quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Chamados a orar e a agir - Neemias 1

A oração move o coração de Deus, assim como Deus move nosso coração a Ele. Falar com Deus é um privilégio, pois estamos nos dirigindo ao Criador e Senhor de tudo e de todos. Quando enfrentamos grandes problemas que estão além das nossas capacidades de agir e encontrar uma resposta, só podemos acreditar que um poder acima é que pode nos ajudar, então oramos. Na Bíblia temos a história de um homem que ao receber a notícia de como estava seu povo, recorreu a única coisa que poderia fazer naquele momento - orar. Este homem enfrentou uma situação que lhe era grande demais. Na sua atual condição, longe de casa e sendo servo, sentia-se impossibilitado de ajudar. Por essa razão, voltou-se para aquele que era o único que poderia lhe ajudar. Através de seu exemplo podemos ver como a oração é a força mais eficaz que temos quando nada podemos. Ao lermos a oração de Neemias, vemos que a oração eficaz é precedida de conhecer Deus e sua Palavra, bem como a necessidade para a qual nós oramos. Quando Hanani e alguns de Judá vieram ter com ele, Neemias lhes perguntou qual era a situação do povo. Para esta pergunta geral, ele recebe uma resposta específica (v.3). Ao saber disso, Neemias é levado a orar, ele chora e lamenta pelo povo por alguns dias (v.4). Além disso, ele jejua em favor de seu povo. Neemias mantém segredo de sua atitude, até que o rei nota uma mudança em sua fisionomia (Ne 2.1-2).

Uma oração que produz resultados – colocando-se na brecha

Com Neemias aprendemos alguns princípios que devemos ter em nossa vida e oração.
  • O reconhecimento do Senhorio de Deus e de sua misericórdia (v.5): O reconhecimento do senhorio de Deus, tanto inspira fé, como cria temor. Um temor que não é sinônimo de medo e, sim, de respeito, reverência e profunda consciência do dever da obediência a Deus. Neemias focaliza seus pensamentos na grandeza de Deus e na sua fidelidade (Lm 3.22). Fazendo isso, quanto maior Deus se torna para ele, menor se torna o seu problema. A oração de Neemias se baseia em Deus e na sua Palavra. Sua oração revela o seu conhecimento da Palavra e como a Palavra fazia parte de sua vida. Em sua oração ele louva Deus pelo seu caráter e fidelidade para com os que o temem e o buscam. Neemias é perseverante na sua oração. Sua atitude é baseada no fato de que Deus responde a necessidade de seu povo, quando este clama a ele e se submetem a sua autoridade. Neemias foi persistente na sua oração até obter a resposta favorável de Deus (Mt 7.7-8). Ele sabia que quando Deus age nada pode impedi-lo (Jó 42.2; Mt 19.26). A oração não apenas coloca nossa vida em conformidade a vontade de Deus, mas também nos prepara para receber a resposta. Á medida que nos conscientizamos dos propósitos de Deus, nossa confiança fortalece nossa esperança para nos dar a certeza da resposta que Deus nos dá (1Jo 5.14-15).
  • O reconhecimento de quem somos e a necessidade da confissão (v.6-10): Neemias focaliza seus pensamentos na natureza de Deus e sabe que existem barreiras no seu relacionamento com Ele. Para que a oração tenha efeito é preciso que aja confissão de pecados (Sl 66.18; 1Jo 1.8-9). Neemias reconhece que a situação do povo é fruto da desobediência deles. Mas, ele não culpa seu povo, pelo contrário, se coloca na mesma posição que eles. Neemias admite que não há méritos neles (incluindo a si mesmo), mas sabe que Deus provê o que é necessário para a restauração da nação.
  • Um coração disposto para Deus usar (v.11): aqui aprendemos que a oração que fazemos em favor de outros, muitas vezes, somos nós mesmos a resposta que Deus quer usar. Ao tomar conhecimento da situação Neemias assumiu a responsabilidade de não apenas orar, mas colocar-se a disposição para agir. Através da oração Neemias teve uma nova perspectiva do problema e foi levado a restabelecer suas prioridades. Ele veio a entender o seu papel na solução do dilema do seu povo. Descobriu que era parte vital como meio pelo qual Deus iria atingir os propósitos pelos quais ele estava orando.

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.

A oração eficaz e seus objetivos (Mateus 7.7-8: Tg 4.3)

Qual é o segredo para que uma oração seja atendida? A oração eficaz tem seus objetivos, e ela é eficaz justamente porque porque o propósito pelo qual se ora é elevado, santo e justo. Quando oramos baseado em nossos próprios interesses, levados apenas pelo desejo de sermos atendidos naquilo que buscamos, isso só revela nosso coração egoísta. A oração que sobe a Deus é a oração que tem como objetivos, o que interessa ao céu. Foi assim que Jesus nos ensinou: “Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6.10). A oração eficaz é aquela que a pessoa abre mão de seus direitos e tem como objetivo a vontade de Deus na terra. É a oração de quem tem o coração humilde de quem está diante do Rei e como servo está ali para servir e dizer: “Senhor, eis-me aqui, faça-se a Tua vontade em mim.” e não do tipo: “Senhor, eu quero e determino que me concedas o que estou pedindo.” Novamente, faço menção de Elias e sua oração diante de Deus, pois ela nos traz ensinos importantes de como devemos proceder em nosso relacionamento com o Senhor. A oração de Elias foi respondida porque tinha os seguintes objetivos:

  • Ele orou para que Deus fosse reconhecido como Senhor e Salvador (1Rs 18.36): No meio de tantos ídolos, o povo não sabia mais quem era o Deus de Israel. É espantoso pensar que o ser humano, mesmo diante da revelação de Deus na sua Criação seja capaz de se apegar a ídolos vãos criados pela sua própria mente para satisfazer os desejos de seu coração (Rm 1.20-23). Elias orou: “Que eles saibam que Tu és Deus em Israel.”
  • Elias orou para que o povo o reconhecesse como servo de Deus (v.36): a oração de Elias não tinha como objetivo mostrar que ele era um grande profeta, mas um servo a serviço do Rei. É quando nos colocamos no lugar de servos que Deus pode nos usar, e assim podemos fazer e executar o serviço do Senhor. O próprio Jesus se colocava como um servo a serviço da obra de Deus (Mc 10.45). É o servo que o Senhor usa. Mas alguns querem usar o Senhor em busca dos aplausos e da glória dos homens.
  • Elias orou para que o povo reconhecesse que ele agia segundo a Palavra de Deus (v.36): isso equivalia reconhecer que o profeta estava autorizado a proceder daquela maneira. É segurança para nós agirmos e falarmos segundo a Palavra de Deus, pois Ele zela para cumpri-la (Is 55.11). Quando pregamos a salvação é porque sabemos que o Senhor salva; quando pregamos a cura é porque sabemos que o Senhor cura, Ele tem o poder para fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera para que dEle seja a glória. Sua Palavra é fiel e permanece para sempre.
  • A oração de Elias visava conduzir o povo ao arrependimento (v.37): Elias esperava que o povo se voltasse para Deus. A oração eficaz é despida de vanglória e egoísmo.

Todo mundo quer que suas orações sejam "eficazes", tanto que quando nos concentramos nos "resultados" das nossas orações, perdemos de vista o incrível privilégio que temos na oração. Orar de acordo com a vontade de Deus é em essência orar de acordo com o que Ele quer, e podemos ver a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Elias orou e teve sua oração respondida, não porque fosse alguém especial ou com poderes sobrenaturais, pelo contrário, Tiago nos diz em sua carta: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.”  (Tiago 5:17,18). A oração eficaz é uma maneira de fortalecer o nosso relacionamento com nosso Pai no céu. Quando estudamos e obedecemos a Sua Palavra e buscamos agradar a Deus, o mesmo Deus que fez o fogo descer e consumir o holocausto na oração de Elias nos convida a ir corajosamente diante do trono da graça, e orar com a confiança de que Ele vai estender a Sua misericórdia e graça para nos ajudar em nossa hora de necessidade (Hebreus 4:16). 

 Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.

  

Oração, Palavra e avivamento: “Aviva tua Obra Senhor” – Hc 3.1-6

A história da igreja mostra claramente que vez por outra ela atravessa períodos de marasmo espiritual, apresentando frieza, abertura ao secularismo, pluralismo e por fim uma quase letargia por falta de vida, poder, fervor e unção que só o Espírito Santo pode dar. Tal quadro torna-se ainda mais difícil quando os dirigentes da obra também se acomodam a esse estado anormal de coisas e não advertem, nem conclamam o povo para um completo retorno a Deus e à uma vida cristã normal, abundante, ativa, zelosa pelas coisas de Deus e acima de tudo cheias do Espírito.

No livro do profeta Habacuque é nos revelado uma situação exatamente assim (Hc 1.2-4). O povo andava esmorecido, e quando o povo esmorece na vida espiritual, enfraquece ou apóstata, o avivamento é a única solução. Como acontece em todos os registros bíblicos e históricos, também neste trecho em destaque, nos dias do profeta Habacuque, o avivamento dependeu de dois poderosos fatores — a Palavra de Deus e a oração (Hc 3.2). Ao ouvir a Palavra de Deus, o profeta pôde observar a distância que o povo estava de Deus; o enorme contraste entre os preceitos divinos e a vida moral e espiritual do povo de Deus. Quando as pessoas se afastam de Deus e de sua Palavra, elas ficam em trevas sem poder enxergar a verdade e insensíveis ao clamor dos seus profetas que protestam contra o pecado (Os 6.6; Rm 1.21). Avivamento significa trazer de volta a vida que está morrendo, reacender a chama que está se apagando. Apesar de hoje em dia ouvirmos falar sobre culto de avivamento, noite de avivamento, o que o profeta está pedindo, não é apenas um dia ou uma noite de despertar no povo, mas seu pedido refere-se a um despertar para Deus e uma vida contínua de entrega e submissão a Ele.  O profeta orou para que o Senhor avivasse a sua obra no decorrer dos anos e no decurso dos anos a fizesse conhecida. Quando o avivamento vem de Deus, todos podem conhecer, pelos seus efeitos, pois traz a solução de todos os problemas de ordem moral e espiritual, traz vida com abundância, gera frutos que redundam em justiça e paz. O verdadeiro avivamento é fruto do retorno à obediência à Palavra de Deus e a oração dos que o anseiam pelas bênçãos abundantes de Deus, e ela tem os seguintes resultados:

  • O manifestar da misericórdia de Deus (v.2c): A ira de Deus se manifesta contra o pecado, mas quando o povo volta a temer a Deus, a sua misericórdia se manifesta, pois Deus tem prazer na misericórdia (Lm 3.22-23).
  • A manifestação da Presença de Deus (v.3): o verdadeiro avivamento é Deus presente no meio do seu povo, e isto acontece sempre que damos o devido lugar a Deus, banindo de nossa vida e do meio da Igreja o que contraria a santidade de Deus (Js 3.5; Hb 12.14b).
  • A manifestação da Glória de Deus (Hc 2.14; v.4): os que se comprazem em um avivamento de aparências, incitam o povo a dar glória a Deus. Mas quando o avivamento é real e a glória de Deus se manifesta, o louvor é espontâneo, ele brota da alma movida pelo Espírito (Jo 4.23-24).
  • Abre o entendimento e manifesta o poder de Deus (v.5-6): O avivamento traz luz aos que estão nas trevas e poder aos fracos, para se libertarem e realizarem a obra de Deus. 

Oremos por um avivamento assim para que Deus desperte nossos corações e mentes para uma vida de intimidade e submissão, para uma vida de entrega e obediência. Oremos para que o Senhor desperte sua igreja e os olhos de seu povo que estão vivendo nas trevas, movidos por uma sociedade corrompida e sendo levados por caminhos escuros. Que a nossa oração seja: "AVIVA A TUA OBRA, Ó SENHOR".

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.

 

A oração que produz avivamento – 1Reis 18.30-34

Para desfrutarmos de uma vida abundante em nosso relacionamento com Deus é necessário estabelecer uma vida de oração contínua. A Bíblia diz que devemos orar continuamente (1 Ts 5:17). Em tudo que fazemos podemos nos lembrar de Deus e falar com Ele. Deus não está longe. Ele está junto de nós e quer fazer parte da nossa vida diária. Orar sem cessar é pedir a Deus para estar envolvido em cada momento da nossa vida e não somente buscá-lo quando dele precisamos para suprir alguma necessidade ou livramento que estejamos precisando. As provisões espirituais de Deus são necessidades mais urgentes que as bênçãos materiais. Se as pessoas se voltam para Deus apenas para buscarem o que elas desejam, ao conseguirem, logo voltarão para sua vida comum e ordinária e não irão experimentar o verdadeiro avivamento que vem de Deus. Muitos há que ao conseguirem obter o que pediram continuam em sua vida de pecados, tomando por certo que Deus irá perdoá-los, e outros que que irão se render apenas quando o Senhor pesar sua mão sobre suas vidas. É preciso atentar no que a Bíblia nos exorta: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (Hb 10.31)

As crises espirituais só são dominadas e vencidas, e desaparecem, quando há oração eficaz, caracterizada pelo reajuste com Deus, pela fé e pela oração oportuna. Vejamos pelo exemplo de Elias os aspectos da oração eficaz em relação ao avivamento.

  • É preciso restaurar o altar do Senhor (v.30): isso significa que para desfrutar da vida abundante é preciso reajustar a vida espiritual com Deus (At 3.19). A Bíblia nos ensina que a primeira e maior bênção de Deus é separar-nos dos nossos erros. muitos por mera intuição religiosa, rezam ou oram, fazem penitência, mas não se convertem dos seus erros. A regra para a oração eficaz de quem busca um aviamento para sua vida é orar tendo a plena certeza de quem tudo dependemos da graça de Deus para nos libertar de nossos pecados e nos levar a ter um relacionamento com Ele.
  • A confiança nas promessas de Deus (v.31): A oração eficaz não pode deixar de se basear nas promessas de Deus, pois elas são a base sólida, insubstituível da fé, e não há fé verdadeira à parte da Palavra de Deus (Rm 10.17). Para muitos a relação que tem para é que Deus é o ser de quem se pode esperar ajuda para tudo o que queremos fazer. Deus é, de fato, o infalível protetor de quem nos vêm todas as provisões para esta vida (Sl 23). Mas, muito mais do que isso, Ele é a nossa própria vida, tudo que somos depende dEle e tudo que temos vem dEle. Ele é o Senhor de nossa vida. Quando reconhecemos isto, podemos orar de modo eficaz, na certeza de que o Deus infalível que nos prometeu as riquezas do céu pelo Evangelho de Cristo, é também fiel para cumprir as suas santas promessas (Js 23.14). A oração eficaz nunca pode se separar da Palavra de Deus, no que diz respeito à fé e à obediência.
  • O altar precisa ser edificado (v. 32): nosso coração é uma fábrica de ídolos e há muito altares edificados para isso. Nosso coração precisa ser edificado no altar do único e verdadeiro Deus, precisamos confiar no único Nome dados entre os homens pelo qual somos salvos – o Nome de Jesus. A fé em Cristo e no nome de Cristo é de onde vem o poder para curar, libertar e salvar.
  • O sacrifício precisa ser preparado (v.33): a Bíblia nos ensina o valor do verdadeiro sacrifício. O sacrifício está internamente ligado à vida espiritual abundante, à oração eficaz, à fé verdadeira. Os que não estão dispostos ao sacrifício não poderão servir bem a Deus (Lc 9.23). O maior sacrifício já foi feito para que possamos ter vida com Deus e desfrutar da Presença de Deus. Em Cristo encontramos a paz e desfrutamos da paz, temos alegria perdão de nossos pecados. Nesta vida passamos por lutas e dificuldades, mas em Cristo somos mais que vencedores.
  • A fé é manifestada na vida daquele que crê (v.34): Elias orou com fé no Deus Todo-poderoso, e a resposta veio — o fogo caiu do céu e consumiu tudo. Glória a Deus! Isto é avivamento. E avivamento implica mudanças substanciais, transformações radicais, enfim produz mudança de vida.

Que nosso coração esteja voltado para Deus e se porventura nosso altar estiver em ruínas, restauremos na confiança em Deus e na sua Palavra, edifiquemos nossa vida na dependência do Senhor sacrificando nossos ídolos e manifestando nossa fé naquele que “por seu grandioso poder que atua em nós, é capaz de realizar infinitamente mais do que poderíamos pedir ou imaginar.” (Efésios 3:20)

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.

A natureza da oração eficaz – Atos 4.23-31

Vamos refletir sobre a natureza da oração eficaz, de maneira que possamos descobrir as práticas daqueles que perseveram em oração e desfrutam da vida abundante que Deus nos dá. A oração perseverante é aquela que revela o ardente desejo da alma de receber a benção do Pai Celestial. É a oração de quem sabe priorizar as coisas do Reino de Deus e que compreende que a vida de oração não deve ocupar um lugar nas categorias de sua vida. Essa oração revela o coração de quem busca o propósito de Deus e a expressão da fé que apela para Sua bondade e misericórdia com o desejo de receber o socorro em tempo oportuno. Temos vários exemplos na Bíblia deste tipo de oração e seus resultados, tais como: a oração de Ana (mãe de Samuel – 1Sm 1: inconformada com a sua impossibilidade de ter filhos, decidiu resolver o problema em fervente oração a Deus. Deus respondeu a oração e súplica de Ana e lhe deu o filho Samuel, que foi uma bênção para a sua geração. É o tipo de oração que se faz com coração quebrantado, ao qual Deus não despreza! (Sl 51.17).

A oração eficaz é feita de maneira regular e constante, gerando crescimento em nosso relacionamento com Deus. Ela também é feita na dependência do Espírito Santo que intercede por nós, pois nem mesmo sabemos como orar (Rm 8.26-27). Muitas vezes nossas orações tendem a ser orgulhosas, voltada apenas para nossos interesses e vinda de um coração egoísta. Quando oramos no Espírito, Ele nos guia e nossa oração passa a ser marcada de sabedoria. Vejamos aqui o exemplo da natureza da oração eficaz:

  • É feita em unanimidade de fé e propósito (v.24): quando muitos oram juntos, mas cada um ora segundo seus próprios interesses particulares, a oração se torna confusa. Orar com unanimidade é orar todos com o mesmo propósito, tendo em mente as promessas de Deus e em vista sua Causa.
  •  É baseada em Deus e nas suas Promessas (v. 25-28): as promessas são a base da fé que nos transporta ao trono da graça e nos abre as portas aos ricos tesouros das bençãos de Deus (2Cr 20.1-12). A oração que se apoia na sua própria força, ou é fruto da ansiedade ou apenas movida pelas necessidades é ineficaz.
  • É fruto da fé e da plena confiança em Deus (v. 29-31): eles não pediram que Deus os livrasse das tribulações, mas que estendesse Sua mão para fazer curas, sinais e milagres por intermédio deles e que lhes permitissem falar com toda ousadia a Palavra de Deus. Pediram o que era essencial para que o Evangelho triunfasse: pregação com ousadia acompanhada do poder de Deus. E como resultado dessa oração unânime, fundamentada nas promessas e de plena confiança em Deus, o lugar tremeu e todos foram cheios do Espírito Santo, e, com grande intrepidez, pregavam a Palavra de Deus, e o Senhor era glorificado.

A natureza da oração eficaz é orar com confiança e perseverança. É atentar-se as palavras de Jesus em Mateus 7.7-8: “Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e a porta vos será aberta. Pois todo o que pede recebe; quem busca acha; e, ao que bate, a porta será aberta.” A perseverança é proporcional ao nosso interesse pela causa sobre a qual oramos. Se buscarmos ao Senhor de todo nosso coração o acharemos, e Ele virá para nos abençoar e atender as nossas orações e súplicas por todos os santos e necessitados. Nossa fé será cada vez mais fortalecida e o Nome do Senhor será glorificado.

Referência Bibliográfica: SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. Editora CPAD.