quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Adeus Ano Velho, Feliz Ano novo - Filipenses 3.13-14


Mais um ano que está se findando e logo irá começar outro.... nessa época é muito comum fazer uma retrospectiva do ano que passou...rever os erros e acertos...projetos finalizados e outros que foram deixados de lado...é tempo de expectativas diante de novos desafios que virão pela frente...é tempo de fazer promessas e ver as que você cumpriu e as que deixou de lado...é tempo de dizer adeus ano velho, feliz ano novo.

Escrevendo aos Filipenses o apóstolo Paulo nos deixa um princípio de como devemos proceder com o nosso passado... *"Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus."* (Fp 3.13-14). Não temos permissão para mudar o passado, mas não precisamos condenar nosso futuro por causa dele.

Somos ministrados diariamente na Palavra de Deus a renovar nossa esperança naquele que é o Autor da História e está escrevendo cada linha no Seu livro. Ao olhar para trás, devemos fazer como o profeta Jeremias: *“Quero trazer a memória aquilo que me dá esperança.”*

Diante de um passado que já foi com tantas lutas e adversidades, mas também com muitas conquistas e vitórias, tenha sempre em mente que *“todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito.”*

Eis a palavra-chave: *PROPÓSITO*! Significa aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito. O apóstolo Paulo tinha um propósito: *“conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou. Quero sofrer com ele, participando de sua morte, para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dos mortos!”* (Filipenses 3:10,11). Eis a razão de viver e o fato de estarmos aqui. Todo projeto, sonho, meta, alvo, objetivo, propósito só ganha significado real quando se tem em mente a verdadeira razão da nossa vida: ser como Cristo. O que você espera do ano de 2022? Quais são suas metas, que promessa pretende fazer?

Nada disso terá significado se não colocar Deus em primeiro lugar. Seu relacionamento deve glorificar a Deus, seu trabalho é realizado para a glória de Deus, seus estudos devem levá-lo a crescer e viver para Deus, *“tudo que fizer ou disser, faça em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus, o Pai, por meio dele.* (Colossenses 3:17)

Nessa caminhada precisamos do apoio de pessoas que tenham como objetivo prosseguir conquistar a perfeição para a qual Cristo Jesus nos conquistou. (Filipenses 3:12). Cada passo deve nos levar a alcançar a unidade que a fé e o conhecimento do Filho de Deus produzem e amadurecer, chegando à completa medida da estatura de Cristo. (Efésios 4:13)

A chave para isso é compromisso, assumir a responsabilidade de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça, e no mais Deus irá acrescentar nos ensinando a confiar e depender única e exclusivamente dEle, *“pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia."*(Mateus 6:34) Então, *”entregue seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele o ajudará.”* (Salmos 37:5)....e que venha 2022!

terça-feira, 2 de novembro de 2021

A Morte é um dia que vale a pena viver - Filipenses 1.21


Desde que foi decretado a Pandemia em 11 de março de 2020 um fato muito comum passou a ser vivido pela maioria das pessoas de forma mais intensa –
A MORTE. Como lidar com ela, como superar a dor de uma perda diante de algo que para muitos ainda é desconhecido?  
Neste dia muitos vão aos cemitérios para prestar suas homenagens aqueles que partiram, e depois de um período como esse, o número deverá ser ainda maior.  Mesmo para aqueles que tem esperança diante do inevitável, a morte ainda é algo difícil para se lidar.

 Ana Claudia Quintana Arantes, formada em medicina, sócia-fundadora e vice-presidente da Associação Casa do Cuidar, Prática e Ensino em Cuidados Paliativos e ministra aulas nos cursos de formação multiprofissional e em Congressos Brasileiros. Autora de um dos livros mais recomendados na atualidade “A Morte é um dia que vale a pena viver”, participou da conferência internacional TEDx, em que falou sobre os desafios de aliviar a dor e o sofrimento de doentes e familiares diante do inevitável.

Para ela é preciso desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida, na verdade a morte é uma ponte para a vida. Bem, neste sentido o autor de Eclesiastes tinha razão quando disse: “Melhor é ir à casa onde há luto, pois ali se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.”

Na Bíblia, na Carta de Paulo aos Filipenses, esse apóstolo diante da expectativa de sua morte, expressa o fato de que o significado de sua vida estava em Cristo e na mensagem que ele proclamava (Fp 1.18,20). Mas, como pode alguém dizer que na morte existe algum benefício?

Se olharmos apenas para o momento da partida não iremos desfrutar a chegada. Para o apóstolo, a morte era apenas o início de uma vida que não teria mais fim. Há um desejo no coração humano de perpetuar a vida, de encontrar sentido para a sua existência – este sentido, essa razão só podem ser encontrados em Cristo. A eternidade é o resultado final para aqueles que tem sua esperança firmada em Cristo. Apesar da sua convicção de saber para onde iria depois de sua morte, o apóstolo tinha o desejo de ficar, mas não porque tinha algo a mais para conquistar nessa vida, ou pelo medo do que viria do outro lado. Porém, o desejo de viver não por si mesmo, mas por aqueles aos que, vivendo, pode continuar ajudando e servindo (Fp 1.24). Parte da grandeza espiritual é conhecer a Cristo intima e pessoalmente para estar com ele. Mas grandeza espiritual também inclui ser totalmente comprometido com o avanço do Reino e servir a Cristo na terra.

A morte para os que estão em Cristo é lucro (Fp 1.21). No entanto, ainda temos um trabalho a fazer aqui (Fp 1.22). Estamos no mundo como embaixadores de Deus, como ministros da reconciliação, como cooperadores de Deus. Andar com Deus e fazer a Sua obra é a razão de ainda continuarmos neste mundo. O verdadeiro cristão sabe que na vida, Cristo está com ele; na morte, ele está com Cristo. Na vida, ele realiza a obra de Cristo; na morte, Deus finaliza sua obra em Cristo (Fp 1.6).

A esperança do crente é estar com Cristo por toda a eternidade, e partir para estar com Ele é onde começa nossa experiência de ser glorificado. Ao partirmos não andaremos mais pela fé, mas pela visão. Passaremos a conhecer Deus, assim como nós somos conhecidos dEle (1Co 13.12). Todos nós esperamos chegar ao fim de nossa vida e ter encontrado significado em tudo que fizemos, ou pelo menos ter o prazer de olhar e ver que deixamos um legado, uma marca neste mundo. Porém, nenhum de nós está realmente preparado para este momento, sempre vai faltar alguma coisa, sempre vai ter alguma pendência que deixamos. Se continuarmos a olhar para a morte apenas como o fim da vida, sempre existirá a expectativa de algo que ficou faltando fazer. Mas, se compreendermos que a morte não é o fim, mas o início de uma nova vida, então, saberemos lidar melhor com ela quando chegar.

Saber chegar ao fim da vida e ter vivido uma vida feliz, e felicidade aqui, não tem a ver com ter tido uma boa vida, mas em saber que você viveu para o propósito pelo qual Deus te criou. Muitos pensam que felicidade envolve apenas alegria e prazer, mas a verdade é que o estado pleno de felicidade é alcançado quando mesmo nas situações mais difíceis da vida, os momentos tensos que passamos, as dores que enfrentamos, as cicatrizes que carregamos, nos fizeram mais fortes. Mas, não porque há força em nós, mas sim, porque entendemos que a nossa força vem de Deus, a razão da nossa existência encontra-se nEle, o propósito pelo qual fomos criados está nEle (Rm 11.33).

domingo, 8 de agosto de 2021

Uma questão de Paternidade

Uma das figuras que a Bíblia nos revela sobre Deus, é a figura de PAI. Infelizmente vivemos em tempos em que essa figura não tem o mesmo peso e a mesma autoridade que se tinha antes. Por culpa de maus exemplos de homens pecadores que vivem em seu orgulho e vaidade, e não entendem a responsabilidade e o privilégio do que é ser pai. Contudo, precisamos olhar para o fundamento e o padrão que foi estabelecido pelo Senhor na sua Palavra sobre o significado de ser PAI.

A Paternidade de Deus é uma verdade que consola, conforta, encoraja e fortalece o nosso coração e a nossa mente.  Em toda Escritura, a suficiente Palavra de Deus, está verdade é recorrente. Deus é um Pai cujo amor excede infinitamente o amor de qualquer um. A sua Paternidade se conhece pela manifestação do seu amor. O amor que cria, salva, santifica e glorifica ao que crê. Que também corrige com firmeza e zelo (Hb 12.6). O amor de Pai encorajador, pois “Ele dá força ao cansado e fortalece o que não tem vigor.” Nós temos um Pai de Amor, de amor extravagante, incomparável, que perdoa, recebe, se alegra sobremaneira com a vida de seus filhos que o buscam e o temem. O amor de um Pai que procura, que atrai no Seu próprio amor. Este maravilhoso Pai faz festa, pois há celebração no céu quando um pecador, uma criatura se torna filho (Lc 15.7). A Sua natureza é salvar. Ele é o Autor da salvação. 

Nós temos um Pai que é vivo e verdadeiro. Um Pai que no amor de seu Filho revelou toda sua graça, verdade, bondade e misericórdia. O Pai que revelou no Filho toda a verdade do evangelho que sempre foi um contraponto à mentira e hipocrisia da religião sistemática, preconceituosa e escravizadora, representada pelos religiosos judeus. Deus, o Pai, revelou a exatidão de Sua Pessoa no ministério do Filho. Podemos testemunhar a verdade absoluta por meio da fé.  A verdade nos leva a conhecer o verdadeiro Deus e Pai das misericórdias.

Temos em Deus um Pai que é santo, nEle não há falha nenhuma, nenhum pecado, apenas a verdade, a pura e simples verdade, por essa razão, podemos confiar e se deleitar na sua Presença. Devemos sempre olhar para o nosso Pai através do Filho pela revelação das Escrituras. Um Pai que nos chama a viver uma vida de santidade e que reflita toda Sua glória e majestade. O nosso Pai não aceita a periferia, mas a centralidade em nossas vidas. Ele deve ser sempre a prioridade. 

Temos um Pai que nos torna em seu Filho pela fé, filhos adotivos da sua família. Que nos dá o privilégio de podermos chamá-lo de Abba Pai, que significa Paizinho, um termo que denota intimidade e reconhecimento de quem Ele realmente é: Deus PAI. A paternidade de Deus nos traz segurança. Jesus se referia ao Pai com muita ternura: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).  

A paternidade de Deus foi perdida no Éden, mas reconquistada na cruz e na ressurreição pela Pessoa de Jesus Cristo. Os que estão em Cristo são do Pai por direito de criação e por direito de redenção. O nosso Pai é cheio de graça e de verdade. Como filhos desse Pai, devemos sempre ser obedientes e, acima de tudo, glorificá-lO. 

 Extraído e adaptado de Oswald Jacob

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Vazio na alma

 

O vazio da alma é o nome da escultura do artista romeno Albert Gyorgy que, para expressar o sofrimento e a solidão humana, projetou um homem sozinho, com a cabeça baixa e um enorme buraco no lugar de seu peito.

Há um buraco no coração de todas as pessoas – um vazio na alma profundo que grita para ser preenchido. 

Uma vez ouvi que o vazio do nosso coração é do tamanho de Deus. E isso é uma grande verdade! Não adianta você tentar preencher esse vazio com amizades, relacionamentos, drogas, bebidas, sexo, nada pode preencher esse vazio!

Uma certa mulher que, sentia este vazio na alma, ela tinha sede. Decidiu buscar sacia-la em coisas fúteis do mundo…

O “mundo” é como um “poço d’ água“, era o lugar que ela ia para satisfazer suas necessidades.  Mas isso nunca foi suficiente; todos os dias ela voltava para mais. Num determinado dia, carregando consigo uma jarra funda ela voltou ao poço para pegar água. A mulher levantou os olhos e ouviu uma voz, era a voz de Jesus. Jesus lhe pede da água deste poço, porém, a mulher estranha que alguém como ele conversasse com ela. No decorrer da conversa Ele oferece-lhe algo diferente para matar a sede desta mulher:  água viva

Ao contrário da água que ela veio buscar naquele dia, Cristo disse que a água viva a satisfaria tão profundamente que nunca mais teria sede.

Disse a mulher: “O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? João 4:11.  

O que ela não percebeu foi que Jesus queria satisfazer uma sede mais profunda em seu coração – um desejo havia em seu coração que somente poderia ser preenchido por Ele: a Única Fonte que poderia satisfazer o vazio na alma.

Na verdade, a ideia de que  ‘o poço é profundo’, revela a profundidade que existe no coração do ser humano

Assim como a mulher do poço, quem sabe hoje você está dependendo de outros meios para preencher e satisfazer suas necessidades, você também sente este vazio na sua alma…

Muitos pulam de aventura em aventura, buscando sua próxima “solução“. Mas o problema é que isto é um ciclo sem fim, porque somente Deus pode preencher o vazio.

Entenda quando tentamos fazer com que as coisas nesta vida preencham o vazio na alma que sentimos, com coisas que não são Deus, essas coisas se tornam ídolos. E você acaba por ficar dependente deste “ídolo”.

Muitas dessas “outras” coisas não estão erradas em si mesmas. Somos livres para apreciá-las em seu devido lugar, mas qualquer coisa em nossas vidas que receba a devoção que somente Deus merece se torna um ídolo. 

Até as pessoas maravilhosas em nossas vidas podem se tornar ídolos. 

Mas saiba que, nada e nem ninguém pode preencher este seu vazio na alma. Por quê? Porque os lugares vazios em nossos corações foram criados para serem preenchidos somente por Deus. Somente em um relacionamento contínuo com Deus encontraremos a paz, intimidade, perdão e alegria finais que nossos corações desejam.

Deus conectou cada um de nós com um vazio que somente Ele pode preencher. Veja o que o autor de Eclesiastes diz:

“Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também colocou no coração do homem o desejo profundo pela eternidade; contudo, o ser humano não consegue perceber completamente o que Deus realizou.” (Ec 3.11)

Sabe o que isso significa?

  • Se você se libertar da escravidão dos vícios, mas preencher esse vazio com qualquer coisa, menos Jesus, outra escravidão a substituirá.
  • Se você se libertar de uma dependência emocional, mas ignorar um relacionamento com o Senhor, outro vício tomará seu lugar.
  • Mesmo que você lute com uma existência vazia e sem sentido, comprando outro barco, pegando outro emprego e arranjando outro relacionamento não preencherá o vazio.

O preenchimento do vazio começa, é claro, com fé em Deus.

Mas ‘confiar em Deus’ não elimina o vazio em nossas vidas. É necessário estar conectado!

Ou seja, imagine que você está tentando acessar a internet em seu Smartphone, mas infelizmente não tem créditos para acessar a internet. Então resolve visitar um amigo que possui WiFi em casa…

Certamente isto resolveria seu problema de acesso à internet. Mas, aí que está o pulo do gato, do que adianta estar na casa com WiFi, se você não está conectado ao WiFi?

Não basta simplesmente dizer “eu confio…”, você deve estar conectado a Cristo diariamente, 24 horas.

  • Deus preenche o vazio com um propósito: viver para a glória de Deus que morreu por você (2 Coríntios 5:15). Nosso objetivo é A glória de Deus.
  • Isso significa que não corremos atrás do que o mundo faz – mas buscamos primeiro Seu reino e Sua justiça (Mateus 6:33).

Em tudo que fizer, tenha como foco Cristo, todos os dias conecte-se via oração. Eu duvido você colocar essas simples atitudes em pratica, e Deus não preencher este vazio na alma.

 

Texto extraído e adaptado

 


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Uma Palavra de esperança em meio ao caos

 Tem dias que dá vontade de jogar tudo pro ar. Dias em que ao olhar ao redor o mundo parece desabar sobre sua cabeça. Muitas vezes fico pensando no que o apóstolo Paulo disse ao declarar que partir e estar com o Senhor é incomparavelmente melhor. Esse mundo jaz no maligno e tudo o que acontece só vem para comprovar isso. Dias em que a gente tenta admirar a beleza das coisas criadas e recebemos notícias tão assustadoras e aterrorizantes que parece que nada mais tem beleza. O cantar dos pássaros, a beleza das flores e o iluminar do sol  perdem todo o encanto diante de tamanha crueldade, maldade e sofrimento. É tanta pobreza, fome, desgraça, desamor e morte que até assusta – Deus que mundo é este?

A tortura daqueles que são incapazes de se defender. A imponência diante de tanta corrupção e violência. Sinto como se minhas as mãos estivessem atadas diante do mal agindo. Quando caímos, não dá nem vontade de levantar. A vontade, aliás, é de fechar os olhos e muitas vezes ignorar, conforme diz o escritor bíblico: quanto mais sabemos, mais triste somos (Eclesiastes 1.18).

Em meus pensamentos grito: ATÉ QUANDO? Até quando Senhor … Estou como Habacuque. Grito ao Senhor “violência!”, mas Ele parece surdo. Parece que Deus não ouve mais minhas orações. Quanto mais eu oro, mais aumenta o caos, a dor e o sofrimento. Quando a dor é causada por mim, compreendo. É minha culpa, minha responsabilidade em consertar e buscar perdão. Mas, quando não vem de mim. Quando eu não tive culpa, quando não tive sequer conhecimento, e então? Até que ponto eu posso ajudar, Senhor? Sinceramente, eu não sei o que fazer.

Assim, me fecho em meus sentimentos de lamúria e indignação. Isso até me ajuda a ver melhor, pois, enquanto eu olho ao redor eu me assusto e vejo toda essa escuridão que consome alguns – não todos. Mas, quando olho para dentro, vejo que a escuridão também faz parte de mim, vejo um vazio profundo que tenta entender este mundo. Percebo que em mim há também muita sujeira. Meu pecado pode não refletir como o de outros. Eu posso não ter ferido a ninguém fisicamente. Não acho que teria coragem de matar. Mas, já apunhalei com palavras. Já senti o calor do ódio no coração. Já tive vontade de gritar, de abominar, de ferir com berros.

O pecado existe em mim e se manifesta de outras formas… Mas, descubro que está lá. Aterrorizante e profundo e tão condenável quanto o de qualquer outro. E o meu fim, bem não será muito diferente deles (Eclesiastes 2.16-17). Com todas as minhas malícias, dores e pecados, só existe um destino - à condenação eterna, ao fogo que nunca diz basta.

Porém, no fim de tudo isso vejo uma luz. Vejo a Luz (João 8.12). Se não fosse por essa Luz que ao mesmo tempo nos cega, mas logo nos faz ver uma nova realidade, eu já teria desistido. Com um olhar pessimista não conseguiria ir em frente, se não fosse essa Mão tão poderosa que continua regendo tudo. Do Seu trono Ele vê tudo. E Ele julga.

Como o profeta Habacuque, recebo uma resposta: Ele vem. Em meio à tristeza, em meio à angústia, Ele vem. Ainda que pareça demorar e pareça atrasado, Ele vem, Ele considera e Ele vem. Vem com paz, vem com alegria, vem com beleza. Quando tudo cai, Ele traz bálsamo que cura. Ele é o próprio bálsamo que cura.

Tá doendo? Sim. Ainda confuso? Sim. Mas, o desespero vai embora. O medo vai embora. A vontade de desistir vai embora. Diante de tudo só posso me prostrar, me humilhar e confessar: “Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia.” (Habacuque 3:2)

Bem, esse texto revela o que e como está meu coração. Espero que edifique sua vida e você possa descobrir, mesmo em meio a esse turbilhão de coisas acontecendo: morte, desgraça, violência, corrupção  o que nos mantém de pé e nos ajuda a caminhar com esperança, e assim fazer está oração:

Ainda que a figueira não floresça e não haja frutos nas videiras, ainda que a colheita de azeitonas não dê em nada e os campos fiquem vazios e improdutivos, ainda que os rebanhos morram nos campos e os currais fiquem vazios, mesmo assim me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus de minha salvação! O Senhor Soberano é minha força! Ele torna meus pés firmes como os da corça, para que eu possa andar em lugares altos. (Habacuque 3:17-19)

Extraído e adaptado

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

Debaixo da Proteção de Deus – Salmo 91

 Não são muitos os que se utilizam deste salmo como se fosse uma espécie de amuleto de proteção. Você provavelmente já deve ter visto em algum lugar uma Bíblia aberta neste salmo, possivelmente até empoeirada pelo tempo que está ali. Verdade é que, de nada adianta você ter uma Bíblia aberta no salmo 91 se não entender a verdadeira essência do seu significado. Sendo usado desta forma, ele não passará de um objeto de crendice popular que hipoteticamente traz proteção a vida da pessoa.

A estrutura deste Salmo no texto hebraico é muito evidente e fácil de se reconhecer. Os versículos 1 e 2 apresentam um fato: Aquele que se esconde em Deus faz declarações de confiança ao próprio Deus. O restante do Salmo apresenta 4 argumentos pelos quais essa é uma verdade: 3-8; 9-10; 11-13 e 14-16. No texto hebraico, cada uma dessas seções começa com a conjunção ki, que neste caso significa “pois, porque”, apresentando, assim, as razões, os fundamentos para a afirmação dos versículos 1 e 2. Infelizmente algumas traduções em português omitem essa conjunção que é fundamental para compreender a estrutura deste salmo.

V.1 - O Salmista está declarando a sua confiança em Deus e ensinando os seus ouvintes a fazer o mesmo, pois vale a pena fazê-lo.

V.3-8: Esse Salmo é usado por muitos como uma promessa garantida contra todo o tipo de mal. Esse Salmo contém promessas? Tenho certeza que sim. Mas as promessas que têm, precisam ser colocadas no contexto de toda a história da redenção. No momento que abrange o período do Antigo Testamento e no momento em que vivemos agora, do já e ainda não, as promessas desse Salmo se cumprem parcialmente. Às vezes Deus livra os seus servos milagrosamente, em outras Ele permite que eles sofram e sejam martirizados, garantindo-lhes as promessas deste Salmo para depois da morte. O livramento maior que nos foi dado pelo Senhor, não está no fato de que não sofreremos com as adversidades deste mundo, pois o próprio Jesus nos diz que neste mundo teremos aflições. Mas, a uma certeza na vida daquele que crê e confia no Senhor e nas suas Promessas: Jesus, também diz: tende bom ânimo, eu venci o mundo! E, em Cristo, nós também somos mais que vencedores e nada pode nos separar do seu amor. Este é o consolo maior que temos da parte de Deus, de que um dia Ele enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Apocalipse 21:4) - Certamente, ao final, Deus vai livrar aqueles que se abrigam nele.

V.9-10: Esses versículos não apresentam uma razão nova, mas resumem o que o Salmo apresentou até aqui – Deus é refúgio para aqueles que se abrigam nEle, que confiam na sua providência. O tema de Deus como refúgio, esconderijo, torre forte, escudo, habitação, ou seja, protetor, aparece em todo o Salmo. Revelando a total segurança daquele que confia no Senhor e na sua Palavra.

V. 11-13: Aqui o texto apresenta uma nova razão do porquê aquele que abriga no esconderijo de Deus pode declarar a sua confiança em Deus. A razão é que Deus usa anjos para cuidar daqueles que lhe pertencem. Não estou aqui, é claro, dizendo que você tem um anjo da guarda protetor específico em sua vida como ensinam alguns místicos, e que se você orar para o seu anjo da guarda ele vai te livrar. O livramento vem do Senhor e aqueles que nEle têm essa confiança, anjos de Deus o guardam e livram do mal (Sl 34.6-8). Os anjos são chamados de “espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hebreus 1.14). Deus é louvado por conceder livramento, em resposta às preces de Seu povo. A ideia dos anjos trazer o livramento revela a sensação de Deus nos rodeando ou pairando sobre nós, portanto, não há o que temer — até mesmo nas situações causadoras de maior desespero. 

V.14-16: A última razão que o Salmo apresenta é diferente, pois nela, o próprio Deus é quem fala em primeira pessoa. É algo comum no livro de Salmos, Deus se manifestar e falar ao coração do salmista, trazendo-lhe conforto e direção para sua vida. Nesses versículos é o próprio Deus quem promete libertação, resposta, sua presença na angústia (o que deixa claro que o fiel passará por angústias), glorificação, longevidade e salvação!

Como podemos ver, este salmo mostra a ação protetora de Deus em diferentes ocasiões. Muitos têm alimentado sua fé e educado suas mentes contra medos nada razoáveis e inúteis decorando e repetindo frequentemente este salmo como se isso fosse de algum proveito. Quero que você entenda que este salmo não contém “palavras mágicas” que produzem efeito por si só. Mas, dentro de um relacionamento pessoal com Deus, o fortalecimento da fé que a leitura dele (e da Bíblia em geral) pode produzir, além de nos tranquilizar e dar segurança, abre caminho para que o poder protetor de Deus se manifeste em nossas vidas. A segurança provém de uma busca pessoal por Deus, por um relacionamento debaixo da proteção dele (“A pessoa que habita, traz a ideia de alguém que faz do Senhor a sua morada, que procura segurança no Deus Altíssimo”), e não por alguma espécie de “feitiço” ou “talismã” (coisas que, na verdade, Deus detesta, veja Dt 18.9-12). Deus pessoalmente é onipotente, refúgio, baluarte, confiança e segurança. Ele é quem guarda, sustenta e livra.

É impossível acontecer qualquer mal àquele que pertence ao Senhor, as mais esmagadoras calamidades nada mais fazem do que encurtar nossa peregrinação  e nos aproximar mais do Senhor. As dificuldades são bênçãos numa forma oculta. As perdas nos enriquecem, a doença é um remédio, o desprezo do mundo é nossa glória, a morte a porta do céu.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas.” (2 Coríntios 4:17,18)


Extraído e adaptado

Uma chamada ao arrependimento – Jeremias 29.13-14

 Cerca de 600 anos a.C., o profeta Jeremias fica sabendo que alguns falsos profetas na Babilônia enganavam os exilados que lá viviam com a mensagem de que muito em breve eles retornariam a Jerusalém. Jeremias sabia que este rápido retorno não ocorreria, pois o Senhor já lhe havia mostrado que 70 anos passariam até que Deus iniciasse o processo da volta do seu povo à terra de onde haviam sido levados à escravidão por Nabucodonosor(Jr 25:11). Em resposta a este perturbador evento Jeremias escreve cartas aos anciãos, sacerdotes e demais exilados os exortando que se preparem para uma longa estadia na Babilônia (Jr 29.4-6).

Notemos que a revelação dada ao profeta não foi a de que o que ocorreu com Israel foi algo inesperado e nem que Nabucodonosor agiu por conta própria, mas sim que foi o próprio Senhor quem estava por trás do ocorrido. De fato, três vezes em Jeremias o Senhor se refere ao rei babilônico não como um inimigo, mas sim como um dos seus servos (Jeremias 25:927:643:10).

Em tudo isso, podemos destacar a preservação da nação de Israel durante o cativeiro como o principal motivo que o Senhor instruiu o seu profeta a se comunicar com o povo, encorajando-os a manterem uma vida normal, ainda que em uma terra estranha.  De milhões de pessoas no seu auge, a nação de Israel havia sido reduzida a poucos milhares nos dias do profeta Jeremias (Jeremias 52:28).

Aqui vemos um princípio teológico de suma importância. Ao dizer aos cativos que: “na sua paz vós tereis paz”, o Senhor nos ensina que durante os períodos de provações na vida dos seus servos, devemos entender que o que está ocorrendo não é por acaso e que existe um plano em andamento. Dentro deste plano a nossa atitude deverá ser uma de adaptação, de procurar viver da maneira mais positiva possível, principalmente quando o plano de Deus já nos foi revelado, como foi o caso dos judeus durante os 70 anos de cativeiro. O apóstolo Paulo reflete este princípio quando escreveu: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre. Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade” (Fp 4:11-12).

Apesar de tudo o que fizeram; das várias vezes que se rebelaram contra o seu Deus; e apesar de todo o sofrimento que ainda teriam que passar em uma terra estranha, o Senhor informa que tempos melhores viriam. O que podemos aprender com isto? Podemos aplicar essa mensagem de amor divino para todo o cristão. O Senhor não se deixa encontrar quando o procuramos de uma forma superficial, ou apenas de boca para fora, mas apenas quando o procuramos de todo o coração (Jo 4.23-24).

Frequentemente as pessoas apenas procuram a Deus quando estão passando por momentos difíceis, mas assim que a situação melhora, Deus é deixado de lado e elas voltam a se interessar pelas coisas que há no mundo (1Jo 2:15). Este tipo de relacionamento, não impressiona a Deus, pois estas pessoas possuem uma mente e coração divididos (Tiago 4:8). Deus não se manifestará a elas, ainda que o procurem. Apenas quando o servo de Deus se humilha e apresenta ao Senhor um coração contrito (Salmos 51:17), disposto a obedecer tudo aquilo que sair dos Seus lábios, então certamente Deus se deixará encontrar.

v. 14: Neste verso, Deus revela algo fantástico sobre o seu relacionamento com aqueles que o temem e que o buscam. A frase “e serei achado de vós”, literalmente pode ser traduzida como “Eu me deixarei ser encontrado por vós”.

Provérbios cap. 8 fala da sabedoria, como alguém que está clamando para que a procurem e atentem para suas palavras e veja o resultado daqueles que a procuram de todo o seu coração: “Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia às minhas portas, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me acha, acha a vida e alcança favor do Senhor.” (Provérbios 8:34,35). Este verso 14 nos ensina que é o Senhor quem decide a quem ele ouvirá. Muitos entendem erroneamente que Deus ouve a todas as orações, independentemente da pessoa que a faz. Esta ideia errada soa como se Deus estivesse desesperado para conseguir seguidores, algo completamente distante da verdade que é a grandeza do Criador. Deus não precisa de nós, mas nós sim precisamos desesperadamente de Deus. Por esta razão minha palavra para você nesta tarde, é que você se arrependa de seus pecados, volte-se para Deus e ele se voltará para você. Clame, busque, façao possível e o impossível para se achegar a Deus, o Caminho ele já nos mostrou, e só existe um meio de nos aproximarmos de Deus, é através do seu Filho Jesus Cristo, o qual a si mesmo se ofereceu para nos dar vida e vida eterna, para nos dar esperança num mundo cheio de sofrimento e trevas.

“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55:6).

Extraído e adaptado

domingo, 21 de março de 2021

O processo do método de Estudo Bíblico - 2Timóteo 3.16-17

 

Você alguma vez já pilotou um avião? Creio que bem poucas pessoas possuem essa habilidade, mas imagine que você está num voo e o piloto resolve entregar a direção nas suas mãos, apenas te passando algumas orientações. Creio que, se você não for do tipo aventureiro, nem mesmo se atreverá a pilotar o avião. Pois bem, voar exige habilidades que levam tempo para se aprender e ainda assim, você precisará de algumas horas de voo para adquirir experiência. Caso contrário, você estará correndo um sério risco.

O estudo da Palavra de Deus não é diferente. Aprender a fazê-lo é um processo que não acontece da noite para o dia. Porém, existem muitos que não tem experiência nenhuma com a Palavra de Deus e já são até colocados como líderes, não me admira que existam tantos que abandonam a fé e pior levam outros a seguir por um caminho que não é Palavra de Deus. Vou aqui fazer uma revisão do processo de estudo bíblico. Mas, primeiro vamos definir o que um método de estudo bíblico envolve.

Comecemos definindo o termo. Quando se fala em método, isso significa que tem uma lógica a ser seguida, envolve dar certos passos numa ordem para garantir o resultado. Precisamos entender que o estudo bíblico pessoal tem um objetivo muito específico – a mudança de vida. Sendo assim, que processo levará a tal resultado? Como saber que você atingiu a sua meta? Deixe-me acrescentar uma segunda definição, o método tem a ver com a perspectiva de se tornar receptivo e reprodutivo. Isto significa que você pode não apenas ser transformado pelo estudo bíblico, mas irá impactar outras vidas para que sejam também. O estudo bíblico transforma sua vida e como resultado o mundo também. E uma terceira definição, é você passar a ter contato direto com a Palavra de Deus. Outras pessoas são importantes neste processo de aprendizagem, porém, ao se aplicar no estudo direto da Palavra, você terá a capacidade de poder ensinar a outros também e não ficará dependente de que alguém faça isso por você.

Existem 3 passos que você irá dar ao aplicar um método de estudo bíblico:

1º Passo - Observação: agora que você já viu a importância de ler, estudar e meditar na Palavra, os benefícios que isso trará para sua vida, bem como os custos envolvidos, você está pronto para iniciar o processo. Neste primeiro passo você irá responder a pergunta: O que estou vendo? Você precisa buscar 4 coisas:

Os Termos (palavras chaves dentro do texto, aquelas que se destacam, por exemplo, no evangelho de João a palavra que se destaca é a palavra crer). Estas palavras são os tijolos que constroem o significado.

A Estrutura: a Bíblia não é como um livro qualquer, pelo contrário, ela é uma biblioteca reunida num livro só. Histórias que foram unidas e formam um compêndio que revelam o propósito real pelo qual foram escritos (2 Tm 3.16-17). Neste ponto você precisa atentar-se a gramática e a estrutura literária.

A Forma Literária: você já deve ter visto a divisão da Bíblia nestas categorias (História, Profecia, Poesia, Cartas, Evangelhos). É importante que você entenda a forma literária do que está lendo, pois cada uma delas tem sua regra de interpretação, que por fim irá afetar a sua aplicação.

A Atmosfera: isto significa captar os cenários e sentimentos envolvidos no texto. Por exemplo, em Filipenses 4.4, o apóstolo Paulo diz que devemos nos alegrar no Senhor, mas você sabe qual era a situação dele quando escreveu isso? Aqui, você precisa exercitar sua imaginação, tentar transportar-se para o lugar e buscar sentir o que o autor estava expressando.

2º Passo - Interpretação: a observação leva a interpretação. Aqui você responde a pergunta: o que significa? Lembre-se, você está em busca do significado. Eis 3 coisas que você precisa fazer:

Perguntas: se você quer entender o texto, você precisa perguntar. Perguntas do tipo: quem, onde, quando, porque, para que, entre outras irão te ajudar a encontra o significado.

Respostas: se há perguntas, obviamente haverá respostas. Como disse, a observação te proverá dos tijolos para a construção do significado. Por isso, é importante agir como um detetive em busca de respostas na hora de observar o texto. Quanto mais tempo você observar, mais pistas irá colher para poder interpretar.

Integração: é importante fazer as perguntas que te tragam respostas, caso contrário, você ficará perdido numa colcha de retalhos. A integração é o estágio onde se reconstrói o significado de uma passagem após o desmanche para examinar os detalhes, é onde você junta o quebra cabeça e descobre a verdade.

3º Passo - Aplicação: na aplicação você irá responder a seguinte pergunta: o que isso tem a ver comigo, como funciona? Vamos considerar duas áreas:

Como funciona para mim: é fácil extrair da Bíblia lições para os outros, mas você precisa primeiro aplica-lo a sua vida, pois, que autoridade você terá para dizer aos outros o que você mesmo não prática?

Como funciona para outras pessoas: a Bíblia tem implicações para a vida das pessoas. Assim como ela pode transformar seu caráter, seu casamento, sua família, seu negócio, ela também pode transformar a vida de outras pessoas.

Bem eis a revisão do nosso processo de Estudo Bíblico:

Observação: o que vejo?

Interpretação: O que significa?

Aplicação: Como funciona?

Vamos começar a nossa jornada.

Extraído e adaptado do livro Vivendo na Palavra (Howard e Willian Hendricks) 

quinta-feira, 11 de março de 2021

Um preço que vale a pena pagar – 1Timóteo 4.15-16

 

Anteriormente falei sobre a importância de se ter um método no seu estudo bíblico. Lembrando que por método refiro-me a uma estratégia em que você tem os meios necessários para tornar o seu estudo mais produtivo e objetivo. Fiz referências aos benefícios de se ter um método de estudo bíblico.

Neste Post, vou lhe falar sobre os custos, ou seja, os que é necessário investir para tornar o seu estudo mais produtivo. As riquezas de Deus são gratuitas, pois não fizemos nada para que Ele nos abençoasse. Contudo, elas não são baratas, há um preço que já foi pago, neste sentido não há nenhum mérito nosso. Porém, desfrutar dessas bençãos em nossa vida, vai exigir de nós algumas coisas. Ao estudar a Bíblia, há muita expectativa envolvida, e para você não ficar frustrado com o resultado, você precisa desenvolver algumas atitudes:

Esforço: a Palavra de Deus não produz seu fruto para quem é preguiçoso. Como qualquer conquista nesta vida, é preciso ter disciplina. O estudo bíblico produz resultado proporcionalmente ao investimento que você faz. Quanto maior o investimento, maior a recompensa. Um dos investimentos que você precisa fazer está relacionado ao tempo – lembre-se: muitos arrumam a desculpa de dizer que não tem tempo. Aqui, volto a frisar que o problema é que priorizamos a agenda, quando deveríamos agendar as prioridades. Quando você começar a perceber e obter os resultados do seu investimento, com certeza você arrumará tempo para isso. Meu desejo é que o seu esforço seja produtivo para que p tempo se torne um preço que você esteja disposto a pagar à luz dos benefícios que você irá colher.

Conhecer e ter intimidade com Deus: o propósito máximo do estudo bíblico é o conhecimento de Deus. A questão é: você realmente quer conhecer Deus? Você busca isso com todo o seu coração? Se você fizer isso, pode ter certeza de que será recompensado, pois Deus mesmo promete na sua Palavra que se você o buscar de todo o seu coração, Ele se deixará ser achado, e também que, quem o acha, acha a vida, e alcança o favor do Senhor. Todos querem ser abençoados, mas será que estamos dispostos a buscar diariamente Aquele que nos abençoa?

Transformação de vida: a Bíblia não foi escrita para ser estudada apenas, mas para mudar nossas vidas. Mudança de vida é o que procuramos, mas o crescimento espiritual exige comprometimento com a mudança. Deus pretende nos conformar a imagem de seu Filho Jesus. Se este é o objetivo, então, imagine o quanto precisamos mudar. Você está disposto a isso, deseja realmente que Deus transforme o seu caráter e o conduza com a sua Verdade?

Você está quase pronto para começar e aceitar o desafio de ler, estudar e meditar na Palavra de Deus. Mas, antes, nos próximos Posts, vou trazer algumas informações importantes para sua jornada. À princípio, permita-me lhe dar duas sugestões:

Primeiro, estabeleça seus alvos: o que você busca alcançar? Que necessidades precisam ser trabalhadas na sua vida? Que atitudes precisam ser mudadas? Que hábitos precisam ser estabelecidos?

Segundo, ajuste suas expectativas: algo que sempre digo é – tenha altas expectativas, mas seja realista, pois assim, caso a jornada não seja o que você esperava, não ficará frustrado. Além do mais, isto é um processo, você não vai dominá-lo da noite para o dia, é algo que leva tempo. O importante no estudo bíblico não é a velocidade, mas a direção. O que importa é sua perseverança durante todo o processo, se persistir conseguirá ver o progresso. Espero que você esteja animado, pois vamos iniciar nossa jornada de viver na Palavra.

Extraído e adaptado do livro Vivendo na Palavra (Howard e Willian Hendricks)

terça-feira, 9 de março de 2021

A importância de um método para estudar a Bíblia (1Timóteo 4.15-16)

 


Se você tem acompanhando os nossos Podcasts, já viu a ênfase que estou dando na importância da leitura, estudo e meditação da Palavra de Deus. Até agora, já falei sobre:



Os desafios que dificultam a leitura da Bíblia. - https://www.youtube.com/watch?v=IntDx-YYGM0

Por que você deve estudar a Bíblia? - https://www.youtube.com/watch?v=3BPQ0kWoGiY

Quais os benefícios de estudar a Bíblia. - https://www.youtube.com/watch?v=rXo2DLgNg5A

Será que podemos confiar na Bíblia? - https://www.youtube.com/watch?v=H1omAbT5h-4

Espero que você esteja convencido da necessidade, bem como do valor de se envolver com a Bíblia de uma maneira direta. Sou cristão a 25 anos e posso lhe assegurar que ler a Palavra de Deus fez e tem feito toda a diferença em minha experiência e caminhada cristã. Tenho certeza que o mesmo acontecerá com você. A Palavra de Deus transforma e revoluciona nossa vida. Como já disse em Posts anteriores, ela é a chave para o seu crescimento espiritual, sua maturidade e sua eficácia em viver uma vida que glorifique ao Senhor.

Contudo, para se ter um estudo bíblico efetivo, você precisa de um método – você não ensina alguém a nadar simplesmente jogando a pessoa na água. É preciso, dar a ela a direção e um processo para que gradualmente possa ir se desenvolvendo e adquirindo as habilidades necessárias. Quando se fala em método, não é uma fórmula, mas sim, uma estratégia que produzirá resultados concretos para o investimento que se está fazendo, e isso exige tempo e esforço. Caso contrário, você pode até começar, mas logo vai desanimar diante dos primeiros obstáculos que surgirem. Quero apresentar a você os custos e benefícios de se usar um método. Deixe-me primeiro falar dos benefícios:

Você precisa de algo que seja simples e provado: uma das razões pelas quais as pessoas não se envolvem com a Bíblia é que pensam que ela é muito difícil (neste caso, o problema está na habilidade – não sei fazer). Verdade é que, muitos fazem dos Estudo Bíblico algo mais difícil do que realmente parece. Se você tem um método (estratégia) simplificada não importa se você é novo convertido ou já tem anos de vida cristã, se você sabe ler, então poderá estudar a Bíblia. E com o tempo, conforme você vai se aprofundando a sua habilidade vai aumentando, é como aprender a nadar, no começo você fica no raso, mas conforme vai adquirindo segurança, poderá ir para lugares mais profundos. Eis o segundo benefício.

Você ganhará um senso de confiança em sua habilidade de manusear a Bíblia: não há nada como a segurança que vem de um conhecimento direto da Bíblia, saber que você não está sendo enganado ou algo está sendo ensinado de forma equivocada e até mesmo errada. Muitas pessoas não pensam, apenas rearranjam seus preconceitos. Porém, é muito diferente quando você conhece o que a Bíblia diz, onde diz e o que significa. Isso irá liberta-lo da opinião popular -alguém me disse que era assim. Quando você se aprofunda, o estudo bíblico o capacita a avaliar os pensamentos e opiniões de outras pessoas. É impressionante ver como a Bíblia elucida os pontos controversos da teologia criada pelos homens. Quando você tem um método que te ajuda a trabalhar o texto bíblico e a entender o que ele diz, você terá argumentos para avaliar o que outros estão dizendo.

Você irá experimentar a alegria da descoberta pessoal: não há alegria maior do que quando você descobre algo por si mesmo, a emoção envolvida o leva a ficar motivado com a descoberta e ir cada vez mais fundo. No entanto, ainda assim, muitos não ficam empolgados ao descobrir a verdade. Posso dizer por experiência própria, descobrir a Bíblia e seus ensinos, é o que tem me levado a continuar firme e cada dia mais motivado para querer saber mais.

Você irá aprofundar o seu relacionamento com Deus: você já leu um livro em que na primeira oportunidade de conhecer o autor, você não perderia isso por nada. O benefício do estudo bíblico direto é que você irá querer conhecer ainda mais o Autor. Sermões, livros, comentários entre outros podem ser ótimos recursos para o seu crescimento espiritual, mas nada se compara a conhecer Deus diretamente. Um dos grandes problemas que temos é que sabemos mais das Escrituras em termos de informação, mas não conhecemos o Deus das Escrituras em termos de aplicação.

Deus tem preparado coisas incríveis para você e a Bíblia é o meio usado por Ele para trazer isso até você. Termino aqui com o seguinte texto para sua reflexão:

“...mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (1 Coríntios 2:9-16)

Extraído e Adaptado do Livro Vivendo na Palavra (Howard e Willian Hendricks)