quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O nome no Livro da Vida – Lucas 10.20; Ap 20.15

 

Depois de pôr à prova aqueles que queriam segui-lo por motivações erradas, Jesus comissiona 70 dos seus seguidores para irem à sua frente nas cidades por onde passaria, como seus precursores, anunciando as boas novas do Reino de Deus. Quando os setenta voltam a Jesus depois de completar sua missão evangelística, eles imediatamente ficam entusiasmados com o fato de expulsarem demônios em nome de Jesus. Jesus, porém, os alerta que a verdadeira alegria está no fato de terem seus nomes escritos nos céus. Embora eles se alegrassem com o poder sobre os demônios e a proteção contra o reino das trevas que o Senhor lhes havia concedido, havia uma razão muito mais significativa para os setenta se alegrar. Eles não só experimentaram o poder e a proteção de Deus nesta vida, mas também a Sua bênção para sempre. Diante da alegria dos setenta, Jesus fala que viu pessoalmente Satanás caindo do céu como um relâmpago. E por que Satanás caiu? Por causa da soberba! Nossas alegrias mais profundas podem abrir uma brecha para a entrada do orgulho. E não há orgulho mais sutil e perigoso do que o orgulho espiritual. A maior glória de uma pessoa não está naquilo que ela faz para Deus, mas naquilo que Deus fez por ela. Nossa alegria é ter o nosso nome escrito no livro da vida. Nossa maior alegria não está no serviço, mas na graça salvadora. Maior alegria do que qualquer ventura ou aventura na terra deve ser o fato de nosso nome estar arrolado no céu.

Muitos são os que, levados pelo orgulho e a vaidade do poder que lhes é concedido, caem em desgraça, porque seguem o mesmo caminho de Satanás – o orgulho (Is 14.11-15; Ez 28.11-19; Pv 16.18). Os que fazem a obra de Deus, devem se alegrar, por terem recebido da misericórdia divina, estarem salvos pela fé, e ter a plena certeza da vida eterna com Deus. O exercício de poder sobrenatural impressiona as pessoas. Expulsar demônios ou resistir aos ataques do inimigo chamam nossa atenção. Contudo, para Deus o prodígio infinitamente maior é a salvação de uma alma (Lc 15.7,10, 23-24. Há festa no céu quando um pecador se arrepende. Nossa alegria maior deve ser, não que tenhamos certos dons ou habilidades, mas, que Deus nos recebeu e nos aceitou, que nossos nomes estejam arrolados nos céus (Jo 1.12). Esta alegria é maior porque é a prova maior do amor de Deus por meio de Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). E esta alegria durará pela eternidade.

Embora seja uma honra realizar milagres ser dotado de talentos, influência e aprendizado, ainda assim, a principal alegria que temos é ser contados entre o povo de Deus, e ter um título para a vida eterna. Jesus queria retirar seus discípulos de uma mentalidade ligada a uma alegria passageira, para que se gloriassem na vida eterna, ele os leva à sua origem e fonte, ou seja, que eles foram escolhidos por Deus e adotados como seus filhos. A autoridade não foi a coisa mais importante que os discípulos receberam. O mais valioso foi a posição destes como filhos de Deus. Seus nomes eram conhecidos por Deus e estavam escritos no Livro da Vida. Esta é a maior bênção que podemos receber. E aqueles que rejeitam a salvação e se contentam apenas com o que podem fazer ou conquistar, no dia do juízo, não poderão entrar, pois seus nomes não constaram na lista do salvos (Mt 7.21-23). Seu nome pode estar no registro da igreja sem estar no Registro Divino. Você pode ter seu nome colocado no rol de membros de uma igreja e não estar entre os que estão matriculados no céu. Seu nome pode ser incluído nos registros de batismo, confirmação e casamento de uma igreja e ainda estar ausente do Livro da Vida. Então, arrependa-se e creia em Jesus, e ele confirmará em seu coração a certeza da vida eterna e a entrada garantida no céu.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

A identidade de Cristo e sua Missão - Mateus 16.17-33


Este trecho é o ponto alto que divide a narrativa da vida e ministério de Jesus, e revela claramente a razão de sua vinda e sua Missão nesta terra. Neste ponto de seu ministério, depois de mais de 2 anos de caminhada espiritual com os seus discípulos, Jesus faz uma pergunta, cuja resposta, levaria seus discípulos a outro patamar de fé. Jesus procura ver se os discípulos têm convicção de quem Ele é. A questão fundamental de quem é Jesus constitui o centro desta passagem. Nenhuma pergunta é mais importante do que está que Jesus fez aos seus discípulos. Ela é de suma importância, pois a resposta que você der, irá determinar o seu destino eterno. Aqueles que erroneamente responderem a essa pergunta irão enfrentar o julgamento divino. Durante sua retirada para Cesaréia de Filipe, Jesus faz um teste antes de mostrar aos discípulos o desfecho final para o qual estava caminhando seu ministério e o propósito de sua vinda. Na época de Jesus, as pessoas tinham todo tipo de opinião sobre ele, exceto a que era a verdadeira. As pessoas tinham opiniões acerca de Jesus, mas não a convicção de reconhecer quem Ele era. Hoje em dia, podemos perceber a mesma coisa. Muitos conhecem o nome de Jesus, reconhecem-no como aquele que veio ao mundo para salvar os pecadores e até o adoram regularmente nos templos dedicados ao seu culto. Porém, poucos percebem claramente que ele é o próprio Deus, o único Mediador, o único Sumo Sacerdote, a única fonte de vida e paz, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; At 4.12; 1Tm 2.5; Hb 4.14-15). A confissão de Pedro constitui o ponto crítico na vida dos discípulos e para o restante da caminhada deles com Jesus. Se você não souber com clareza quem é Jesus, você estará perdido na questão mais importante da sua vida. Se você não sabe claramente quem é Jesus, então, você não pode ser considerado um cristão de verdade, mas apenas o seguidor de uma religião. O cristianismo é muito mais do que um conjunto de doutrinas, Ele é uma Pessoa. O cristianismo tem a ver com a Pessoa de Cristo. Ele é o centro, o eixo, a base, o alvo e a fonte de toda a vida cristã. Fora dele não há redenção nem esperança. O cristianismo nunca consiste em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus (Jo 17.3). Neste momento Jesus abre um novo capítulo no discipulado e começa a falar claramente acerca do seu sofrimento, prisão, morte e ressurreição. Ele vai revelar que o seu propósito em vir ao mundo é dar sua vida em resgate dos pecadores. Pedro falou com razão sobre a identidade de Cristo, mas errou na sua maneira de compreendê-la. A mentalidade que tinha do Messias estava ligada a ideia de glória e triunfo, sendo assim, a cruz para eles era o caminho da derrota. São muitos que por se deixarem levar pela visão humanista e diabólica, são influenciados a evitarem o caminho da cruz e do sofrimento e procurarem um caminho de glória. Pessoas sem Deus não se preocupam com as coisas de Deus, mas tem seus olhos voltados para o mundo (sl 14.1; 53.1). O objetivo do genuíno discipulado é a absoluta conformidade com a mente divina, como revelada em Cristo que compreendia as coisas de Deus e submetia-se a Sua vontade. É preciso olhar para Cristo, o Autor e Consumador de nossa fé, que nos mostrou que o caminho do discipulado é o caminho da cruz (Lc 9.23-24). Não se pode alcançar as bençãos de Deus, se não estiver disposto a seguir as pegadas de Jesus (1Pe 2.21).

A Bíblia mostra que Jesus é o Cristo (Ungido/Escolhido) de Deus. Ele é o primogênito (primazia) da Criação. Ele é o Eterno que existia antes de toda a criação, tudo foi criado por ele e para ele. Nele é que temos a salvação e o perdão de nossos pecados.

Sendo assim, a pergunta que faço é: Quem é Jesus para você? Lembre-se: O cristianismo nunca consiste em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus; ter um relacionamento com Ele. Para isso, você precisa arrepender-se de seus pecados, voltar-se para Deus, submeter-se a sua Vontade e viver uma vida de santidade.