A Grécia é famosa por seus filósofos
tais como Platão, Aristóteles, Sócrates entre outros. Os gregos valorizavam a
busca pelo conhecimento e o discutir ideias a respeito da vida, da religião, do
comportamento humano entre outros. Eles passavam
longas horas a escutar os filósofos e conversar sobre a natureza, o universo e
o significado da vida. Admiravam-se da eloquência de certos oradores, bem como
a sua lógica e seu poder persuasivo. Mas, um dos problemas dos coríntios era a
falta de compreensão da natureza da sabedoria. Eles valorizavam altamente a
sabedoria humana, mas sabiam muito pouco acerca da sabedoria espiritual e do
seu valor superior (Pv 1.7 – Provérbios 8 personifica a sabedoria mostrando sua
superioridade e a liga diretamente com o conhecimento de Deus – v.12-14). O
apóstolo Paulo, escritor da carta aos coríntios era muito inteligente, bem
formado e poderoso nos debates — qualidades que seriam bem atraentes aos
gregos. Mas Paulo estava firme na sua resolução de que Cristo, e não ele mesmo,
deveria ser o alvo da lealdade e amor dos coríntios. Ele nos mostra que à luz
do panorama de morte e destruição que acompanha os homens sábios e poderosos,
percebemos como é vazia a sabedoria humana. Devemos escolher e valorizar o
eterno e glorioso privilegio de conhecer a Deus, este é o verdadeiro
conhecimento que conduz a vida eterna (Jr 9.23-24; Jo 17.3). Devemos nos
gloriar apenas no Senhor, na revelação de Deus em Jesus Cristo, a verdadeira
sabedoria revelada de Deus, a única Verdade em que se pode confiar (Jo 14.6). A
sabedoria humana não passa de especulação fundamentada em visões particulares de
corações corrompidos pelo pecado. O mundo de hoje, assim como nos dias de
Paulo, está preso na admiração e adoração pela opinião humana, na sabedoria
humana, e nos desejos e aspirações humanas. As pessoas são continuamente
tentadas a descobrir por conta própria o que é a vida, de onde veio, para onde
vai, o que significa, e que pode e deve ser feito. As ideias humanas mudam
constantemente, aparecem e desaparecem e estão em constante conflitos
contradizendo-se uns aos outros. A Palavra de Deus é a única sabedoria
verdadeira e é toda a sabedoria que é confiável e necessária (Pv 30.5; 2Tm
3.16-17). Toda a verdade que Deus quer que nós tenhamos e que nós precisamos
vem dela. Ela não precisa de adição de sabedoria humana, que sempre fica aquém
da Sua Palavra e na maioria das vezes a contradiz ou distorce. Quando o homem
tenta por conta própria determinar como é Deus, o que é a Sua vontade, e o que
Ele pode e não pode fazer, a criatura apenas cria um deus imaginário, um ídolo a
sua própria imagem e para sua própria satisfação egoísta. A verdadeira imagem
de Deus só pode ser encontrada na pessoa de Cristo (Jo 1.1,14; Cl 1.15; Hb
1.3). Deus
concedeu à humanidade uma sabedoria natural, mas limitada, que inclui a
capacidade de raciocinar, aprender pela experiência e fazer escolhas racionais.
No entanto, essa sabedoria deve ser complementada pela sabedoria divina, a
revelação de Deus, para reconhecer a verdadeira natureza das coisas, seus
valores e as consequências de determinados procedimentos. Deus nos criou para
sermos seus filhos e dependentes dEle para orientar nossos pensamentos e ações.
A sabedoria de Deus nos foi revelada em Cristo. Na crucificação, Deus mostrou
na fraqueza, o seu poder. A sabedoria humana não pode entender a cruz.
Para o homem a cruz é símbolo de derrota, mas para Deus é o símbolo da vitória
– a vitória contra o pecado e a soberba do ser humano em querer ser como Deus
(Gn 3.6). As pessoas são inclinadas a tentar resolver os seus problemas e lutar
suas batalhas pela sua própria sabedoria e em seu próprio poder. Mesmo quando
sabem que a sua própria filosofia ou a sua própria religião é instável, elas
preferem continuar cavando sua própria cova, em vez de simplesmente crer em
Deus e na Sua Palavra. A pregação da cruz tem por objetivo conduzir as pessoas
a Jesus, pois o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que
crê, pois nEle se descobre a justiça de Deus de fé em fé, pois o justo vive
pela fé.
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