Quem é dependente de drogas não se torna um escravo pela droga química em
si, mas por causa das experiências vividas com o uso da substância. Com o
passar do tempo, o problema não é mais a substância química, mas os efeitos que
a mesma causa na mente do usuário, fazendo com que seu organismo procure saciar
o desejo pelo consumo diante de situações que lhe causam dor, sofrimento,
tensão, raiva entre outros sentimentos. Sua mente cria um arquivo na memória
que o faz lembrar-se da sensação de alívio que a droga produz (mesmo que seja
temporário), sem ligar muito para as consequências após o uso.
Pessoas dependentes têm recaídas frequentes porque, ainda que tenham tido sucesso
num tratamento, na realidade apenas mudaram o conceito do que a droga
significa, mas os problemas emocionais e psicológicos ainda continuam, na sua
mente ele apenas deu um novo significado para o uso da substância. Na sua memória ainda existem as lembranças dos
problemas com os quais ele precisa aprender a lidar, e que durante um novo foco
de tensão irá levá-lo a uma nova compulsão.
Existe um conceito falso de que um dependente de drogas ou álcool será dependente
a vida toda – essa é, inclusive, uma das proposições dos Alcoólicos Anônimos
(AA) e de muitos psiquiatras. Em tese, é possível, sim, deixar de ser dependente.
Para isso, é preciso uma transformação da mente para que a pessoa crie novos
conceitos, que virão a se refletir no seu comportamento, o que é uma tarefa difícil,
pois elas não aparecem durante o tratamento.
Embora o conceito seja falso (de que o dependente será sempre dependente), ele
é útil para ele fique sempre em estado de alerta, pois numa crise, perda ou frustração,
poderá se encontrar o gatilho da memória que o leva a compulsão e que precisa
ser trabalhado. E, assim, levar o dependente a se proteger emocionalmente e
aprender a administrar seus pensamentos para que não venha a ter uma nova
recaída. Se ele não for conscientizado sobre as armadilhas da mente e equipado
para adquirir o domínio próprio, poderá, em vez de ter uma vida transformada,
usar a recaída como desculpa para o seu fracasso e não como um aprendizado de
que precisa lidar com suas dificuldades adquirindo assim, maturidade.
Textos para reflexão: Mt 22.37-40; Jo 8.31-36; Rm 12.1,2; 1Co 6.12,19-20;10.13,23
Ef 4.17-32; Tg 1.2-4
Extraído e adaptado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O blog se propõe a glorificar Deus, fazendo conhecido Seu infinito amor, bem como os atributos do Seu perfeito e eterno caráter através de leituras selecionadas especialmente para sua edificação.
OBS: comentários sujeitos a moderação.