Cerca de 600 anos a.C., o profeta Jeremias fica sabendo que alguns falsos profetas na Babilônia enganavam os exilados que lá viviam com a mensagem de que muito em breve eles retornariam a Jerusalém. Jeremias sabia que este rápido retorno não ocorreria, pois o Senhor já lhe havia mostrado que 70 anos passariam até que Deus iniciasse o processo da volta do seu povo à terra de onde haviam sido levados à escravidão por Nabucodonosor(Jr 25:11). Em resposta a este perturbador evento Jeremias escreve cartas aos anciãos, sacerdotes e demais exilados os exortando que se preparem para uma longa estadia na Babilônia (Jr 29.4-6).
Notemos
que a revelação dada ao profeta não foi a de que o que ocorreu com Israel foi
algo inesperado e nem que Nabucodonosor agiu por conta própria, mas sim que foi
o próprio Senhor quem estava por trás do ocorrido. De fato, três vezes em
Jeremias o Senhor se refere ao rei babilônico não como um inimigo, mas sim como
um dos seus servos (Jeremias 25:9; 27:6; 43:10).
Em
tudo isso, podemos destacar a preservação da nação de Israel durante o
cativeiro como o principal motivo que o Senhor instruiu o seu profeta a se
comunicar com o povo, encorajando-os a manterem uma vida normal, ainda que em
uma terra estranha. De milhões de pessoas no seu auge, a nação de Israel
havia sido reduzida a poucos milhares nos dias do profeta Jeremias (Jeremias 52:28).
Aqui
vemos um princípio teológico de suma importância. Ao dizer aos cativos que: “na
sua paz vós tereis paz”, o Senhor nos ensina que durante os períodos de
provações na vida dos seus servos, devemos entender que o que está ocorrendo
não é por acaso e que existe um plano em andamento. Dentro deste plano a nossa
atitude deverá ser uma de adaptação, de procurar viver da maneira mais positiva
possível, principalmente quando o plano de Deus já nos foi revelado, como foi o
caso dos judeus durante os 70 anos de cativeiro. O apóstolo Paulo reflete este
princípio quando escreveu: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já
aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre. Sei passar
falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou
experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter
abundância, como em padecer necessidade” (Fp 4:11-12).
Apesar
de tudo o que fizeram; das várias vezes que se rebelaram contra o seu Deus; e
apesar de todo o sofrimento que ainda teriam que passar em uma terra estranha,
o Senhor informa que tempos melhores viriam. O que podemos aprender com isto? Podemos
aplicar essa mensagem de amor divino para todo o cristão. O Senhor não se deixa
encontrar quando o procuramos de uma forma superficial, ou apenas de boca para
fora, mas apenas quando o procuramos de todo o coração (Jo 4.23-24).
Frequentemente
as pessoas apenas procuram a Deus quando estão passando por momentos difíceis,
mas assim que a situação melhora, Deus é deixado de lado e elas voltam a se
interessar pelas coisas que há no mundo (1Jo 2:15). Este tipo de
relacionamento, não impressiona a Deus, pois estas pessoas possuem uma mente e
coração divididos (Tiago 4:8).
Deus não se manifestará a elas, ainda que o procurem. Apenas quando o servo de
Deus se humilha e apresenta ao Senhor um coração contrito (Salmos 51:17), disposto a obedecer tudo aquilo que sair dos Seus lábios,
então certamente Deus se deixará encontrar.
v.
14: Neste verso, Deus revela algo fantástico sobre o seu relacionamento com
aqueles que o temem e que o buscam. A frase “e serei achado de vós”, literalmente pode ser
traduzida como “Eu me deixarei ser encontrado por vós”.
Provérbios
cap. 8 fala da sabedoria, como alguém que está clamando para que a procurem e
atentem para suas palavras e veja o resultado daqueles que a procuram de todo o
seu coração: “Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia às minhas
portas, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me acha, acha a
vida e alcança favor do Senhor.” (Provérbios
8:34,35). Este verso 14 nos ensina que é o Senhor quem decide a quem ele ouvirá. Muitos entendem
erroneamente que Deus ouve a todas as orações, independentemente da pessoa que
a faz. Esta ideia errada soa como se Deus estivesse desesperado para conseguir
seguidores, algo completamente distante da verdade que é a grandeza do Criador.
Deus não precisa de nós, mas nós sim precisamos desesperadamente de Deus. Por
esta razão minha palavra para você nesta tarde, é que você se arrependa de seus
pecados, volte-se para Deus e ele se voltará para você. Clame, busque, façao
possível e o impossível para se achegar a Deus, o Caminho ele já nos mostrou, e
só existe um meio de nos aproximarmos de Deus, é através do seu Filho Jesus
Cristo, o qual a si mesmo se ofereceu para nos dar vida e vida eterna, para nos
dar esperança num mundo cheio de sofrimento e trevas.
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