e Misericórdia concedeu-me a compreensão de sua Palavra, compreendi que precisava mudar. A princípio, a minha vontade de aprender e conhecer é o que me levou a buscar saber ainda mais sobre a Bíblia. Sempre fui uma pessoa religiosa, sempre quis entender a ideia de que nada neste mundo é por acaso, e que a minha vida tem um propósito maior do que simplesmente viver. Descobri que fui criado por Deus para o propósito de glorificar o seu nome e que Ele quer usar a minha vida para cumprir com seus planos. Porém, ainda havia muitas dúvidas em meu coração. Sempre fui uma pessoa ponderada e conservadora, nunca fui de arriscar, sair do convencional. Mas, ao longo de minha trajetória de vida cristã, Deus foi mostrando que andar com Ele, é viver pela fé. E a fé é algo que muitas vezes não compreendemos, pois ela nos instiga a crer apesar das evidências e circunstâncias, principalmente a que nos são contrárias. Se não fosse assim, não seria fé. Durante minha busca pelo conhecimento de Deus, entendo que Ele revelou seu propósito para mim. No início foi difícil, pois em meu coração perguntava se era uma escolha minha ou se Deus estava direcionado a minha vida. Olhando para trás, percebo que Deus sempre esteve no controle dirigindo minha vida. “Não fostes vós que mês escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15.16) Os trabalhos, as pessoas, as igrejas, os pastores, tudo estava me levando para o caminho de que Deus me chamou para o ministério. Ainda pesa em meu coração, dúvidas, mas creio que elas são frutos da minha insegurança, por ser uma pessoa ponderada e conservadora, que tem medo de arriscar, de sair do convencional. Assim, refletindo nesta manhã sobre a vida de um homem, escolhido e chamado por Deus para ser o maior proclamador, teólogo, pastor e missionário, penso que não há mais o que ficar se questionando. Estou falando do apóstolo Paulo, antes conhecido como Saulo, perseguidor da igreja, que no seu zelo e conhecimento, ainda que cego espiritualmente, achava que estava cumprindo uma ordem de Deus. Porém, diante da revelação que lhe foi dada, ele então, foi buscar o entendimento do que Deus tinha pra sua vida. Para mim, os desafios continuam, tenho plena certeza do que Deus quer da minha vida, só preciso exercitar a minha fé, como até agora, Deus tem me levado a fazer. Só peço ao Senhor que me ajude a descansar nos seus braços, pois sei que “ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, o Senhor vai estar comigo”.  Sendo que ele não me deixou sozinho nesta caminhada, há família, pessoas, amigos, pastores e uma fiel esposa que Ele colocou ao meu lado para me auxiliar no trabalho que me tem dado.
Sou grato ao Senhor, pois sei que não mereço tanto amor. Minha gratidão a todos que tem me apoiado e ajudado nas horas de necessidades, sei que Deus “não se esquecerá da vossa obra, e do amor que para com seu nome mostrastes, pois servistes e ainda servis aos santos”.
O que me dá esperança é que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.
Obrigado, e que o Senhor abençoe a todos!  

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